terça-feira, 29 de outubro de 2019

O Porquê Das Mortes Coletivas - Uma Visão Espírita

O Porquê das Mortes Coletivas?


As grandes comoções que ocorrem na nossa sociedade material trazem sempre enormes indagações e dúvidas por parte de pessoas que ainda não adquiriram conhecimentos das verdades evangélicas a respeito da Lei de Causa e Efeito e das vidas sucessivas. Segundo ainda ensinamentos Evangélicos, “não caí uma só folha da árvore sem que Deus saiba” e, com toda certeza, as “mortes coletivas” não foram obras do acaso, mas sim, todas estavam cadastradas nos anais da espiritualidade para participarem dessas desencarnações coletivas.

Muitos desses fatos são consequências de Leis Naturais, ou juridicamente chamadas de “casos fortuitos”, como maremotos, terremotos, erupções de vulcões, etc., porém, outros ocorrem por acidentes ou desastres, que são provocados pelo próprio Homem, como por exemplo, acidentes aéreos, marítimos, ferroviários e, hoje em dia, até por ato terrorista. Ora esses fatos acontecem sem serem provocados por Deus, mas, em ambos os tipos de ocorrências, há a influência do ser humano, direta ou indiretamente. No primeiro caso, apesar de ser um fato natural, físico, corrobora a influência inferior da Humanidade. No segundo caso, pela imprudência do próprio homem.

Essas ocorrências, chamadas catastróficas, que ocorrem em grupos de pessoas, em família inteira, em toda uma cidade ou até em uma nação, não são determinismo de Deus, por ter infringido Suas Leis, o que tornaria assim, em fatalismo. Não. Na realidade são determinismos assumidos na espiritualidade, pelos próprios Espíritos, antes de reencarnar, com o propósito de resgatar velhos débitos e conquistar uma maior ascensão espiritual. O Espírito André Luiz, no livro Ação e Reação, afirma esses fatos: “nós mesmos é que criamos o carma e este gera o determinismo”.

São ações praticadas no pretérito longínquo, muito graves, e por várias encarnações vamos adiando a expiação necessária e imprescindível para retirada dessa carga do Espírito, com o fim de galgar vôos mais altos. Assim, chega o momento para muitos, por não haver mais condições de protelar tal decisão, e terão que colocar a termo a etapa final da redenção pretendida perante as Leis Divinas. Dessa complexidade de fatos é que geram as chamadas “mortes coletivas”.

Os Espíritos Superiores possuem todo conhecimento prévio desses fatos supervenientes, tendo em vista as próprias determinações assumidas pelos Espíritos emaranhados na teia de suas construções infelizes, aí, providenciam equipes de socorros altamente treinadas para a assistência a esses Espíritos que darão entrada no plano espiritual. Mesmo que o desencarne coletivo ocorra identicamente para todos, a situação dos traumas e do despertar dependerá, individualmente, da evolução de cada um. Estes fatos, mais uma vez André Luiz confirma: “se os desastres são os mesmos para todos, a “morte” é diferente para cada um”.

Assim, a Previdência Divina, com sua pré-ciência, aparelha circunstâncias de hora, dia e local, para congregar aqueles que assumiram tais resgates aflitivos, e, por outro lado, os que não vão fazer parte desse processo coletivo, por um motivo ou outro, não estarão presentes.

No livro Tempo de Transição, do escritor Juvanir Borges de Souza, tiramos os seguintes ensinamentos referentes a este assunto: “...o mesmo princípio aplicável a cada indivíduo estende-se às coletividades; uma família, uma nação ou uma raça formam as individualidades coletivas; “...entidades coletivas contraem responsabilidades agindo como individualidades coletivas, respondendo seus por seus atos e pelas consequências deles; “...as expiações coletivas são os resgates de ações anteriores praticadas em conjunto pelo grupo envolvido; “...os grupos se reúnem na Terra para tarefas ou missões comuns, assim como são reunidos, para purgar faltas cometidas em conjunto, solidariamente, assim, o inocente de hoje pode estar respondendo por seus atos de ontem; “...a Providência Divina tem meios e formas para determinar os reencontros, o reinício das tarefas, os resgates, tanto no plano individual quanto no coletivo, em processos complexos que nos escapam à percepção”.

Em seguida, o preclaro escritor traz exemplos significativos, lembrando da escravatura negra no Brasil que, durante três séculos foi uma instituição oficial, uma mancha social da qual resultam efeitos morais e espirituais até em nossos dias. Recorda ainda, a Guerra do Paraguai, país de menores recursos humanos e materiais, arcou com sofrimentos e dificuldades pesadas. Entretanto, passados mais de um século desse triste acontecimento, os governos uniram-se em tratado de honra e os dois povos construíram a maior usina hidroelétrica do mundo, que proporciona enorme progresso às populações de ambos os países, com considerável vantagem para o Paraguai, uma vez que o empreendimento foi custeado na sua quase totalidade pelo povo brasileiro. Entende-se como uma espécie de ressarcimento de débito do passado, sob a forma de compreensão, cooperação e realizações positivas e justas.

Existem ainda, “mortes coletivas”, provenientes de seguidores de pessoas com alto grau de persuasão, mas de baixo senso moral, que conseguem anular sentimentos e raciocínios de pessoas despreparadas e com tendência ao materialismo, inculcando ensinamentos de salvação através de atos externos, apregoando os suicídios coletivos. Mais uma vez, recorremos das palavras sábias do escritor Amilcar Del Chiaro Filho: “Quando a pessoa se fanatiza por alguma coisa, especialmente pelas idéias religiosas, o desequilíbrio se apresenta, e o que é distorcido, desatinado, parece reto, equilibrado. Existe alguma relação com obsessores? Sim, existe. Espíritos obsessores se aproveitam das disposições dos encarnados para dominar-lhes a mente e impor-lhes a própria vontade”.

Transcrevermos ainda, palavras do Profº Waldo Lima de Valle, retiradas do seu livro, Morrer e Depois!: “mortes coletivas são provações muito dolorosas para os que ficam e também para os que partem, mas integram programas redentores do Espírito endividado perante a Lei e condição para que possam usufruir, merecidamente, as glórias da Vida Eterna (...) a dor coletiva corrige falhas mútuas, dos que partem e, também, dos que ficam”.
O Meigo Nazareno, como não poderia deixar de ser, ensina em suas “Boas Novas” a respeito dessas vítimas: “Pensais que esses galileus eram mais pecadores do que todos os outros galileus, por terem padecido estas cousas? Não eram, eu vo-lo afirmo: se, porém, não vos arrependerdes, todos igualmente perecereis. Ou cuidais que aqueles dezoito, sobre os quais desabou a torre de Siloé e os matou, eram mais culpados que todos os outros habitantes de Jerusalém? Não eram, eu vo-lo afirmo; mas, se não vos arrependerdes, todos igualmente perecereis” - Lucas 13.1-5. Isso significa que os que padecem desse drama no desencarne não são mais culpados do que outros, também habitantes deste planeta ainda inferior, pois carregamos todas dívidas e imperfeições de Espíritos que faz jus reencarnar aqui na Terra. O que precisa é o arrepender que Jesus ensina, ou seja, não mais praticarmos o mal contra nosso irmão, e praticarmos sim, a caridade para compensar o mal já efetivado em vidas passadas, para termos oportunidade de escaparmos dessas aparentes tragédias.

Para encerrarmos este assunto completamos com outra parábola de Jesus que demonstra materialmente essa verdade: “Certo homem tinha uma figueira plantada na sua vinha e, vindo procurar fruto nela, não achou. Pelo que disse ao viticultor: Há três anos venho procurar fruto nesta figueira, e não acho; pode cortá-la; para que está ela ainda ocupando inutilmente a terra? Ele, porém, respondeu: Senhor, deixa-a ainda este ano, até que eu escave ao redor dela e lhe ponha estrume. Se vier dar fruto, bem está; se não, mandarás cortá-la.” Lucas 13.6-9. Fica assim comprovado que Deus espera de nós os frutos que devemos dar pela oportunidade da reencarnação, no sentido de melhorarmos moral e espiritualmente, para não termos que expiarmos, drasticamente, nossas faltas pretéritas.

