Os Nadis são uma imensa
rede e complexa de energias fluídicas, um sistema interno intangível,
paralelamente ao dos nervos do corpo, o qual é a exteriorização de um cânon
interno de energias. Não existe, no entanto nenhum outro termo em nenhum idioma
para a antiga palavra nadis, porque a existência desse sistema subjetivo ainda
não foi reconhecida, e no Ocidente prevalece o sistema materialista dos nervos.
A ciência ocidental ainda não reconhece esse conceito.
Quando
esta substância sutil composta de fios de energia for reconhecidamente uma
parte etérica paralela aos nervos tangíveis, estaremos dando um grande passo
com relação à saúde e à doença. Esta rede de nadis forma uma rede muito bem
definida de vida.
Os nádis determinam,
portanto a natureza e a qualidade do sistema nervoso com suas extensas redes de
nervos e plexos por todo o corpo físico. Os nádis e consequentemente as redes
de nervos estão principalmente relacionados com dois aspectos do corpo físico,
os sete centros maiores do corpo etérico e a coluna vertebral com a
cabeça.
Quando se reconhece a
relação que existe entre os nadis e os nervos, juntamente com os centros e a
coluna vertebral, os métodos médicos e psiquiátricos evoluem muito. A
experiência mostra que fazendo uma relação mais estreita entre ambos os nadis e
os nervos – se controla mais rapidamente a doença. Os
nádis do corpo físico têm relação com o espírito; os nervos com a alma. Aquilo
que parece em sua exteriorização conjunta é o sistema endócrino que corresponde
à forma ou à matéria. Os três, nádis, sistema nervoso e glândulas pertencem
analogamente aos três aspectos divinos.
Respondem
esotericamente a estes três aspectos e fazem com que o homem, no plano físico,
seja o que é. Os três estão também condicionados pelos corpos astral e mental,
que fazem um canal direto de comunicação com os sete centros e a partir desses
centros, o sistema de nadis, nervos e glândulas.
Os três sistemas maiores dentro do ser humano nervos, nádis e glândulas
expressam, por meio do físico, a condição ou grau de desenvolvimento dos
centros ou chacras. A energia que representam é distribuída por todo corpo
através da corrente sanguínea.
A ciência moderna já reconhece
que a corrente sanguínea distribui certos elementos liberados pelas glândulas.
Ainda não reconhece a relação entre as glândulas e os chacras como um sistema
intermediário entre nádis e nervos. O próximo grande passo que dará a medicina
será o reconhecimento da realidade do corpo etérico, substância física que está
além da matéria densa.
Quando os chacras são
despertos, o sistema nervoso fica eletrizado e responde imediatamente à energia
conduzida pelos nádis, cujo resultado será um sistema endócrino bem
equilibrado. A vitalidade que fluirá através do corpo será então tão poderosa
que o corpo físico estará imune às enfermidades, sejam elas inatas ou
hereditárias. Na atualidade, com o desenvolvimento desequilibrado, alguns
centros não estão despertos, e os abaixo do diafragma superativados.
Em consequência temos
zonas internas do corpo em que os nádis estão em estado embrionário, outras em
que estão altamente energizados. Estas condições desequilibradas produzem
poderosos efeitos sobre o sistema nervoso e sobre as glândulas, conduzindo em
alguns casos superestímulos e em outros (a condições anormais) falta de
vitalidade, hiperatividade e outras reações indesejáveis que produzem
inevitavelmente a doença. Essas doenças se dão como resultado de tendências
hereditárias, ou predisposições inerentes ou aparecem como resultado do mau
funcionamento dos centros que atuam através dos nádis.
Em suma, doença,
incapacidade física de todo tipo e os numerosos e diversos aspectos da má saúde
podem atribuir-se diretamente à condição dos chacras, pois estes determinam a
atividade ou a passividade dos nadis, que por sua vez afetam o sistema nervoso,
o sistema endócrino e a corrente sanguínea, responsável por distribuir essas
condições a todas as partes do corpo. A função mais importante do corpo é a
respiração, pois ela é responsável pela transferência de energia vital para o
campo de energia individual e daí para o físico. É também um elo de ligação
entre o físico e os veículos emocional e mental embora todos se interpenetrem.
O físico, o etérico, o mental e o emocional são instrumentos do eu consciente
durante toda a vida.
