Há um assunto que cada vez mais é enfatizado pela imprensa
mundial: O aumento do consumo de drogas e suas terríveis consequências. O
problema é de tal gravidade que a espiritualidade maior tem preparado equipes
de orientação para crianças e jovens que vão reencarnar na terra. O socorro e o
tratamento dos drogativos são feito nos dois planos.
O
espírito Luiz Sérgio, jovem escritor, através da psicografia de Irene Pacheco
Machado, na obra Consciência, nos mostra os dramas que acontecem aos
adolescentes envolvidos com tóxicos. Além dos problemas físicos e mentais
decorrentes do consumo das próprias drogas, sofrem também a atuação de
espíritos desencarnados que neles grudam numa união nefasta.
Os
socorristas das equipes espirituais ministram passes magnéticos, fazem lavagem
perispiritual, oram e procuram inspirar encarnados para acudi-los. Enfim, tudo
fazem para tentar salvar os irmãos. Em muitos casos, apesar do empenho dos
socorristas, eles desencarnam, vitimas de uma overdose fatal.
A
maconha, a cocaína, o crack, o lança perfume e outras drogas têm levado muita
gente ao desencarne prematuro. O meu propósito não é assustar, mas não podemos
ignorar o que está ocorrendo.
Vamos
aprender como identificar um drogativo:
1 - mudança
brusca na conduta do adolescente;
2 - Insônia
rebelde que ele começa apresentar;
3 - Irritabilidade
sem motivo aparente;
4 - Inquietação motora, que faz com que o
jovem não tenha paciência a vida familiar;
5 - Suas notas
escolares cem, ou desiste de estudar;
6 - Depressões,
angustiado sem motivo aparente;
7 - O adolescente
se recusa a sair do quarto, evitando qualquer contato com amigos ou familiares,
isolando-se de tudo e de todos;
8 - Mudança de hábito
passa a dormir de dia, ficando acordado de noite, ouvindo musicas com volume
muito alto, encontro de comprimidos, seringas ou cigarros estranhos entre os
objetos do jovem;
9 -
Desaparecimento de objetos de valor da residência, ou dinheiro, ou ainda um
incessante pedido de dinheiro;
10 - Observações
frequentes da companhia que tem o jovem.
Porque os jovens se drogam?
O espírito Odilon Fernandes
responde a essa pergunta na obra ”Para Vencer As Drogas” psicografada pelo médium Carlos Baccelli. “A desarmonia
familiar” está na base do problema do uso das drogas por parte dos jovens. Lar
desestruturado, jovem desnorteado. E o jovem desnorteado que não encontra no
seio da família a paz de que necessita, busca apoio nos tóxicos, tornando-se
uma presa fácil.
Os pais
precisam tratar os filhos com carinho, mas também com energia. Nem disciplina
férrea nem excesso de liberdade. O dialogo é o alimento do amor.Pais que não
dialogam com os filhos, orientando-os para a vida, praticamente os empurram
para as drogas.
O
exemplo dentro de casa é tudo. Se o jovem vir o seu lar desequilibrado, é
preciso que ele tenha uma compreensão muito grande para não se deixar afetar.
Não adianta dar aos filhos o que eles pedem, se não se lhes dá o essencial: amizade.
Os pais que são amigos dos filhos não têm o que temer.
Falo
muito da importância do autoconhecimento para eliminarmos as causas dos vícios.
Descoberto isto, eliminaremos os efeitos, devagar e gradativamente, pois
ninguém é dependente por que quer. Não assumir que ninguém tem uma causa forte
para assumir uma dependência, é faltar com a caridade e negar a ciência, por
que a ciência se baseia na observação dos fatos. Observar cientificamente o
porquê dos vícios, de cada tragada, de cada gole, é ir aos poucos, com o
doente, descobrindo as causas: medo, ansiedade, dor, rejeição, solidão,
angustia, depressão, timidez etc. Eliminando-as e libertando-se, de si mesmos e
dos obsessores.
Acerto
também para um problema atual: propostas estão sendo apresentadas á sociedade
para debate sobre uma política mais liberal as drogas, afrouxar a legislação,
argumentando não conhecer nenhum caso de liberação do uso de drogas que tenha apresentado
bons resultados. Segundo eles, o que ocorre é o contrario. Uma das experiências
mais alardeadas, a da Suíça, revelou-se tão desastrosa que, mesmo os liberais
que a defendiam, renderam-se a evidencia dos fatos e nada tiveram a opor quando
o governo determinou o fim do território livre. Com a entrada em cena de novas
drogas, das quais o crack é mais preocupante, a liberação se torna uma atitude
ainda mais temerária, se considerarmos a rapidez, as terríveis conseqüências
que traz ao organismo humano.