O estudo profundo do espiritismo nos leva ao entendimento dos fatores causais das calamidades, opondo-se aos que põem a causa de lado, por falta de explicações suficientes e convincentes. Em "Obras Póstumas", no cap. intitulado "Questões e Problemas", há uma abordagem especial de Kardec e dos espíritos a respeito das expiações coletivas, comprovando a entidade Clelie Duplantier que faltas coletivas devem ser expiadas coletivamente pelos que, juntos, a praticaram. Disse que todas as faltas, quer do indivíduo, quer de famílias e nações, seja qual for o caráter, são expiadas em cumprimento da mesma lei. Assim como existe a expiação individual, o mesmo sucede quando se trata de crimes cometidos solidariamente por mais de uma pessoa. A propósito, o Codificador, em A Gênese", no capítulo 18, item 9, chama-nos a atenção de que a humanidade é um ser coletivo no qual acontecem as mesmas revoluções morais que em cada ser individual.

Duplantier afirma também que, graças ao espiritismo, a justiça das provações é agora compreendida e não decorre dos atos da vida presente, porque corresponde ao resgate das dívidas do passado. Depois afirma que haveria de ser assim com relação às provas coletivas, que são expiadas coletivamente pelos indivíduos que para elas concorreram, os quais se reencontram para sofrerem juntos a pena de Talião.

As tragédias, levando às desencarnações coletivas, não são frutos do acaso Na questão 258, de "OLE", A.K. pergunta se, antes de reencarnar, o espírito tem consciência ou previsão do que lhe sucederá no curso da vida terrena. A resposta: "Ele próprio escolhe o gênero de provas por que há de passar e nisto consiste o seu livre-arbítrio". A desencarnação, o momento certo da morte, é realmente predeterminado, assim como está documentado em "OLE", Q. 853, dizendo que o instante da morte é fatal, no verdadeiro sentido da palavra e chegado esse momento, de uma forma ou de outra, a ele não podemos furtar. A questão 853(a) frisa que, quando é chegado o momento do nosso retorno para a Dimensão Espiritual, nada nos livrará e também relata que já sabemos o gênero de morte pelo qual partiremos daqui, pois isso nos foi revelado quando fizemos a escolha desta ou daquela existência. Importante, igualmente, o comentário de A.K., na Q.738, dizendo que "venha por um flagelo a morte, ou por uma causa comum, ninguém deixa por isso de morrer, desde que haja soado a hora da partida". Na Q. 859, os espíritos dizem a A.K. que a fatalidade, verdadeiramente, só existe quanto ao momento em que devemos aparecer e desaparecer deste mundo. Na Q. 872, A.K. enfatiza: "no que concerne à morte é que o homem se acha submetido, em absoluto, à inexorável lei da fatalidade, por isso que não pode escapar à sentença que lhe marca o termo da existência, nem ao gênero de morte que haja de cortar a esta o fio".

Devemos destacar que somente os acontecimentos importantes e capazes de influir na nossa evolução moral são previstos por Deus, porque são úteis à nossa purificação e à nossa instrução ("O LE", Q. 859a). Entretanto, "o amor que cobre multidão de erros", em sintonia com a Lei de Ação e Reação e com o livre-arbítrio, pode evitar acontecimentos que deveriam realizar-se, como igualmente permitir outros que não estavam previstos ("OLE", Q.860). 

Portanto, o acaso não tem participação nas determinações divinas. O Pai nos ama incondicionalmente e nos proporciona a oportunidade da redenção espiritual, dando-nos a chance bendita de resgatarmos as infrações do passado contrárias às Suas Leis, de várias formas, inclusive coletivamente. As expiações coletivas, segundo "O Livro dos Espíritos", questão 737, oferecem o ensejo de progredirmos mais depressa no rumo evolutivo, realizando-se em alguns anos o que necessitaria de muitos séculos.

Como se processa a convocação dos encarnados para o evento da desencarnação coletiva? Qual a explicação espiritual para o fato de muitas pessoas saírem ilesas das catástrofes, algumas até mesmo perdendo o embarque do meio de transporte a ser acidentado? As respostas são baseadas nas premissas de que o acaso não pode reger fenômenos inteligentes e na certeza da infalibilidade da Lei Divina, agindo por conta de espíritos prepostos, sob a subordinação das entidades superioras.

Na Q. 459 de "OLE", A.K., perguntando se os espíritos influem em nossos pensamentos e em nossos atos, obteve a seguinte resposta: "Muito mais do que imaginais. Influem a tal ponto, que, de ordinário, são eles que vos dirigem". Portanto, há influência marcante, embora oculta, dos espíritos em nossos atos, sugerindo pensamentos, "dando a impressão de que alguém nos fala" (Q.461). Recebemos uma sugestão mental, funcionando a nossa mente como um aparelho emissor-receptor, de acordo com a nossa sintonia. As questões 526, 527 e 528 de "OLE" são importantíssimas para esse entendimento, desde que ao espíritos, na execução dos desígnios divinos, atuam sobre a matéria para cumprimento das Leis da Providência, nunca as derrogando. 

Na produção de fatos voluntários, as entidades valem-se das circunstâncias naturais para gerar os acontecimentos. Se soar o momento de alguém desencarnar e "era destino dele perecer por conta de um acidente", pode a espiritualidade lhe inspirar para subir em uma escada podre que não resista ao seu peso. A escada não foi quebrada pelos espíritos.

Em outro exemplo, "um homem tem que morrer eletrocutado por um raio". Os espíritos lhe inspiraram a idéia de se abrigar debaixo de uma árvore sobre a qual cairia a descarga elétrica. As entidades não provocaram a produção do raio, mas sabiam qual a árvore a ser atingida.

Em outro ensinamento bem prático, "se alguém não tem que perecer" e uma pessoa mal intencionada dispara sobre ele um projétil de fogo, os espíritos não atuam desviando a trajetória da bala, já que o projétil tem que seguir o seu curso de acordo com as leis da matéria; entretanto, a espiritualidade lhe sugere a idéia de se desviar ou atrapalhar a quem está empunhando a arma. Importante esse ensinamento, desde que muitas pessoas moram e circulam em locais bem perigosos, principalmente nas grandes cidades brasileiras, e somente perecerão por balas perdidas se estiverem subordinadas a essa programação.

É muito importante o ensinamento de que o mal não é programado, isto é, ninguém nasce para ser agente de cumprimento de prova ou expiação, como é descrito na Q. 470 de "OLE": "a nenhum espírito é dada a missão de praticar o mal. Aquele que o faz fá-lo por conta própria, sujeitando-se, portanto, às consequências'.

Muitas pessoas que possuem habilidades no campo da precognição ou premonição conseguem prever tragédias futuras. Citamos o irlandês Zak Martin, descrevendo um avião colidindo num arranha-céu e explodindo em chamas. Seis dias após, dois aviões comerciais foram lançados contra as torres gêmeas, em Nova York. O terrível naufrágio do Titanic foi pressentido por algumas pessoas como o empresário inglês Middleton que sonhou durante duas noites seguidas com um navio de quilha para o ar, cercado de pessoas e bagagem boiando. Resolveu, então, cancelar sua viagem e a de seus familiares. Um marinheiro recusou a função de subchefe de máquinas por causa de uma premonição de desastre. A sensitiva americana Sylvia Browne, em outubro de 2004, disse em pleno programa de TV que os turistas deveriam evitar viajar para a Índia. Dois meses depois parte do país mencionado foi atingido pelo tsunami.