Energia Kundalini
Kundalini e os Condutos Sushumna,
Ida e Pingala
De acordo com os
iogues, existem dois condutos nervosos na coluna espinhal chamados IDA e
PINGALA, e um canal ôco, ao qual chamam de "Sushumna;" Os gregos o
chamavam de SPIEREMA, "correndo através da medula da espinha."No
final mais baixo do canal oco está o que os iogues chamam de "Lótus da
Kundalini." Eles o descrevem como uma forma triangular; dentro dele, na
linguagem simbólica dos iogues, há o poder espiralado da Kundalini. Quando
aquela Kundalini desperta, ela tenta forçar a passagem através desse canal oco.
Conforme ela ascende passo a passo, camada após camada, a mente torna-se
aberta, e todas as visões diferentes e poderes maravilhosos despertam para o
iogue. Quando ela alcança o cérebro, o iogue torna-se completamente desapegado
do corpo e da mente.
A alma encontra-se
liberta. Nós sabemos que a medula espinhal é composta de uma maneira peculiar.
Se tomarmos a figura do oito horizontalmente, existem duas partes que estão
conectadas no meio. Supondo que você acrescente oito após, mais oito após oito
empilhando-se um sobre o outro; isso representará a medula espinhal. O da
esquerda é IDA e o da direita é PINGALA, e o canal oco que corre através do
centro do cordão espinhal é o SUSHUMNA. Todos os três se encontram e se unem na
parte mais inferior. No lugar onde a medula espinhal termina em algumas das
vértebras lombares, uma fibra fina emerge para baixo e o canal continua a
percorrer suave para dentro daquela fibra, só que bem mais fino. O canal é
fechado na parte mais baixa, a qual está situada no que é chamado o plexo
sacral – que, de acordo com a fisiologia moderna, está em forma
triangular.
Os diferentes plexos que
têm seus centros no canal espinhal correspondem aos diferentes lótus ou chacras
do iogue. O iogue imagina vários centros sutís (os chacras) começando pelo
MULADHARA, ou o centro triangular básico, e terminando com o SAHASRARA, o lótus
das mil pétalas no cérebro. Tome nota que se diz que ele ESTÁ no cérebro. A
maioria, senão todos os escritores ocidentais e "autoridades"
entendem que isso significa o cérebro. Mas não é bem assim. Diz-se NO cérebro,
portanto isso não significa que o lótus das mil pétalas SEJA o cérebro.
Logicamente isso não poderia ser tampouco, porquanto o cérebro é um orgão de
função sensorial material e o Lótus das mil pétalas é de função psíquica e
espiritual.
Pesquisas recentes encontraram uma área no topo do cérebro que é
DIFERENTE da "matéria cinzenta." Quando você faz os exercícios
prescritos, ou outras práticas hinduístas, budistas, taoístas, sufísta etc.,
abrirá um centro no topo da cabeça através do qual nova energia é contatada,
confirmando esse fato para você mesmo. Portanto, se tomarmos esses diferentes
plexos como representando esses lótus, as ideais dos iogues podem ser
facilmente compreendidas na linguagem da fisiologia moderna. Sabemos que
existem duas fontes de ação nessas correntes nervosas, uma conduzindo para
dentro e a outra para fora, uma sensorial e uma motora; uma carrega uma
sensação para o cérebro e a outra do cérebro para o corpo exterior. Essas
vibrações estão todas conectadas com o cérebro no final das contas. Vários
outros fatos terão que ser relembrados para poder clarear o caminho para a
explanação que vem a seguir.
A medula espinhal termina no cérebro com
aquilo que é chamado de PONS. Um órgão parecido com uma lâmpada na base da
medula, o qual se diz que não está conectado ao cérebro, mas flutuando dentro
de um fluido no cérebro, o que entre outras razões, serve para atuar como uma
proteção de choque para esse orgão – um fato importante a ser lembrado. O PONS
é o receptáculo dos centros que controlam essas funções vitais do corpo, como a
respiração, os batimentos cardíacos, etc.
Segundo, de todos os
centros você deve lembrar-se particularmente de três: o MULADHARA, que é o
centro básico (chacra básico), o MANIPURA, ou o lótus do umbigo (chacra
umbilical), e o SAHASRARA no cérebro (chacra da coroa ou chacra coronário). O
muladhara é o receptáculo, o gerador da Kundalini. O manipura é o
"Portal" ensinado em todas as leituras de ocultismo. Todas as escolas
esotéricas fazem uso desse centro de uma maneira dinâmica para aumentar as
energias que precisam ser manipuladas. O sahasrara tem sido chamado de
"porta" através da qual outra energia é contatada. É o ponto do
Samadhi – a fonte da Iluminação Espiritual (expansão da consciência,
consciência cósmica). Agora vamos pegar um fato da Física. Ouvimos falar de
eletricidade e de várias outras forças conectadas a ela. A eletricidade é
associada com movimento. As moléculas que compõem a matéria são acionadas pela
eletricidade. Geralmente movem-se em padrões específicos. Se todas as moléculas
num quarto, ou num objeto são feitas para se moverem em uma direção,
formar-se-á uma imensa bateria.
