domingo, 1 de setembro de 2019

Visão Espírita sobre os Tóxicos

                Há um assunto que cada vez mais é enfatizado pela imprensa mundial: O aumento do consumo de drogas e suas terríveis consequências. O problema é de tal gravidade que a espiritualidade maior tem preparado equipes de orientação para crianças e jovens que vão reencarnar na terra. O socorro e o tratamento dos drogativos são feito nos dois planos.
                O espírito Luiz Sérgio, jovem escritor, através da psicografia de Irene Pacheco Machado, na obra Consciência, nos mostra os dramas que acontecem aos adolescentes envolvidos com tóxicos. Além dos problemas físicos e mentais decorrentes do consumo das próprias drogas, sofrem também a atuação de espíritos desencarnados que neles grudam numa união nefasta.
                Os socorristas das equipes espirituais ministram passes magnéticos, fazem lavagem perispiritual, oram e procuram inspirar encarnados para acudi-los. Enfim, tudo fazem para tentar salvar os irmãos. Em muitos casos, apesar do empenho dos socorristas, eles desencarnam, vitimas de uma overdose fatal.
                A maconha, a cocaína, o crack, o lança perfume e outras drogas têm levado muita gente ao desencarne prematuro. O meu propósito não é assustar, mas não podemos ignorar o que está ocorrendo.
                Vamos aprender como identificar um drogativo:
1 - mudança brusca na conduta do adolescente;
2 - Insônia rebelde que ele começa apresentar;
3 - Irritabilidade sem motivo aparente;
4 -  Inquietação motora, que faz com que o jovem não tenha paciência a vida familiar;
5 - Suas notas escolares cem, ou desiste de estudar;
6 - Depressões, angustiado sem motivo aparente;
7 - O adolescente se recusa a sair do quarto, evitando qualquer contato com amigos ou familiares, isolando-se de tudo e de todos;
8 - Mudança de hábito passa a dormir de dia, ficando acordado de noite, ouvindo musicas com volume muito alto, encontro de comprimidos, seringas ou cigarros estranhos entre os objetos do jovem;
9 - Desaparecimento de objetos de valor da residência, ou dinheiro, ou ainda um incessante pedido de dinheiro;
10 - Observações frequentes da companhia que tem o jovem.

