domingo, 1 de setembro de 2019

Ciências e Religião




CIÊNCIAS E RELIGIÃO

Os tempos de violência e dominação da igreja impediram o ressurgimento da ciência desde o século 18. Novas descobertas abalaram os dogmas religiosos (dogmas são pontos e indiscutíveis e fundamentais de uma doutrina, mas, apesar disso, o apego manteve muitas religiões estacionarias alheia ao progresso. Neste novo milênio não há mais espaço para ignorância. Impacientes, ou até inconformados com a postura dos extremistas religiosos, muitos cientistas defendem o ateísmo como solução. Enfim, o materialismo cientifico esta em guerra contra o dogma religioso. Haverá alternativa? É possível conciliar a ciência e poder fazer nascer das leis da natureza uma moral que promova o progresso da terra?
                O livro mais vendido neste natal na maior livraria da internet, “a Amazon”, não é a Bíblia, mas o livro A Ilusão Divina. Ainda não publicado no Brasil, ele propõe o fim da religião e a adoção do ateísmo. Está em primeiro lugar na lista do Best-Seller do Reino Unido. O autor, o biólogo Richard Dawkins, especializado na teoria da evolução, promete estabelecer cientificamente que Deus não existe. O biólogo está presente na televisão, jornal da Europa e Estados Unidos desejando o estabelecimento do ateísmo como crença popular, propondo assim, uma guerra contra a religião. Fundou até uma entidade sem fins lucrativos que distribui “materiais educativos” para divulgar o ateísmo nas escolas.
                 Dawkins considera dois fatos recentes como estopins de sua revolta: o ataque dos radicais religiosos islâmicos às Torres Gêmeas em Nova Iorque (2001), e o governo do presidente G. Bush, que impunha posturas e dogmas de sua religião. A “América de Bush” “é uma  Teocracia”, justifica Dawkins. Atualmente, mais de 120 milhões de americanos acreditam que Adão foi criado por Deus há 10 mil anos, a partir do barro, e que Eva realmente nasceu da costela dele, tomando pelo pé da letra a Gênese Mosaica.
                Outros cientistas ateus também defendem uma guerra contra a religião. O neurocientista Sam Harris já vendeu 270 mil exemplares de sua obra The End Of Faith (O Fim do Mundo; inédito no Brasil em português) na qual compara narrativas bíblicas a contos da fada, acusa as religiões de promover a intolerância e difundir a ignorância, e qualifica o Alcorão (Livro Sagrado dos Mulçumanos) como manifesto para a desunião religiosa. Na conclusão os dois notáveis cientistas, propõem uma campanha contra a religião; devemos caminhar para uma época em que a fé, sem evidências, desonre as pessoas que a mantenham.

                Quem pode falar sobre a Alma

                Segundo essa mesma linha de pensamento, Daniel Dennet, um grande filósofo, denuncia a religião como instrumento de dominação do povo, e defende o ateísmo.
                 O Papa João Paulo II exigia quando baixou a sua encíclica (carta aos católicos de todo o mundo), na qual afirma que a evolução é um fato, frisando, entretanto: “exceto com respeito à questão da alma humana.” Isso pode ter deixado algumas pessoas satisfeitas, mas é algo simplesmente falso. Tão falso como afirmar que nossos corpos são feitos de material biológicos, exceto o pâncreas. Ironizou um jornalista ao entrevistar a Dennet.
                O jornalista insiste: mas a religião ainda nos ajuda a estabelecer padrões morais; e Dennet: Mas dessa forma, nós não seríamos moralmente bons apenas para que fôssemos recompensados no céu? Acho que essa idéia faz de Deus algo como protetor arrogante e ameaçador; será?

                Radicalismo para todo lado

                Para Richard Dawkins é impossível associar espiritualismo e ciência (reservada apenas aos cientistas radicalmente ateus). Num programa, ele argumentou: “os deuses nas religiões fazem coisas como perdoar recados ou engravidar virgens, e todo tipo de coisas mundanas. Isso não tem nada a ver com a compreensão científica dos profundos problemas do universo. Eu mais que desdenho valores religiosos, eu os desprezo completamente”. E sentencia: “se você não acha que a evolução não é verdade, você é um ignorante”.
                Uma postura radical contra a religião não é unanimidade entre os cientistas. O brasileiro Marcelo Gleiser, prof. De Física Teórica nos (EUA) que recentemente fez um quadro científico no fantástico. Fã de Dawkins e também ateu declarado, mostrou-se assustado com as opiniões radicais do cientista inglês. _Será esse o modo de resolver e embate entre Ciência e Religião? Na minha humilde opinião, absolutamente não. A atitude belicosa e intolerante dele só causa mais intolerância e confusão. Seu grande erro é negar a necessidade que a maioria absoluta das pessoas tem de associar uma dimensão espiritual às suas vidas. A ciência não deve propor tirar o Deus das pessoas. Se for essa a sua guerra então ela já perdeu.