Outro ponto da
fisiologia a ser lembrado é que o centro que regula o sistema respiratório, o
sistema respiratório, tem uma espécie de ação controladora sobre o sistema das
correntes nervosas. Agora vamos ver porque a respiração é praticada. Em
primeiro lugar, da respiração ritmada vem a tendência para todas as moléculas
do corpo moverem-se em uma direção. Quando a mente transforma em vontade, as
correntes nervosas são transformadas em um movimento similar à
eletricidade.
Os nervos mostram a polaridade sob a ação de correntes
elétricas, mostrando por sua vez que quando a vontade é transformada, as
correntes nervosas são transformadas em algo parecido com a eletricidade.
Portanto, quando todas as moléculas de um corpo se tornaram perfeitamente
rítmicas, o corpo tornou-se uma bateria gigantesca de vontade. Essa vontade
gigantesca, tremenda é exatamente o que o iogue deseja. Existe, portanto, uma
explicação fisiológica dos exercícios de respiração. Eles tendem a trazer uma
ação rítmica para dentro do corpo e ajudam o centro respiratório a controlar os
outros centros. Na base da coluna, na área Sacral, existe uma área anular
parecida com um canal, uma seção de osso que tem na realidade, três e meias
espirais. Depois, no sexto VENTICLE tem o espaço vazio que percorre o centro da
medula espinhal.
Considerando que tudo o
mais nos ensinamentos iogues foi confirmado agora pela ciência ocidental,
precisamos presumir que da mesma maneira pode ser demonstrado que esse canal é
fechado na parte de baixo onde se une ao canal anular. É por essa razão que a
energia acumulada, ou gerada ali, não pode ascender até que a clausura seja
aberta. Mas, mesmo depois de ter sido aberta, deve-se AUMENTAR O INFLUXO, e é
aí que entra a área do Plexo Solar (em realidade a área do umbigo). Por isso ele
é chamado de "Portal". É interessante notar-se que os povos pelo
mundo todo têm desenhado a serpente como estando em pé, conforme ilustrado
adiante, e que a coluna se parece exatamente como a serpente se levantando. É
também interessante que a base da coluna é o ÚNICO lugar do corpo todo onde
todos os sistemas nervosos se unem num lugar comum de encontro. Os nervos
simpático, o vago e cérebro-espinhais, todos se unem por anastomose na base da
coluna. A clausura do canal na base da coluna explica porque os estudantes que
realizam certas práticas sem a preparação correta, podem sofrer contusões ou
então a morte! Se a energia é aumentada, para onde ela deverá ir? Ela tem que
ir para algum lugar! Se "para baixo", produz um excesso sexual; se
através do nervo vago ou simpático, produz doença; se subir pela coluna para
dentro do cérebro, insanidade.
O objetivo do pranayama
(prática respiratória) aqui é o de ascender o poder espiralado no muladhara
chamado Kundalini. Tudo o que vemos ou sonhamos ou imaginamos, temos que
perceber no espaço, que é chamado MAHAKASHA. Sempre que um iogue lê os
pensamentos de outros homens ou percebe objetos supersensíveis, ele os vê em
outro tipo de espaço chamado de CHITAKASHA, o espaço mental. Quando a Kundalini
é despertada e entra pela medula espinhal, o SUSHUMNA, todas as percepções
estão no espaço mental. Quando atinge o final do canal que de abre para o
cérebro, a percepção não-objetiva está no espaço do conhecimento. Pense em
"espaço" como relacionado à palavra "Akasha", e você irá
compreender melhor esses conceitos. Ida e Pingala são os principais canais
através dos quais essas correntes passam.
Se você conseguir fazer
com que a corrente passe através do sushumna no meio da medula espinhal, você
já resolveu o problema. O sushumna nas pessoas comuns, está fechado na
extremidade inferior; nenhuma ação se processa através dele. O iogue propõe uma
prática pela qual ele pode ser aberto e as correntes nervosas serem levadas a
transitar através dele. Quando uma sensação é levada até um centro, o centro
reage. Agora o centro no qual todas as sensações residuais ficam acumuladas é o
muladhara, o receptáculo da base, e a energia espiralada é a Kundalini,
conforme mencionado acima. É muito provável que a energia motora residual
também esteja acumulada no mesmo centro, depois de estudo profundo ou meditação
sobre o externo, objetiva a parte do corpo onde está situado o muladhara e
torna-se quente. Se essa energia espiralada for despertada e ativada e
conscientemente levada a viajar até o sushumna, ela atua sobre centro após
centro e uma tremenda reação será desencadeada. Quando uma porção minúscula de
energia percorre uma fibra nervosa, causa uma reação do centro de percepção e
você tem ou um sonho ou imaginação.