                                  Porque os jovens se drogam?
                O espírito Odilon Fernandes responde a essa pergunta na obra ”Para Vencer As Drogas” psicografada pelo  médium Carlos Baccelli. “A desarmonia familiar” está na base do problema do uso das drogas por parte dos jovens. Lar desestruturado, jovem desnorteado. E o jovem desnorteado que não encontra no seio da família a paz de que necessita, busca apoio nos tóxicos, tornando-se uma presa fácil.
                Os pais precisam tratar os filhos com carinho, mas também com energia. Nem disciplina férrea nem excesso de liberdade. O dialogo é o alimento do amor.Pais que não dialogam com os filhos, orientando-os para a vida, praticamente os empurram para as drogas.   
                O exemplo dentro de casa é tudo. Se o jovem vir o seu lar desequilibrado, é preciso que ele tenha uma compreensão muito grande para não se deixar afetar. Não adianta dar aos filhos o que eles pedem, se não se lhes dá o essencial: amizade. Os pais que são amigos dos filhos não têm o que temer.
                Falo muito da importância do autoconhecimento para eliminarmos as causas dos vícios. Descoberto isto, eliminaremos os efeitos, devagar e gradativamente, pois ninguém é dependente por que quer. Não assumir que ninguém tem uma causa forte para assumir uma dependência, é faltar com a caridade e negar a ciência, por que a ciência se baseia na observação dos fatos. Observar cientificamente o porquê dos vícios, de cada tragada, de cada gole, é ir aos poucos, com o doente, descobrindo as causas: medo, ansiedade, dor, rejeição, solidão, angustia, depressão, timidez etc. Eliminando-as e libertando-se, de si mesmos e dos obsessores.
                Acerto também para um problema atual: propostas estão sendo apresentadas á sociedade para debate sobre uma política mais liberal as drogas, afrouxar a legislação, argumentando não conhecer nenhum caso de liberação do uso de drogas que tenha apresentado bons resultados. Segundo eles, o que ocorre é o contrario. Uma das experiências mais alardeadas, a da Suíça, revelou-se tão desastrosa que, mesmo os liberais que a defendiam, renderam-se a evidencia dos fatos e nada tiveram a opor quando o governo determinou o fim do território livre. Com a entrada em cena de novas drogas, das quais o crack é mais preocupante, a liberação se torna uma atitude ainda mais temerária, se considerarmos a rapidez, as terríveis conseqüências que traz ao organismo humano.
                A facilidade de acesso as substancia psicoativas tem relação direta com seu consumo. Entre aqueles que foram marcados pela droga, é muito difícil encontrar alguém que queira a sua liberação.
                Luiz Sérgio alerta os espíritas para não ficarem alheios os dores de uma família vitima de vícios, do tóxico, pois só os indiferentes e duros de coração são capazes dessa atitude.
                Falo também do papel que os espíritas devem desempenhar diante desse problema. Com espírita, temos que nos conscientizar de que a doutrina, além de seu aspecto religioso, atua lado alado com a ciência e com a filosofia. Estudar e praticar a doutrina espírita è amar a si mesmo e ao próximo; é em suma, cumprir a vontade do Mestre. Ele nos disse que devemos amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo.
                As drogas antes de ser um flagelo, são um desafio para cada homem, para a família, para a sociedade e, globalidade, dizem respeito a todas as nações. Não é necessária uma análise cientifica profunda para encontrarmos o campo de vicejamento dessa erva daninha, pois é fora de duvida que ela se origina, e floresce, na miséria e na ignorância. Quem produz a papoula, a coca, e a maconha, sem nem uma exceção, é um agricultor pobre, desvalido, que não tem nenhuma opção ao alcance da mão para liberta-se da miséria material em que se encontra atolado. Como parceiro, esta o traficante, na sua gradação maior, que o financia, protege e adquire o produto, para comercializá-los através dos elos secundários do trafico, na ponta da linha encontra-se o usuário, que é levado, não raro com a família e sociedade, para a vala da desgraça.
                Os governos e a sociedade assistem a esse espetáculo inerte ou fazendo quase nada. Quando resolvem destinarem migalhas para o combata do tóxico, só servem para combater os pequenos traficantes ou os usuários, deixando de lado a causa, em ultima análise o maior beneficiário, é o traficante de gabinete, instalados nos endereços nobres, nas secretarias e parlamentos.Enquanto isso a “sociedade definha” devorado pelo uso continuo de drogas. Perplexo nós nos perguntamos:
                Qual a solução?
                Cremos que a resposta reside na extirpação da geretriz do mal. Quanto aos governos, ao invés de destinarem verbas astronômicas para uma guerra pouco provável, aplicá-las nas verdadeiras batalhas que ai esta, destinando tais recursos ao financiamento, educação e assistência aos drogacultores, para que eles, livres da miséria, direcionem seus esforços para produção de alimentos. Ao invés do fuzil, da repressão e da grade, seria mais razoável e eficaz o pão, a escola e a assistência social certamente, se isso fosse colocado em pratica pelos governos, as ervas das drogas perderiam o estimulo originário que hoje tem.
                Continuo afirmando que, num segundo momento, através da repressão brutal, cujos recursos são desviados mais para corrupção do que para o combate efetivo, seria mais lógico o esclarecimento, o hospital e a assistência paras os usuários e a oportunidade de trabalho para o pequeno traficante. Ou seja, só atacando o mal na origem, o que exige a mobilização de todos os governos, sociedade e famílias, poderia obter-se sucesso numa empreitada dessas.
                Alguns podem se perguntar de onde viriam os recursos para uma mobilização grande. É bom considerar que uma parcela minima do que se gasta com a produção de armas, que em ultima análise alimenta o próprio crime, seria mais que suficiente para financiar esse bom combate. A outro tempo, é justiçoso considerarmos que as verbas com medicamentos, hospitais, repressão policial prisões e a perda com o declínio e qualidade de produção são mil vezes maiores do que os valores necessários para essa mobilização santificante. Cremos, por fim, que os governos, a sociedade e as famílias devem deter-se por algum momento na reflexão, antes da repressão, o pão, antes da grade,  escola, antes dos desvãos da ilealdade, a sabedoria salutar da oportunidade.

Texto de autoria do Grupo Espírita Luz Divina.

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