                Espiritualidade Científica

                No mesmo artigo, Gleiser propôs uma conciliação entre espiritualidade e ciência que dá um fim a esta guerra. O que a ciência pode fazer é proporcionar outra forma de espiritualidade, ligada ao mundo natural e “sobrenatural”, à cativante magia da descoberta. É esse naturalismo, essa entrega à natureza e aos seus mistérios, que dá a ciência dimensão espiritual que a torna humana. A conclusão deste artigo é a mais exata definição do que propõe a ciência espírita, que diz: “para respeitar a Bíblia, a ciência deveria ser obrigada a calar-se?” Isso é tão impossível quanto impedir que a terra gire. As religiões sejam quais forem jamais ganharam coisa alguma em sustentar seus evidentes enganos.
                A ciência tem por missão descobrir as leis da natureza. Ora, sendo essas leis obra de Deus, não podem ser contrárias as religiões que se baseiam na verdade. Condenar o progresso é um trabalho inútil, pois nada pode impedir o avanço da ciência e a descoberta da verdade. Se a religião se nega a avançar com a ciência, esta prosseguirá sozinha: conforme afirmou Kardec no seu livro A Gênese.

                Não Existem Milagres

                Quando Kardec estudou os fenômenos mediúnicos e reconheceu as evidências do mundo espiritual no diálogo com os espíritos, não estava preocupado em criar uma seita. Seu objetivo era abrir novos caminhos para a ciência e acabar com a idéia do sobrenatural, Gleiser, a partir de suas reflexões chegou a mesma proposta: “o sobrenatural não faz qualquer sentido: se algo ocorre, seja lá o que for, desde uma erupção vulcânica a um suposto milagre, “esse algo passa a ser um fenômeno natural e, e como tal, regido pelas leis da natureza”, comentou o físico.
                Atualmente, a investigação da Física Quântica desbrava a essência da matéria e do tempo; a evolução da espécie humana, desde o ancestral comum aos chipanzés, é evidência científica consensual. Ou seja, nesse caso, a ciência afastou racionalmente a interpretação literal dos textos da Bíblia. Os dogmas religiosos receberam um duro irreversível golpe. Sobre isso Allan Kardec também em Gênese: “não há revelação que se possa sobrepor à autoridade dos fatos. Se, com semelhantes contradições, as religiões sofrem dano, a culpa não é da ciência, que não pode mudar a realidade das coisas; mas dos homens, por haverem, prematuramente, estabelecido dogmas absolutos sobre hipóteses que podem ser desmentidas pelas experiências. E esses homens ainda querem fazer prevalecer os dogmas, numa questão de vida ou morte.”

               Investigando as Mesas Girantes

                A negação absoluta ao sobrenatural e a explicação dos fenômenos pelas leis da natureza, declaradas pelo cientista Marcelo Gleiser, representa exatamente o mesmo impulso que levou Kardec a estudar as mesas girantes. Seu desafio era encontrar uma explicação racional para aquela brincadeira de salão. E havia. Foi assim que nasceu a ciência espírita.
                A razão não aceita a imposição de idéias, mas o dogma propõe uma certeza indiscutível que deve ser aceita pela fé cega, inquestionável. Já a ciência não trabalha com certezas, mas com dúvidas e erros, aproximando-se da verdade pouco a pouco pela experimentação sem jamais se mobilizar. A certeza absoluta é inimiga da ciência. É incrível cientistas como Dawkins, Harris e Dennet assumirem a inexistência indiscutível de Deus, alma, comunicação com os espíritos e matéria espiritual. Ou seja, eles têm uma fé cega no ateísmo! Não aceitam a dúvida ou mesmo o estabelecimento de hipóteses contrárias, para depois pesquisar e negá-las experimentalmente, como exige a ciência.
                O espiritismo tem um método científico apropriado a ser objeto de estudo. Os espíritos são inteligentes e agem com liberdade, não são elementos mecânicos que possam reproduzir repetida e controladamente nos laboratórios. O instrumento para dialogar com eles são os médiuns. Questões orgânicas, psicológicas, e até morais dos médiuns e assistentes estão envolvidas e representam variáveis a serem consideradas em pesquisas cientificas desta natureza.
Kardec dedicou-se seriamente a catalogação das comunicações espirituais, elaborou-as numa revista cientifica mensal; Revista Espírita: Jornal de estudos psicológicos colocou o resultado deste trabalho nos cinco livros da codificação. O estudo sistemático destes textos é, portanto indispensável para compreensão da Doutrina Espírita.
                A filosofia dos espíritos trata de questões que rompem os limites da ciência, completando-a. Mas o cientista interessado poderia perguntar: Como os espíritos podem estudar, agir e pensar se já morreram e não tem mais cérebro? A resposta é dada pelos próprios espíritos ao explicarem que têm um corpo físico chamado perispírito apropriado as suas manifestações, e que permite sua mobilidade em seus próprios ambientes.