O poder da meditação
longa, interna, atua sobre a imensa massa de energia que está acumulada, e se
alguma parte dela percorrer o sushumna e atingir os centros, a reação é
tremenda e imensamente superior à reação do sonho ou da imaginação. Uma
percepção supersensível ocorre. Quando chega na metrópole de tudo, no cérebro,
a área inteira reage, e causa uma enorme labareda de iluminação, a percepção do
Ser.
Conforme a força da
Kundalini percorre desde um centro para o outro, a mente como era, abre-se e o
universo é percebido pelo iogue pela forma sutíl causal. Agora para a prática
do despertar da Kundalini e da abertura da clausura na base da coluna. É por
causa dessa clausura na coluna que essa energia não pode subir pela coluna.
Ocasionalmente, sob variadas circunstâncias, um pouquinho atravessa e então uma
pessoa tem uma experiência de superconsciência, ou uma pequena iluminação, ou a
nível mesmo de um gênio. Agora, para despertar a Kundalini, nós utilizamos a
prática do pranayama somente com cada INSPIRAÇÃO pela narina esquerda.
Você envia uma corrente
mental para baixo através da IDA, pelo lado esquerdo da coluna até o centro
sacro básico da Kundalini, o muladhara, atingindo-o violentamente pela sua
imaginação. Então, quando você exala a respiração através da outra narina você
visualiza ou imagina ir trazendo aquela corrente PARA CIMA através do centro da
coluna, através do sushumna, até a cabeça. Quando respira pela narina direita,
você envia a corrente para baixo através do lado DIREITO da coluna, pelo
PINGALA, atingindo outra vez violentamente o muladhara; mantenha lá a
concentração, conforme lhe foi ensinado nessa fase do pranayama, e outra vez
conduza a corrente pelo sushumna, o centro da coluna. O esforço mental de
mandar uma corrente de poder forte como a eletricidade ao longo de sua coluna
com cada uma das respirações. IDA, para baixo pelo lado esquerdo, e PINGALA
para baixo pelo direito – e permanecer com o pensamento no muladhara, e depois
trazê-lo pelo centro da coluna, juntamente com a respiração, é a maneira de
promover o despertar da energia Kundalini. Ao fazer a khumbaka (depois de
inspirar e expirar regular e normalmente através das duas narinas e
repentinamente segurando na expiração), segure na expiração e coloque toda a
sua atenção sobre o muladhara. Concentre toda a sua mente, seu pensar, seus pensamentos,
seus sentimentos sobre o muladhara.
Outro exercício que
ajuda a despertar a Kundalini é sentar-se e contrair a região retal o mais
fortemente possível e segurar a tensão da contração na região retal. Enquanto
mantém a concentração e a contração no muladhara na área do reto, tente
levantar-se do chão. Isso deve ser feito quando sentado no chão com as pernas
cruzadas. Coloque as mãos no chão, e enquanto você se concentra com a contração
de seus músculos e nervos na região retal, tente levantar-se do chão e fique de
pé contando até dez, depois se deixe sentar novamente. Relaxe por um minuto e
repita. Faça esse exercício de se levantar com a contração dez vezes, duas
vezes ao dia. Assim, você descobrirá que a Kundalini um dia despertará. Essas
duas práticas – de mandar a corrente para baixo e para cima na coluna, e depois
a Khumbaka com a tensão e contração e o exercício de se levantar – todos juntos
servem para abrir esse canal e para despertar a Kundalini. É o despertar da
Kundalini que faz com que realizações posteriores se tornem possíveis.
Os nádis são os
condutos sutis de transporte de energia pelo sistema. Há milhares deles
interligando vibracionalmente vários pontos energéticos no corpo sutil. Estão
correlacionados com os mesmos pontos no corpo denso. Contudo, apenas dez deles
é que são de grande importância na ativação dos chacras e da kundalini. E
desses, são três os principais: Ida, Píngala e Sushumna. Esses nádis são
importantes porque correm ao longo do duplo etérico da coluna, onde estão situadas
as raízes dos chacras principais.
Estudo retirado da nossa segunda apostila apométrica.
Foto I: Pinterest/ Foto II: Superela.com
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