Na literatura subsidiária espírita temos algumas fontes de consulta a respeito do assunto em tela: 1- Em 17 de dezembro de 1961, em Niterói (RJ), aconteceu a trágica tragédia num circo, relacionado, segundo o espírito Humberto de Campos, como expiação coletiva, envolvendo romanos que assassinaram dezenas de cristãos, em um circo armado em Lião, no ano de 177 ("Cartas e Crônicas, cap. 6,FEB); 2- O incêndio do Edifício Joelma, em São Paulo, com muitas vítimas, foi explicado como dívidas reportadas ao tempo das guerras da Cruzadas (" Diálogo dos Vivos", cap. 26); 3- Emmanuel, através da psicografia de Chico Xavier, na questão 250 do livro "O Consolador", esclarece-nos: "na provação coletiva verifica-se a convocação dos Espíritos encarnados, participantes do mesmo débito, com referência ao passado delituoso e obscuro. O mecanismo da justiça, na lei das compensações, funciona então espontaneamente, através dos prepostos do Cristo, que convocam os comparsas na dívida do pretérito para os resgates em comum, razão por que, muitas vezes, intitulais - doloroso acaso - às circunstâncias que reúnem as criaturas mais díspares no mesmo acidente, que lhes ocasiona a morte do corpo físico ou as mais variadas mutilações, no quadro dos seus compromissos individuais" e André Luiz, no capítulo 18, do livro "Ação e Reação", psicografado por Chico Xavier, descreve as palavras do benfeitor espiritual Druso, a respeito de um acidente ocorrido com uma aeronave, na qual pereceram 14 pessoas. Ressaltamos a informação de que "milhares de delinquentes que praticaram crimes hediondos em rebeldia contra a Lei Divina encontram-se, ainda, sem terem os débitos acertados."


Que tenhamos a certeza de que o amor de Deus é incomensurável e existe uma razão espiritual para as tragédias que deixam aterrorizadas as criaturas terrenas. Tudo tem uma finalidade, a casualidade não existe. O Pai nos proporciona a todos nós, seus filhos, herdeiros e viajores do Cosmos, a sua Eterna Misericórdia.

Fonte: blog.cele.com.br/2009/06/o-porque-das-mortes-coletivas-uma-visao.html.

quarta-feira, 18 de setembro de 2019

Psicoses




Psicoses

Psicoses-> Doença mental de desestruturação profunda do pensamento, perda de realidade e prejuízo no fundamento mental -> delírios, confusão, alucinações, incapacidade para desempenhar papéis ocupacionais habituais.
Segundo Dr. Andrea, as psicoses representam os mais severos quadros de doenças mentais. São doenças da alma, em severas respostas cármicas. O doente mental sob a ótica espírita é seguramente um transgressor dos códigos das leis divinas.
Os sintomas delirantes sob o enfoque espiritual: o delito que fica ignorado das demais pessoas, é conhecido do delinquente que o vitaliza com permanentes construções psíquicas destruindo a polivalência das idéias que terminam em uma fixação mórbida, e rompem com depressões graves ou como complexo de culpa, com fundamento real para eles mesmos, que se tornam desconfiados, acreditando-se perseguidos e alienados, caindo nas malhas da loucura, ou nos abismos do suicídio.
As psicoses orgânicas e sintomáticas iniciam-se com o crescimento de uma lesão orgânica no cérebro, resultando em massa tumoral, atrofia da massa encefálica com alterações mentais.
Se o indivíduo não for imprudente ou irresponsável sugere problemas cármicos. A irresponsabilidade, a negligência como a impregnação do cérebro por substâncias tóxicas como:  drogas, venenos e outros, geralmente desaparecem os sintomas cessando a causa do desencadeante. Se permanecem após a sessão da causa, o provável adoecimento por predisposição mórbida, ex: psicose esquizofrênicas desencadeadas por drogas.
A oligofrenia é uma deficiência mental com comprometimento da massa encefálica. Acontece com pessoas inteligentes que lesaram seu patrimônio mental pelo mau uso dos atributos psíquicos.
As demências-> Psicoses senis. Usuários de drogas, alcoolistas, fumantes, e excessos de toda ordem, débito cármico em andamento. Também aquelas pessoas de conduta exemplar, de vida regular, mais bebem por “esporte”, fumar por “esporte” ou “socialmente”, pessoas muito ou mais ou menos certinhas, provavelmente fim de débito cármico.
Psicoses onde não predominam organicidade: o agente causal está no perispírito, pois o corpo físico é modelado por ele. A lesão encontra-se em outras dimensões da vida, em elementos mais profundos, em especial no corpo mental. O esquizofrênico genuíno deve portar a lesão no corpo mental de maneira que mesmo no plano espiritual esteja esquizofrenizado.
O Dr. Bezerra de Menezes fala sempre que o esquizofrênico não tem destruído a afetividade, nem os sentimentos; somente os mesmos sofrem dificuldades para ser exteriorizados, em razão dos profundos conflitos consciênciais, que são resíduos das culpas passadas. É porque o espírito se sente devedor, não se esforça pela sua recuperação, ou teme-a, a fim de não enfrentar os desafetos, o que lhe parece à pior maneira de sofrer do que aquela em que se encontra.
Nestes casos pode-se dizer que a esquizofrenia se encontra no paciente de forma latente, pois que, acentuamos, e lhe é imposta desde a concepção fetal. Rigidez, desagregação do pensamento, idéias delirantes, incoerência, são algumas alterações do comportamento esquizofrênico originadas nos recessos do espírito que, mediante a aparelhagem fragmentada, se expressa em descontrole, avançando a demência, passando antes pela fase das alucinações, quando reencontrar os seus perseguidores espirituais que vem ao desforço. Sejam, portanto, quais forem os fatores que propiciam a instalação da esquizofrenia. O que desejamos é demonstrar que o espírito culpado é o responsável pela alienação que padece no corpo, sendo as suas causas atuais, as consequências diretas ou não do passado.

Algumas Psicoses
Esquizofrênia-> são afetivos e continuam a sentir todos os sentimentos, amor, alegria, tristezas e etc... Tem dificuldade de exteriorizá-los.
Psicopatas -> (Distúrbios de caráter): imediatistas, primitivos nas emoções, rebeldia que expressa revolta, cruéis, irresponsáveis, com pouca consciência moral reflexiva; egoísmo extravagante. Indivíduos que vem diretamente do umbral.
Psicoses leves: Apresentam distúrbios compatíveis com o quadro psicótico, mas guardam certa lucidez, porém esta na fase final de desequilíbrio do corpo mental ou no início da desestruturação da mente.
Autista -> Bezerra alucida:
... espíritos a que buscaram na alienação mental através do autismo, fugir das suas vítimas e apagar as lembranças que os acicatam, produzindo um mundo interior agitado ante uma exteriorização apática, quase sem vida.
Obsessão -> A loucura por obsessão não depende de lesão cerebral pode essa lesão vir a acontecer. A lesão não é causa, mas pode vir a ser efeito. A ação fluídica do obsessor sobre o cérebro se não for removida a tempo, resultará no sofrimento orgânico daquela víscera.
Os sofrimentos da alma são de gênese profunda, em consequência dolorosas no seu processo de cicatrização. Cristalizações de longo período não podem ser arrancadas em algumas palavras e introduções psicológicas de breve duração. Além dos muitos cuidados exigíveis, o tempo é fator de alto significado, para os resultados salutares que desejem alcançar.
É importante observar que o diagnóstico bem direcionado e fundamental a orientação das medidas terapêuticas adequadas.


AULA RETIRADA DA NOSSA APOSTILA DE ESTUDO.
FOTO: GOOGLE.