                Ciência e Espiritualidade

                Para conciliar ciência com espiritualidade é necessário elaborar teorias gerais unindo as descobertas cientificas as evidencias apresentadas pelos os espíritos, que esclarecem sobre sutis vibrações dos mundos espirituais e suas relações conosco. Kardec não deu a ultima palavra nessa tarefa, apenas começou o trabalho. A ciência do século XIX era o que havia disponível para realizá-lo, é só lembrar que a física disponível ainda era a clássica, criada a partir de Isaac Newton (1643-1727).
                A elaboração da doutrina não é estática, quando novas descobertas são feitas, acrescenta-se ou modifica-se a teoria geral. Da época de Kardec para cá a evolução da ciência foi muito rápida, descobertas foram feitas, conceitos científicos abandonados, e assim novas associações entre a ciência e conceitos espíritas precisaram ser aprimorados.
                No século seguinte ao surgimento do espiritismo, as pesquisas de Einstein revolucionaram as leis da natureza. A equação mais famosa da física moderna é: E=MC2. Nela, C representa a velocidade da luz, que se propaga a impressionantes 300 mil quilômetro por segundo. No cotidiano, não temos idéia dessa velocidade. Quando lembramos que ao acender uma lanterna parece que a luz atinge instantaneamente o local em que apontamos. Na verdade ela levou um tempo para chegar até lá, um tempo curto, mais um tempo. Pois bem, Einstein afirmou que nem um tempo de matéria ou informação pode mover-se igual ou mais rápido que a luz.

                Uma viagem pelo infinito

                A doutrina espírita, porém, revela que para os espíritos é possível transportar-se e enviar mensagem numa velocidade acima da luz.Há descrições de espírito viajando pelas galáxias em poucos instantes, o que está absolutamente fora de nosso alcance.Se a distancia de uma estrela qualquer estiver a cem anos luz da terra, isso significa que a luz demora exatamente cem anos para chegar anos. Então quanto tempo demoraria uma nave espacial para chegar a essa estrela? Hoje ainda não há tecnologia para tanto. E quando houver, serão necessárias varias gerações seguindo-se na nave, passando a direção de pai pra filho ate que um tataraneto do tataraneto do primeiro astronauta cumprisse a missão... No entanto, um espírito pode percorrer em distancias em instantes. Com isso é possível?
                O corpo dos espíritos também é feito de matéria, e também estão sujeito as leis naturais. Para conciliar a física moderna com a doutrina espírita é preciso elaborar um modelo cientifico que unifique todas essas evidências. A hipótese provável é a de o limite da velocidade (300 mil km/s) se restrinja a uma faixa de vibração da matéria ao alcance de nossos sentidos e equipamentos de meditação e, no entanto, há estados da matéria vibrando em velocidade a cima da luz. “Se não podemos observar esses estados ou medi-los é como se não existissem para ciência”. É preciso ter um meio de observação compatível para constatar esse estado da matéria, não há dúvida. Mais o meio de observação dos espíritos é o corpo espiritual ou perispírito, um organismo constituído por esse tipo de matéria fluídica. Eles estão vivendo numa faixa do universo diferente da nossa, regida por outra constante, com uma velocidade acima da luz. Com seu corpo espiritual, os espíritos vivem, agem, se comunicam e percorrem um universo paralelo ao nosso. 