A
facilidade de acesso as substancia psicoativas tem relação direta com seu
consumo. Entre aqueles que foram marcados pela droga, é muito difícil encontrar
alguém que queira a sua liberação.
Luiz
Sérgio alerta os espíritas para não ficarem alheios os dores de uma família
vitima de vícios, do tóxico, pois só os indiferentes e duros de coração são
capazes dessa atitude.
Falo
também do papel que os espíritas devem desempenhar diante desse problema. Com
espírita, temos que nos conscientizar de que a doutrina, além de seu aspecto
religioso, atua lado alado com a ciência e com a filosofia. Estudar e praticar
a doutrina espírita è amar a si mesmo e ao próximo; é em suma, cumprir a
vontade do Mestre. Ele nos disse que devemos amar a Deus sobre todas as coisas
e ao próximo como a si mesmo.
As
drogas antes de ser um flagelo, são um desafio para cada homem, para a família,
para a sociedade e, globalidade, dizem respeito a todas as nações. Não é
necessária uma análise cientifica profunda para encontrarmos o campo de
vicejamento dessa erva daninha, pois é fora de duvida que ela se origina, e
floresce, na miséria e na ignorância. Quem produz a papoula, a coca, e a
maconha, sem nem uma exceção, é um agricultor pobre, desvalido, que não tem
nenhuma opção ao alcance da mão para liberta-se da miséria material em que se
encontra atolado. Como parceiro, esta o traficante, na sua gradação maior, que
o financia, protege e adquire o produto, para comercializá-los através dos elos
secundários do trafico, na ponta da linha encontra-se o usuário, que é levado,
não raro com a família e sociedade, para a vala da desgraça.
Os
governos e a sociedade assistem a esse espetáculo inerte ou fazendo quase nada.
Quando resolvem destinarem migalhas para o combata do tóxico, só servem para combater
os pequenos traficantes ou os usuários, deixando de lado a causa, em ultima
análise o maior beneficiário, é o traficante de gabinete, instalados nos
endereços nobres, nas secretarias e parlamentos.Enquanto isso a “sociedade
definha” devorado pelo uso continuo de drogas. Perplexo nós nos perguntamos:
Qual a
solução?
Cremos
que a resposta reside na extirpação da geretriz do mal. Quanto aos governos, ao
invés de destinarem verbas astronômicas para uma guerra pouco provável,
aplicá-las nas verdadeiras batalhas que ai esta, destinando tais recursos ao
financiamento, educação e assistência aos drogacultores, para que eles, livres
da miséria, direcionem seus esforços para produção de alimentos. Ao invés do
fuzil, da repressão e da grade, seria mais razoável e eficaz o pão, a escola e
a assistência social certamente, se isso fosse colocado em pratica pelos
governos, as ervas das drogas perderiam o estimulo originário que hoje tem.
Continuo
afirmando que, num segundo momento, através da repressão brutal, cujos recursos
são desviados mais para corrupção do que para o combate efetivo, seria mais
lógico o esclarecimento, o hospital e a assistência paras os usuários e a
oportunidade de trabalho para o pequeno traficante. Ou seja, só atacando o mal
na origem, o que exige a mobilização de todos os governos, sociedade e
famílias, poderia obter-se sucesso numa empreitada dessas.
Alguns
podem se perguntar de onde viriam os recursos para uma mobilização grande. É bom considerar que uma parcela minima do que se gasta com a produção de armas, que em ultima análise alimenta o próprio crime, seria mais que suficiente para financiar esse bom combate. A outro tempo, é justiçoso considerarmos que as verbas com medicamentos, hospitais, repressão policial prisões e a perda com o declínio e qualidade de produção são mil vezes maiores do que os valores necessários para essa mobilização santificante. Cremos, por fim, que os governos, a sociedade e as famílias devem deter-se por algum momento na reflexão, antes da repressão, o pão, antes da grade, escola, antes dos desvãos da ilealdade, a sabedoria salutar da oportunidade.
Texto de autoria do Grupo Espírita Luz Divina.
Nenhum comentário:
Postar um comentário