Reunião de Desobsessão (Mediúnica)



Reunião de Desobsessão (Mediúnica)

Desobsessão representa a libertação tanto para o obsessor quanto para sua vítima, o obsedado. Deve ser entendida, como remédio moral específico, imunizando quanto aos perigos da alienação. Através dela desaparecem doenças fantasmas, empecilhos obscuros e obtemos o seu apoio espiritual.
O conhecimento exige tempo, dedicação e estudo, mister se faz confiar acima de tudo em Deus. Demanda muita paciência e humildade. Temos que lembrar sempre da misericórdia de Jesus.
Para afastar seus efeitos não bastaria as fórmulas doutrinárias. Precisa-se de muita dedicação e antes de tudo a iluminação interior do obsedado.
Em uma reunião para cada nove pessoas (terrestres), vinte um colaboradores espirituais, se movimentam em círculos de ação.
Nos tratamentos é preciso destinguir seus efeitos, daqueles outros causadores pelas influências naturais e das alterações do próprio psiquismo do paciente.
Vamos rever um pouco das normas necessárias para o dia de mediúnica.
·        Descanso e alimentação balanceada durante o dia.
·        Orações e meditações.
·        Energias com o padrão elevado.
·        Trabalhadores experientes ajudam, orientam os menos experientes.
·        Consciência que é um trabalho de amor e humildade.
·        Não julgue e não condene; avalie.
·        Confiança principalmente no Pai Celestial e na espiritualidade da falange.
·        O mentor comandará a mediúnica.
·        Consultas ao mentor.
·        Equipe mediúnica: psicofônicos e passistas, pode haver também psicógrafos...
Avaliar como a reunião, avaliar cada irmão e a si mesmo. Já sabemos que fórmulas e exorcismos não têm qualquer benefício sobre os maus espíritos. O melhor para afastar os maus espíritos é atrair os bons.
O tratamento mediúnico varia de acordo com a natureza dos casos e as condições psicológicas dos pacientes. O tratamento deve ser gratuito. Os espíritos não cobram e não gostam que cobrem por eles. O serviço espírita é de abnegação.
Devemos sempre saber que obsessor é um ser que pensa e age movido por uma razão que lhe parece justa. Quando a tentativa do diálogo amoroso, humilde, vigilante revelarem-se inoperante, deve ser praticada a hipnose construtiva, usar a sonoterapia, efetuando a projeção de quadros mentais proveitoso, esclarecendo, improvisando idéias do ponto de vista educativo.

A Equipe (Grupos)

A equipe dedicada a desobsessão deve somente ser credor de fé e possuidor de valor. Harmonia em conjunto, elevação de propósitos, regime de abnegação, conhecimentos doutrinários, concentração, conduta moral sadia, equilíbrio interior dos médiuns e doutrinadores, uma vez que somente aquele que se encontra com saúde equilibrada são capacitados para o trabalho em equipe. Pessoas nervosas, versáteis são carentes de auxílio, não se encontrando habilitadas para mais alta realização, como aquelas que exigem recolhimento e prece, paciência e lucidez mental. Não recomenda a presença do obsedado na reunião, evitando o confronto com seu perseguidor. No entanto, não é proibido. A decisão é do mentor do centro espírita, só é necessário discernimento para que tudo funcione. Podemos também atender por momentos rápidos na fase preparatória do serviço programado, recebendo passes e orientação.
·        É necessária a aplicação dos recursos magnéticos através de passes ou água fluidificada da opção intercessora. Solicitar a frequência do irmão as reuniões públicas de estudo doutrinário.
·        Atender o obsedado em dia e hora previamente especificados.
·        Orientá-los a participar dos evangelhos no centro, fazer o evangelho no lar, atraí-los para a beneficência, estimular o hábito da oração.
·        Avaliar se precisa tratamento médico profissional ou psicológico e encaminhar...
A equipe mediúnica tem que auxiliar para discernir e orientar os pacientes.
Confiança necessária no mentor, sem confiança o trabalho não tem êxito.
Uma das regras importantíssimas é qualificar qual é o tipo da obsessão: cármica, moral ou contaminação.
Tratamentos...

Vamos começar com a qualificação da obsessão em um fichário. Entrevistar o paciente e orientá-lo.
Diagnosticar -> se é preciso somente passes e evangelho, mediúnicas, tratamentos médicos, sessões de orientação ou T.E; seguido de sua reforma íntima... Processos de cirurgias perispirituais, ovoidização, ou qualquer outro tipo de tratamento.

AULA RETIRADA DA NOSSA APOSTILA DE ESTUDO.
FOTO: GOOGLE.

domingo, 1 de setembro de 2019

Depressão - Auxílio na Casa Espírita




A Dama do Inexistir:
A Depressão.

Nome exótico esse. Para mim interessante. Acredito ser uma experiência dolorosa e marcante. Acho por demais estranho um espírita, magnetizador não conseguir se livrar desta doença.
Tratamento espiritual à base de passes não resolve o problema, às vezes até mesmo agrava, gera terríveis mal estares.
A maioria dos espíritas ainda não sabe que os passes não produzem efeitos em depressivos. Falta de leitura e de pesquisa. Que conclusão podemos chegar? Depois de muita pesquisa cheguei a conclusão de que, via de regras, um paciente em depressão não tem como absorver passes magnéticos, energias, bioenergias, magnetismos, como queiram chamar, diretamente através dos chacras.
Normalmente o depressivo tem graves problemas de bloqueios em seus centros energéticos, daí a doação de fluídos por intermédio deles causarem desconfortos, sensações indesejáveis e visíveis reações de piora.
No estado geral, todavia paradoxalmente, esse paciente precisa muito de reposições energética, o mecanismo magnético que melhor se aplica a esse caso é a absorção dos fluídos através da água fluidificada ou magnetizada. Os fluídos depositados na água quando ingeridos, são assimilados diretamente pelas moléculas que estão em desarmonia, sem que isso represente agravamento nos centros vitais em descompensação.
A outra verificação importantíssima foi que não são necessários os centros responsáveis pelas funções do cérebro (centro frontal), nem da parte sutil da mente (coronário) os que estão com pontos mais evidentes de descompensação energética.
O centro esplênico, dirigindo, repercutindo as energéticas associadas ao baço, fígado e pâncreas, além de seus vínculos que vão ate os rins, é o vital que padece todo o “peso” das desarmonias existentes no clima da depressão descarregando suas anomalias sobre os centros gástricos e genésico, daí surgindo o fato comum dos depressivos sofrerem profundas alterações nos seus sentidos digestivos (perda ou aumento de apetite) e libidinoso (apatia sexual).
No agravamento do processo depressivo, o centro esplênico pede socorro ao centro cardíaco como este é de freqüência mediana, enquanto o esplênico é de baixa freqüência logo se ressente dessa solicitação, não conseguindo atender a solicitação, as necessidades se descompensam, rápido a estrutura vital do depressivo se agrava.
Depois dessas evidências, posso garantir que não basta só boa vontade para se resolver tão grave questão como nos ensinou o mestre Allan Kardec; é imperoso o estudo, o aprofundamento e a aplicação disso tudo com magnetismo sendo bem executado.
Com o tratamento com a água fluidificada + boa vontade + estudo + dedicação e Cristo no coração, podemos sim passar por tudo que nos pressiona.
A falta de amor por si mesma, por Deus e pelo próximo nos leva a várias doenças psicológicas, inclusive a depressão.

O amor precisa chegar em nossos corações!!!

Texto de autoria do Centro Espírita Luz Divina.
Foto: GOOGLE.

Aulas sobre sentimentos


Com a finalidade de promover a instrução a todos os nossos irmãos, disponibilizaremos algumas de nossas pequenas aulas de nossa 1° apostila, baseadas em nossos estudos em conjunto com a nossa espiritualidade, como também auxiliados por livros espíritas.

Materialismo



O Espiritismo por ser uma doutrina filosófica científica de consequências morais ou religiosas não vê outras concepções filosóficas ou religiosas como adversárias, nem promove proselitismo a fim de arregimentas adeptos para suas fileiras. Entretanto a doutrina espírita possui um adversário que deve ser ferozmente combatido e diante do qual espíritas devem empenhar-se para frear seu crescimento. A afirmação do espiritismo é a do materialismo em suas mais variadas concepções.
Ao analisar e admitir a realidade da matéria, o espiritismo encontra nas modernas concepções científicas o reforço para suas teses. Muitas concepções da religião tradicional já caíram por terra, diante da averiguação científica, mas o espiritismo não tem teses ainda refutadas pela ciência, e se tivermos essa refutação o próprio Kardec nos sugere que fiquemos com a ciência.
Ao contrário de refutar a realidade da matéria, o espiritismo alia investigações convencionais da ciência com as forças dos fenômenos e informações das espiritualidades.