            Diversos universos

Algum cientista poderia questionar: se espíritos estão nesse universo paralelo completamente inacessível ao nosso, como poderíamos nos comunicar com eles? A resposta que a doutrina oferece não é a de um sistema criado por Kardec para esclarecer a questão é sim fruto da observação experimental. Kardec estudou pro 35 anos o fenômeno do sonambulismo provocado, pela ciência do magnetismo animal, antes de se dedicar ao espiritismo. O sonâmbulo nos transes profundo de hipnose, pode observar os fluidos espirituais (estado da matéria vibrando acima da velocidade da luz) e também constatar a existência do perispírito dos vivos. A experiência é a seguinte: o magnetizador coloca uma pessoa em estado sonambúlico, podendo ver os fluidos espirituais. Em seguida pede que ela observe e comente o que ocorre enquanto uma segunda pessoa é sonambulizada. Um pesquisador por nome Albert das Rochas realizou uma experiência, nela o sonâmbulo respondeu: “Vejo os fluidos saindo dos olhos e dedos do magnetizador e envolvendo o sonâmbulo progressivamente. Duas formações luminosas estão surgindo de cada lado. Essas formações estão se unindo e tomando forma de corpo. Enquanto ele está sentado inerte. O segundo corpo se movimenta e age livremente. Um cordão luminoso saiu de entre as omoplatas e o une ao corpo fluídico na mesma região.
Todas as pessoas têm dois corpos ligados entre si, mas uma só individualidade, que é a alma, ou seja, os homens compartilham dois mundos, física e espiritual, pois possuem dois corpos: corpo biológico e perispírito. Essa dualidade permite a comunicação com os espíritos, e é a ponte entre os dois planos.
Durante o sono, os sentidos do corpo físico diminuem e o indivíduo o abandona, afastando-se dele com o seu perispírito. Ele participa do mundo espiritual, mas se mantêm sempre ligado por um cordão fluídico. Jamais esse afastamento diário concretiza um rompimento, a não ser na hora da morte. Esses fenômenos foram observados e descritos pelos sonâmbulos, e registrados por cientistas e pesquisadores espiritualistas nos últimos dois séculos.
Os indivíduos com capacidade de tornar consciente em seu cérebro as percepções feitas pelos seus perispíritos são denominados médiuns. É por meio deles que se efetua comunicação entre os dois mundos.

Um modelo científico

Os ensinamentos dos espíritos nos dão outras evidências para elaborar melhor esse modelo científico da física. Os espíritos não estão todos compartilhando o mesmo lugar no universo. Eles mesmos que estão em inúmeros universos. Quanto mais evoluído o espírito seu perispirito é mais sutil e vibra em velocidade mais alta. Essa diferença de constituição do corpo espiritual separa os espíritos em diversas faixas, em múltiplos universos paralelos.
Os espíritos conseguem fazer seu corpo espiritual vibrar mais velozmente quando apuram seus sentimentos e compreensão. A uma relação direta entre o perispírito e o progresso moral e intelectual do espírito. A evolução natural das espécies precisa ser aquecida da evolução progressiva e voluntária dos espíritos. Só assim podemos distinguir e explicar as diferenças entre animais e os homens. Esse é o elo perdido.
Os espíritos de faixas mais sutis dominam o controle fisiológico de seus perispíritos e conseguem desacelerar a vibração alta, podendo percorrer universos abaixo do seu, de acordo com sua vontade, ou seja, ao mundo dos espíritos existem diversas constantes dividindo em diferentes faixas fluídicas suas habitações da mais próxima da nossa aos mais sutis fluídos. Os mais evoluídos podem percorrer o universo em grande velocidade, alcançando distâncias fantásticas...
“Há muitas moradas na casa do meu Pai”, ensinou-nos Jesus (João cap 14: Vers 1).

Ciência e Moral

Há então uma lei natural regendo o mundo dos espíritos: aqueles que estão em universos de vibrações mais altos podem transitar livremente nos que estão abaixo, mas os que estão abaixo não alcançam os mundos superiores, a não ser que desenvolvam essa habilidade pela depuração de seus perispíritos, e isso apenas por um meio: a evolução moral e intelectual no decorrer das reencarnações. Neste ponto há uma ligação inevitável entre essa teoria científica e as questões morais.
A doutrina espírita é extensa e muitos outros ensinamentos estão envolvidos em sua teoria. Por um estudo dedicado aos livros da codificação, os conceitos científicos e filosóficos revelam suas conseqüências morais surgindo uma religiosidade natural. Essa é a conciliação entre a razão dos cientistas e as necessidades éticas da humanidade, possibilitando um futuro novo para o planeta, mas não é só a física que terá seus limites expandidos com a colaboração de um modelo científico espiritualista.
O estudo da fisiologia do perispírito proporcionará para a medicina possibilidade de estudar a causa primeira das doenças. O homem é um ser complexo, o corpo físico é apenas um instrumento físico de sua manifestação, a sede do pensamento e do sentimento está no espírito, e há um intermediário entre os dois: o perispírito. Todo esse conjunto precisa estar em harmonia para que haja saúde.
Um desequilíbrio do perispírito, por exemplo, desestabiliza o conjunto e pode ser a causa de sintomas no organismo. Nesse caso a doença tem origem fluídica e precisa de tratamento apropriado para reconquistar a saúde, por exemplo, a homeopatia, um novo e fabulo campo abre-se para a arte de curar. Além disso, esse novo paradigma aproxima as questões biológicas das psicológicas, unindo medicina e psicologia atuando em parceria em prol da saúde humana.