Sentimento de Culpa

O sentimento de culpa forma um campo vibratório dinâmico e receptivo na criatura. As ações que colidem com a nossa consciência, especialmente aquelas que são praticadas em milênios de repetição, consolidam tumores energéticos na vida mental que irradiam por todo corpo físico e perispiritual em forma de ondas potentes de atração e retenção. Semelhante teor de energia desenvolve o sistema ecológico vibracional do homem, agasalhando forma de vida correspondente à natureza de suas emissões. A análise microscópica do corpo humano revela bilhões de seres vivendo em um regime de coabitação, um autêntico ecossistema na massa corporal. Bactérias, fungos, vírus, milhares de microrganismos trabalham incessantemente formando uma extensa fauna e flora celulares. O perispírito igualmente é um sistema organizado que reflete a vida mental da criatura.
A origem das provas está em vidas pregressas nas sucessivas e impiedosas atitudes: crimes, abortos, suicídios, vícios...
Na verdade não precisamos pedir isso ou aquilo. É clausula da lei natural. O homem é o único animal pensante, portanto com capacidade de escolher. Sua escolha, porém, implica igualmente responsabilidade pelos seus atos. Pode optar pela vida livre ou pelos regimes da escravidão, jungindo-se aos processos retardatários do sofrimento para crescer. Ao decidir-se pelo caminho em desacordo com a lei Divina esta automaticamente assumindo para si os efeitos naturais de seu livre arbítrio, mesmos nos caminhos inferiores da leviandade ou do mal, pulsam os status da cooperação iniludível e da evolução em sinergia.
Cada criatura, por deliberação consciente ou por injunções decorrentes de sua insanidade, vive em regime de troca e apoio, submetendo-se aos imperativos da natureza.

A Força do Perdão...
A Força do Amor...

Com os avanços da ciência, o homem e seus arroubos de grandeza, gasta valiosos recursos tentando ampliar seu domínio ao espaço cósmico, sem ao menos ter aprendido a viver no diminuto espaço que ocupa.
Cada presídio construído comprova essa realidade, atestando o grau de ignorância em que ainda se encontra o homem na terra.
A tecnologia encurtou a distância e ampliou as comunicações, proporcionando ao homem tomar conhecimento de tudo que acontece em poucos instantes. Entretanto a grande maioria dos homens continua ignorante da sua real natureza e da verdadeira finalidade da vida.
Se analisarmos o problema da criminalidade, vamos descobrir que não existe criminosos, o que existe são dois tipos de vítimas dessa ignorância, a vítimas passiva e a ativa.
Os violentos, os desonestos, os corruptos e os criminosos são as ativas, que não compreendem o sentido da vida, e tomam para si o que não conseguiram conquistar pelos meios justos. Por outro lado nossos irmãos que sucumbiram como vítimas passivas provavelmente criminosos de outras vidas que retornaram para resgatarem a consciência atormentada pelos crimes cometidos em encarnações passadas.
Analisando as duas situações, percebe-se que o ser humano em qualquer circunstância é sempre uma vítima de si mesmo e da sua ignorância não querendo isentar da culpa aqueles que escolheram enveredar pelo caminho do crime. Não podemos generalizar e nem tão pouco esquecer de que há menos de 150 anos atrás, as leis humanas permitiram a muitos de nós, reencarnados naquela época, darmos os filhos recém nascidos dos nossos escravos como alimento aos cães e aos porcos e até matar adultos nos troncos, sob chibatadas, além de nos permitir praticar abusos inconfessáveis contra as mulheres cativas e, por esses motivos nunca devemos julgar e condenar quem quer que seja.
As pessoas habituadas ao perdão sofrem menos que aquelas que ainda não sabem perdoar.

O Amor

O amor não é uma teoria, mas sim, uma verdade comprovada por fatos por isso podemos afirmar que a grande maioria dos problemas que fazem o ser humano sofrer são sentimentos desequilibrados, não sentimentalismo, mas os verdadeiros sentimentos que o ser humano deve desenvolver. Sentir todos os sentimentos, porém, cada qual ao seu modo. O importante no sentir é saber o que sentimos.
Quando se pergunta: Por que você ama? Logo vem a resposta: não sei, o amor é cego. Esse conceito é errôneo; na verdade o amor não é cego, as pessoas que amam por impulso é que são cegas, e esse sentimento que diz ser amor nada mais é, que paixão. Esta sim é cega! Por isso cresce o número de divórcios e separações.
O verdadeiro amor é um conjunto de sentimentos que sobrevive a tudo, inclusive a paixão. O amor é perdão, compreensão e renúncia. Este é o amor que precisamos desenvolver.
Não perdoar os erros humanos cometidos pela ignorância, é o mesmo que não perdoar uma criança por não se comportar como adultos.
A vida é uma grande pedagogia!
Os desencontros, a ingratidão e as decepções são materiais didáticos que nos proporcionam a oportunidade de ensaiarmos esse amor. Não existe amor a primeira vista. Quando duas pessoas se encontram e imediatamente surge um amor verdadeiro, com certeza aquele amor nasceu algum dia no passado. Ao contrário da paixão, o verdadeiro amor transcende as aparências e supera os obstáculos, consolidando-se em uma convivência feliz apesar de toda adversidade que possam enfrentar.
O verdadeiro amor coloca acima dos próprios direitos, os da pessoa amada. O amor desse porte nada pode destruí-lo. Ele supera o orgulho e todas as paixões que possam prejudicá-lo, é esse amor que perpetua na eternidade. Supera os interesses materiais e físicos para consolidar-se no espírito eterno.
Estamos falando do amor entre um homem e uma mulher, mas, é esse mesmo amor que um dia vai prevalecer entre todas as criaturas, por isso podemos afirmar com segurança, que o casamento e a constituição da família compõem valioso laboratório para desenvolvê-lo.
É na convivência familiar que acontecem os reencontros mais importantes entre espíritos em evolução. Na maioria dos casos, são espíritos que se reúnem para exercitarem entre si o perdão, a fim de apagarem as marcas dos desencontros e conflitos, vividos em reencarnações passadas, e esse convívio pode levar o espírito a consolidação do verdadeiro amor.

A Perspicácia

A perspicácia é a habilidade extremamente útil. O problema é a nossa formação moral, nossos ímpetos. Uma pessoa perspicaz traz consigo uma bagagem inteligente de várias outras vidas. Todavia essa conquista desprovida de compaixão é facilitadora da vaidade, quiça do interesse pessoal regrada pela tolerância incondicional e pela ausência de preconceitos, é promotora do progresso, rompendo os densos véus da ilusão.
A maioria dos perspicazes adora se salientar. Precisam é aprender a transformá-la em virtude.
Quando a perspicácia é dosada de personalismo transforma-se em astúcia, prepotência e instrumento de domínio, características básicas da arrogância, e arrogância é o traço moral mais palpável do egoísmo humano.
Por outro lado essa habilidade incentiva a criatividade, a percepção de futuro e a síntese que, sob as lentes da moral, promove o avanço. Jesus dotado de excelente perspicácia preveniu a Pedro sobre a negação, alertou a Judas sobre a traição, e muitas outras como o apedrejamento da mulher adúltera que ele evitou.
Graças a sua incomparável compaixão acolheu Pedro diante da culpa, isentando-lhe de julgamentos, socorreu Judas nos umbrais da erraticidade, orientou a mulher adúltera.
Perspicácia - sem amor é corrosivo nas relações sinceras e nos projetos de realizações espirituais.
Os discípulos sinceros da verdade de Jesus hão de possuir abundante humildade, para aceitar em si mesmo que, por mais valoroso seja nosso esforço na senda do bem, inevitavelmente, em razão de reflexos milenares ainda guarda severo espírito de competição. A luz do espírito imortal. Quem se declara distante da atitude de arrogância demonstra desconhecimento ou prefere ignorar quanto ainda somos dominados por seus ímpetos, que assumem máscaras diversas, quais sejam: prepotência, autoritarismo, ciúme, controle, teimosia, julgamento, apropriação da verdade e inveja.
O amor que começamos a devotar ao bem não é capaz de excluir totalmente nossas tendências milenares. A luz e a treva digladiam em nossa intimidade. Não esqueçamos igualmente, podemos amar as atividades, no entanto a competição ocorre mesmo é nas relações uns com os outros.
As características psicológicas dessas enfermidades moral. A arrogância é a mais envelhecida. A revolta é o estágio em que estacionam os arrogantes quando percebem serem impotentes.


Textos de autoria do Grupo Espírita Luz Divina.

Ciências e Religião




CIÊNCIAS E RELIGIÃO

Os tempos de violência e dominação da igreja impediram o ressurgimento da ciência desde o século 18. Novas descobertas abalaram os dogmas religiosos (dogmas são pontos e indiscutíveis e fundamentais de uma doutrina, mas, apesar disso, o apego manteve muitas religiões estacionarias alheia ao progresso. Neste novo milênio não há mais espaço para ignorância. Impacientes, ou até inconformados com a postura dos extremistas religiosos, muitos cientistas defendem o ateísmo como solução. Enfim, o materialismo cientifico esta em guerra contra o dogma religioso. Haverá alternativa? É possível conciliar a ciência e poder fazer nascer das leis da natureza uma moral que promova o progresso da terra?
                O livro mais vendido neste natal na maior livraria da internet, “a Amazon”, não é a Bíblia, mas o livro A Ilusão Divina. Ainda não publicado no Brasil, ele propõe o fim da religião e a adoção do ateísmo. Está em primeiro lugar na lista do Best-Seller do Reino Unido. O autor, o biólogo Richard Dawkins, especializado na teoria da evolução, promete estabelecer cientificamente que Deus não existe. O biólogo está presente na televisão, jornal da Europa e Estados Unidos desejando o estabelecimento do ateísmo como crença popular, propondo assim, uma guerra contra a religião. Fundou até uma entidade sem fins lucrativos que distribui “materiais educativos” para divulgar o ateísmo nas escolas.
                 Dawkins considera dois fatos recentes como estopins de sua revolta: o ataque dos radicais religiosos islâmicos às Torres Gêmeas em Nova Iorque (2001), e o governo do presidente G. Bush, que impunha posturas e dogmas de sua religião. A “América de Bush” “é uma  Teocracia”, justifica Dawkins. Atualmente, mais de 120 milhões de americanos acreditam que Adão foi criado por Deus há 10 mil anos, a partir do barro, e que Eva realmente nasceu da costela dele, tomando pelo pé da letra a Gênese Mosaica.
                Outros cientistas ateus também defendem uma guerra contra a religião. O neurocientista Sam Harris já vendeu 270 mil exemplares de sua obra The End Of Faith (O Fim do Mundo; inédito no Brasil em português) na qual compara narrativas bíblicas a contos da fada, acusa as religiões de promover a intolerância e difundir a ignorância, e qualifica o Alcorão (Livro Sagrado dos Mulçumanos) como manifesto para a desunião religiosa. Na conclusão os dois notáveis cientistas, propõem uma campanha contra a religião; devemos caminhar para uma época em que a fé, sem evidências, desonre as pessoas que a mantenham.

                Quem pode falar sobre a Alma

                Segundo essa mesma linha de pensamento, Daniel Dennet, um grande filósofo, denuncia a religião como instrumento de dominação do povo, e defende o ateísmo.
                 O Papa João Paulo II exigia quando baixou a sua encíclica (carta aos católicos de todo o mundo), na qual afirma que a evolução é um fato, frisando, entretanto: “exceto com respeito à questão da alma humana.” Isso pode ter deixado algumas pessoas satisfeitas, mas é algo simplesmente falso. Tão falso como afirmar que nossos corpos são feitos de material biológicos, exceto o pâncreas. Ironizou um jornalista ao entrevistar a Dennet.
                O jornalista insiste: mas a religião ainda nos ajuda a estabelecer padrões morais; e Dennet: Mas dessa forma, nós não seríamos moralmente bons apenas para que fôssemos recompensados no céu? Acho que essa idéia faz de Deus algo como protetor arrogante e ameaçador; será?

                Radicalismo para todo lado

                Para Richard Dawkins é impossível associar espiritualismo e ciência (reservada apenas aos cientistas radicalmente ateus). Num programa, ele argumentou: “os deuses nas religiões fazem coisas como perdoar recados ou engravidar virgens, e todo tipo de coisas mundanas. Isso não tem nada a ver com a compreensão científica dos profundos problemas do universo. Eu mais que desdenho valores religiosos, eu os desprezo completamente”. E sentencia: “se você não acha que a evolução não é verdade, você é um ignorante”.
                Uma postura radical contra a religião não é unanimidade entre os cientistas. O brasileiro Marcelo Gleiser, prof. De Física Teórica nos (EUA) que recentemente fez um quadro científico no fantástico. Fã de Dawkins e também ateu declarado, mostrou-se assustado com as opiniões radicais do cientista inglês. _Será esse o modo de resolver e embate entre Ciência e Religião? Na minha humilde opinião, absolutamente não. A atitude belicosa e intolerante dele só causa mais intolerância e confusão. Seu grande erro é negar a necessidade que a maioria absoluta das pessoas tem de associar uma dimensão espiritual às suas vidas. A ciência não deve propor tirar o Deus das pessoas. Se for essa a sua guerra então ela já perdeu.

                Espiritualidade Científica

                No mesmo artigo, Gleiser propôs uma conciliação entre espiritualidade e ciência que dá um fim a esta guerra. O que a ciência pode fazer é proporcionar outra forma de espiritualidade, ligada ao mundo natural e “sobrenatural”, à cativante magia da descoberta. É esse naturalismo, essa entrega à natureza e aos seus mistérios, que dá a ciência dimensão espiritual que a torna humana. A conclusão deste artigo é a mais exata definição do que propõe a ciência espírita, que diz: “para respeitar a Bíblia, a ciência deveria ser obrigada a calar-se?” Isso é tão impossível quanto impedir que a terra gire. As religiões sejam quais forem jamais ganharam coisa alguma em sustentar seus evidentes enganos.
                A ciência tem por missão descobrir as leis da natureza. Ora, sendo essas leis obra de Deus, não podem ser contrárias as religiões que se baseiam na verdade. Condenar o progresso é um trabalho inútil, pois nada pode impedir o avanço da ciência e a descoberta da verdade. Se a religião se nega a avançar com a ciência, esta prosseguirá sozinha: conforme afirmou Kardec no seu livro A Gênese.

                Não Existem Milagres

                Quando Kardec estudou os fenômenos mediúnicos e reconheceu as evidências do mundo espiritual no diálogo com os espíritos, não estava preocupado em criar uma seita. Seu objetivo era abrir novos caminhos para a ciência e acabar com a idéia do sobrenatural, Gleiser, a partir de suas reflexões chegou a mesma proposta: “o sobrenatural não faz qualquer sentido: se algo ocorre, seja lá o que for, desde uma erupção vulcânica a um suposto milagre, “esse algo passa a ser um fenômeno natural e, e como tal, regido pelas leis da natureza”, comentou o físico.
                Atualmente, a investigação da Física Quântica desbrava a essência da matéria e do tempo; a evolução da espécie humana, desde o ancestral comum aos chipanzés, é evidência científica consensual. Ou seja, nesse caso, a ciência afastou racionalmente a interpretação literal dos textos da Bíblia. Os dogmas religiosos receberam um duro irreversível golpe. Sobre isso Allan Kardec também em Gênese: “não há revelação que se possa sobrepor à autoridade dos fatos. Se, com semelhantes contradições, as religiões sofrem dano, a culpa não é da ciência, que não pode mudar a realidade das coisas; mas dos homens, por haverem, prematuramente, estabelecido dogmas absolutos sobre hipóteses que podem ser desmentidas pelas experiências. E esses homens ainda querem fazer prevalecer os dogmas, numa questão de vida ou morte.”