Por uma ciência transformada

Essa transformação é possível em todos os ramos da ciência, pode adotar um modelo filosófico-espírita. A pedagogia amplia suas possibilidades ao reconhecer na criança um espírito reencarnado. A sociologia, por sua vez, descobre as relações contínuas entre os dois mundos. E os recursos ilimitados de transformação social pela educação moral da humanidade. Com depoimentos dos espíritos, mediunidade pode oferecer recursos para pesquisas históricas, auxiliar na arqueologia, desvendar a vida dos povos passados e, o mais importante: pode constituir uma ética baseada na ciência e na filosofia que explique racionalmente conceitos como egoísmo, orgulho, justiça, amor e caridade.
Como se explica a evolução moral e intelectual da humanidade desde sua origem comum? Para os cientistas que brotaram um modelo materialista a única explicação está no genótipo, conjunto dos genes de cada indivíduo. (Evolução da humanidade, do macaco à civilização.)
A ciência ateísta de Richard Dawkins não ver na existência do homem uma finalidade natural, ou mesmo qualquer tendência progressista em nossa evolução.

Não morra de raiva

De acordo com a hipótese materialista, as características de nossa personalidade, como ser mais ou menos egoísta, mais ou menos inteligente, mais ou menos generoso, e tudo o mais, estariam codificadas no gene de cada um.
Você se acha muito explosivo, tem uma raiva incontrolável? Segundo a teoria genética da personalidade, a culpa seria de algum gene herdado de seus pais, determinando em seu cérebro uma tendência inevitável.
Não há cientista que possa definir o quanto das características humanas está determinado nos genes. Não existe evidência alguma que possa sustentar as afirmações escritas por Dawkins. O funcionamento do cérebro é ainda um gigantesco mistério.
A doutrina espírita abre mais um caminho, mais otimista, vale dizer. O corpo humano tem suas características biológicas determinadas pelos genes, e alguns potenciais mentais, como memória, capacidade de raciocínio e estados emocionais, podem ser determinados por eles, mas o espírito ligado a esse corpo tem suas emoções, defeitos, inteligência e outras particularidades pessoais desenvolvidas antes do nascimento. Há, então, uma conjugação da personalidade do espírito com o corpo ao qual se ligou, além das condições sociais, culturais e ambientais da atual encarnação que se somam para originar a personalidade de cada indivíduo.

Um potencial sem limites

A alma tem um potencial ilimitado em sua essência. Nas suas primeiras encarnações, o homem utiliza sua liberdade de agir e pensar para exacerbar os desejos nascidos do instinto de conservação (comer, produzir, status social) e dessa forma desenvolve o egoísmo e o orgulho, O instinto é sábio na condução dos animais, e também na do homem, mas este tem o livre arbítrio, e quando desenvolve e segue a intuição das leis naturais presente em sua consciência adquire capacidade de exercer a justiça.
A justiça é a lei natural e eterna de Deus que rege o relacionamento dos espíritos em todo o universo. Essas leis são a liberdade, igualdade e fraternidade. Quem age com justiça manifesta a ação correta em todos os seus atos, palavras e pensamentos. Isso é caridade. Uma conquista da alma, e pessoas que estabelecem caridade como padrão social e superam os resquícios de orgulho e egoísmos agem fraternalmente entre si. Em seguida uma sociedade fraterna se torna igualitária. Só então a humanidade conquista a verdadeira liberdade. Transforma-se então, numa sociedade sem violência, sem guerras, sem rivalidades, sem fome, sem doenças, sem miséria.
Esse roteiro segue de base para ensinar às crianças quem somos, de onde viemos, e para onde vamos. Serve para explicar cientificamente o significado do espiritismo. O significado do egoísmo e da caridade. Os conceitos racionais desse novo paradigma serão no futuro temas de fundamental importância para serem debatidos nas escolas, universidades e nos lares, num diálogo entre pais e filhos, educadores e jovens. Essa educação moral tem potencial de transformar gerações; unir ciência, filosofia e religião. Natural, ela é a base a regeneração da humanidade e o caminho mais seguro para tornar este mundo feliz. É necessário, para tanto, dar os primeiros passos.


Texto de autoria do Grupo Espírita Luz Divina.
Fotos: GOOGLE.

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