               Investigando as Mesas Girantes

                A negação absoluta ao sobrenatural e a explicação dos fenômenos pelas leis da natureza, declaradas pelo cientista Marcelo Gleiser, representa exatamente o mesmo impulso que levou Kardec a estudar as mesas girantes. Seu desafio era encontrar uma explicação racional para aquela brincadeira de salão. E havia. Foi assim que nasceu a ciência espírita.
                A razão não aceita a imposição de idéias, mas o dogma propõe uma certeza indiscutível que deve ser aceita pela fé cega, inquestionável. Já a ciência não trabalha com certezas, mas com dúvidas e erros, aproximando-se da verdade pouco a pouco pela experimentação sem jamais se mobilizar. A certeza absoluta é inimiga da ciência. É incrível cientistas como Dawkins, Harris e Dennet assumirem a inexistência indiscutível de Deus, alma, comunicação com os espíritos e matéria espiritual. Ou seja, eles têm uma fé cega no ateísmo! Não aceitam a dúvida ou mesmo o estabelecimento de hipóteses contrárias, para depois pesquisar e negá-las experimentalmente, como exige a ciência.
                O espiritismo tem um método científico apropriado a ser objeto de estudo. Os espíritos são inteligentes e agem com liberdade, não são elementos mecânicos que possam reproduzir repetida e controladamente nos laboratórios. O instrumento para dialogar com eles são os médiuns. Questões orgânicas, psicológicas, e até morais dos médiuns e assistentes estão envolvidas e representam variáveis a serem consideradas em pesquisas cientificas desta natureza.
Kardec dedicou-se seriamente a catalogação das comunicações espirituais, elaborou-as numa revista cientifica mensal; Revista Espírita: Jornal de estudos psicológicos colocou o resultado deste trabalho nos cinco livros da codificação. O estudo sistemático destes textos é, portanto indispensável para compreensão da Doutrina Espírita.
                A filosofia dos espíritos trata de questões que rompem os limites da ciência, completando-a. Mas o cientista interessado poderia perguntar: Como os espíritos podem estudar, agir e pensar se já morreram e não tem mais cérebro? A resposta é dada pelos próprios espíritos ao explicarem que têm um corpo físico chamado perispírito apropriado as suas manifestações, e que permite sua mobilidade em seus próprios ambientes.

                Ciência e Espiritualidade

                Para conciliar ciência com espiritualidade é necessário elaborar teorias gerais unindo as descobertas cientificas as evidencias apresentadas pelos os espíritos, que esclarecem sobre sutis vibrações dos mundos espirituais e suas relações conosco. Kardec não deu a ultima palavra nessa tarefa, apenas começou o trabalho. A ciência do século XIX era o que havia disponível para realizá-lo, é só lembrar que a física disponível ainda era a clássica, criada a partir de Isaac Newton (1643-1727).
                A elaboração da doutrina não é estática, quando novas descobertas são feitas, acrescenta-se ou modifica-se a teoria geral. Da época de Kardec para cá a evolução da ciência foi muito rápida, descobertas foram feitas, conceitos científicos abandonados, e assim novas associações entre a ciência e conceitos espíritas precisaram ser aprimorados.
                No século seguinte ao surgimento do espiritismo, as pesquisas de Einstein revolucionaram as leis da natureza. A equação mais famosa da física moderna é: E=MC2. Nela, C representa a velocidade da luz, que se propaga a impressionantes 300 mil quilômetro por segundo. No cotidiano, não temos idéia dessa velocidade. Quando lembramos que ao acender uma lanterna parece que a luz atinge instantaneamente o local em que apontamos. Na verdade ela levou um tempo para chegar até lá, um tempo curto, mais um tempo. Pois bem, Einstein afirmou que nem um tempo de matéria ou informação pode mover-se igual ou mais rápido que a luz.

                Uma viagem pelo infinito

                A doutrina espírita, porém, revela que para os espíritos é possível transportar-se e enviar mensagem numa velocidade acima da luz.Há descrições de espírito viajando pelas galáxias em poucos instantes, o que está absolutamente fora de nosso alcance.Se a distancia de uma estrela qualquer estiver a cem anos luz da terra, isso significa que a luz demora exatamente cem anos para chegar anos. Então quanto tempo demoraria uma nave espacial para chegar a essa estrela? Hoje ainda não há tecnologia para tanto. E quando houver, serão necessárias varias gerações seguindo-se na nave, passando a direção de pai pra filho ate que um tataraneto do tataraneto do primeiro astronauta cumprisse a missão... No entanto, um espírito pode percorrer em distancias em instantes. Com isso é possível?
                O corpo dos espíritos também é feito de matéria, e também estão sujeito as leis naturais. Para conciliar a física moderna com a doutrina espírita é preciso elaborar um modelo cientifico que unifique todas essas evidências. A hipótese provável é a de o limite da velocidade (300 mil km/s) se restrinja a uma faixa de vibração da matéria ao alcance de nossos sentidos e equipamentos de meditação e, no entanto, há estados da matéria vibrando em velocidade a cima da luz. “Se não podemos observar esses estados ou medi-los é como se não existissem para ciência”. É preciso ter um meio de observação compatível para constatar esse estado da matéria, não há dúvida. Mais o meio de observação dos espíritos é o corpo espiritual ou perispírito, um organismo constituído por esse tipo de matéria fluídica. Eles estão vivendo numa faixa do universo diferente da nossa, regida por outra constante, com uma velocidade acima da luz. Com seu corpo espiritual, os espíritos vivem, agem, se comunicam e percorrem um universo paralelo ao nosso. 

            Diversos universos

Algum cientista poderia questionar: se espíritos estão nesse universo paralelo completamente inacessível ao nosso, como poderíamos nos comunicar com eles? A resposta que a doutrina oferece não é a de um sistema criado por Kardec para esclarecer a questão é sim fruto da observação experimental. Kardec estudou pro 35 anos o fenômeno do sonambulismo provocado, pela ciência do magnetismo animal, antes de se dedicar ao espiritismo. O sonâmbulo nos transes profundo de hipnose, pode observar os fluidos espirituais (estado da matéria vibrando acima da velocidade da luz) e também constatar a existência do perispírito dos vivos. A experiência é a seguinte: o magnetizador coloca uma pessoa em estado sonambúlico, podendo ver os fluidos espirituais. Em seguida pede que ela observe e comente o que ocorre enquanto uma segunda pessoa é sonambulizada. Um pesquisador por nome Albert das Rochas realizou uma experiência, nela o sonâmbulo respondeu: “Vejo os fluidos saindo dos olhos e dedos do magnetizador e envolvendo o sonâmbulo progressivamente. Duas formações luminosas estão surgindo de cada lado. Essas formações estão se unindo e tomando forma de corpo. Enquanto ele está sentado inerte. O segundo corpo se movimenta e age livremente. Um cordão luminoso saiu de entre as omoplatas e o une ao corpo fluídico na mesma região.
Todas as pessoas têm dois corpos ligados entre si, mas uma só individualidade, que é a alma, ou seja, os homens compartilham dois mundos, física e espiritual, pois possuem dois corpos: corpo biológico e perispírito. Essa dualidade permite a comunicação com os espíritos, e é a ponte entre os dois planos.
Durante o sono, os sentidos do corpo físico diminuem e o indivíduo o abandona, afastando-se dele com o seu perispírito. Ele participa do mundo espiritual, mas se mantêm sempre ligado por um cordão fluídico. Jamais esse afastamento diário concretiza um rompimento, a não ser na hora da morte. Esses fenômenos foram observados e descritos pelos sonâmbulos, e registrados por cientistas e pesquisadores espiritualistas nos últimos dois séculos.
Os indivíduos com capacidade de tornar consciente em seu cérebro as percepções feitas pelos seus perispíritos são denominados médiuns. É por meio deles que se efetua comunicação entre os dois mundos.

Um modelo científico

Os ensinamentos dos espíritos nos dão outras evidências para elaborar melhor esse modelo científico da física. Os espíritos não estão todos compartilhando o mesmo lugar no universo. Eles mesmos que estão em inúmeros universos. Quanto mais evoluído o espírito seu perispirito é mais sutil e vibra em velocidade mais alta. Essa diferença de constituição do corpo espiritual separa os espíritos em diversas faixas, em múltiplos universos paralelos.
Os espíritos conseguem fazer seu corpo espiritual vibrar mais velozmente quando apuram seus sentimentos e compreensão. A uma relação direta entre o perispírito e o progresso moral e intelectual do espírito. A evolução natural das espécies precisa ser aquecida da evolução progressiva e voluntária dos espíritos. Só assim podemos distinguir e explicar as diferenças entre animais e os homens. Esse é o elo perdido.
Os espíritos de faixas mais sutis dominam o controle fisiológico de seus perispíritos e conseguem desacelerar a vibração alta, podendo percorrer universos abaixo do seu, de acordo com sua vontade, ou seja, ao mundo dos espíritos existem diversas constantes dividindo em diferentes faixas fluídicas suas habitações da mais próxima da nossa aos mais sutis fluídos. Os mais evoluídos podem percorrer o universo em grande velocidade, alcançando distâncias fantásticas...
“Há muitas moradas na casa do meu Pai”, ensinou-nos Jesus (João cap 14: Vers 1).

Ciência e Moral

Há então uma lei natural regendo o mundo dos espíritos: aqueles que estão em universos de vibrações mais altos podem transitar livremente nos que estão abaixo, mas os que estão abaixo não alcançam os mundos superiores, a não ser que desenvolvam essa habilidade pela depuração de seus perispíritos, e isso apenas por um meio: a evolução moral e intelectual no decorrer das reencarnações. Neste ponto há uma ligação inevitável entre essa teoria científica e as questões morais.
A doutrina espírita é extensa e muitos outros ensinamentos estão envolvidos em sua teoria. Por um estudo dedicado aos livros da codificação, os conceitos científicos e filosóficos revelam suas conseqüências morais surgindo uma religiosidade natural. Essa é a conciliação entre a razão dos cientistas e as necessidades éticas da humanidade, possibilitando um futuro novo para o planeta, mas não é só a física que terá seus limites expandidos com a colaboração de um modelo científico espiritualista.
O estudo da fisiologia do perispírito proporcionará para a medicina possibilidade de estudar a causa primeira das doenças. O homem é um ser complexo, o corpo físico é apenas um instrumento físico de sua manifestação, a sede do pensamento e do sentimento está no espírito, e há um intermediário entre os dois: o perispírito. Todo esse conjunto precisa estar em harmonia para que haja saúde.
Um desequilíbrio do perispírito, por exemplo, desestabiliza o conjunto e pode ser a causa de sintomas no organismo. Nesse caso a doença tem origem fluídica e precisa de tratamento apropriado para reconquistar a saúde, por exemplo, a homeopatia, um novo e fabulo campo abre-se para a arte de curar. Além disso, esse novo paradigma aproxima as questões biológicas das psicológicas, unindo medicina e psicologia atuando em parceria em prol da saúde humana.

Por uma ciência transformada

Essa transformação é possível em todos os ramos da ciência, pode adotar um modelo filosófico-espírita. A pedagogia amplia suas possibilidades ao reconhecer na criança um espírito reencarnado. A sociologia, por sua vez, descobre as relações contínuas entre os dois mundos. E os recursos ilimitados de transformação social pela educação moral da humanidade. Com depoimentos dos espíritos, mediunidade pode oferecer recursos para pesquisas históricas, auxiliar na arqueologia, desvendar a vida dos povos passados e, o mais importante: pode constituir uma ética baseada na ciência e na filosofia que explique racionalmente conceitos como egoísmo, orgulho, justiça, amor e caridade.
Como se explica a evolução moral e intelectual da humanidade desde sua origem comum? Para os cientistas que brotaram um modelo materialista a única explicação está no genótipo, conjunto dos genes de cada indivíduo. (Evolução da humanidade, do macaco à civilização.)
A ciência ateísta de Richard Dawkins não ver na existência do homem uma finalidade natural, ou mesmo qualquer tendência progressista em nossa evolução.

Não morra de raiva

De acordo com a hipótese materialista, as características de nossa personalidade, como ser mais ou menos egoísta, mais ou menos inteligente, mais ou menos generoso, e tudo o mais, estariam codificadas no gene de cada um.
Você se acha muito explosivo, tem uma raiva incontrolável? Segundo a teoria genética da personalidade, a culpa seria de algum gene herdado de seus pais, determinando em seu cérebro uma tendência inevitável.
Não há cientista que possa definir o quanto das características humanas está determinado nos genes. Não existe evidência alguma que possa sustentar as afirmações escritas por Dawkins. O funcionamento do cérebro é ainda um gigantesco mistério.
A doutrina espírita abre mais um caminho, mais otimista, vale dizer. O corpo humano tem suas características biológicas determinadas pelos genes, e alguns potenciais mentais, como memória, capacidade de raciocínio e estados emocionais, podem ser determinados por eles, mas o espírito ligado a esse corpo tem suas emoções, defeitos, inteligência e outras particularidades pessoais desenvolvidas antes do nascimento. Há, então, uma conjugação da personalidade do espírito com o corpo ao qual se ligou, além das condições sociais, culturais e ambientais da atual encarnação que se somam para originar a personalidade de cada indivíduo.

Um potencial sem limites

A alma tem um potencial ilimitado em sua essência. Nas suas primeiras encarnações, o homem utiliza sua liberdade de agir e pensar para exacerbar os desejos nascidos do instinto de conservação (comer, produzir, status social) e dessa forma desenvolve o egoísmo e o orgulho, O instinto é sábio na condução dos animais, e também na do homem, mas este tem o livre arbítrio, e quando desenvolve e segue a intuição das leis naturais presente em sua consciência adquire capacidade de exercer a justiça.
A justiça é a lei natural e eterna de Deus que rege o relacionamento dos espíritos em todo o universo. Essas leis são a liberdade, igualdade e fraternidade. Quem age com justiça manifesta a ação correta em todos os seus atos, palavras e pensamentos. Isso é caridade. Uma conquista da alma, e pessoas que estabelecem caridade como padrão social e superam os resquícios de orgulho e egoísmos agem fraternalmente entre si. Em seguida uma sociedade fraterna se torna igualitária. Só então a humanidade conquista a verdadeira liberdade. Transforma-se então, numa sociedade sem violência, sem guerras, sem rivalidades, sem fome, sem doenças, sem miséria.
Esse roteiro segue de base para ensinar às crianças quem somos, de onde viemos, e para onde vamos. Serve para explicar cientificamente o significado do espiritismo. O significado do egoísmo e da caridade. Os conceitos racionais desse novo paradigma serão no futuro temas de fundamental importância para serem debatidos nas escolas, universidades e nos lares, num diálogo entre pais e filhos, educadores e jovens. Essa educação moral tem potencial de transformar gerações; unir ciência, filosofia e religião. Natural, ela é a base a regeneração da humanidade e o caminho mais seguro para tornar este mundo feliz. É necessário, para tanto, dar os primeiros passos.


Texto de autoria do Grupo Espírita Luz Divina.
Fotos: GOOGLE.