A
holística ou ciência holística – do grego hólos:
total, completo, inteiro – é uma multidisciplina nascida da fusão, do
desenvolvimento progressivo e sistemático de outras disciplinas, tendo como
objetivo principal o estudo de uma cadeia de elementos que envolve
universo-homem-energia.
As
pesquisas dessas novas ciências têm como foco fatos de natureza não-física –
extrafísica, extracerebral, transcendente, metafísica ou energética. Para a
ciência holística, a energia é o denominador comum de todos os fenômenos, ainda
que escapem de seu raio de investigação.
Convém
lembrar que a realidade energética não é invenção de um grupo de
pseudocientistas; ao contrário, desde a Antiguidade essa matéria já interessava
às diversas escolas e era do conhecimento dos sábios e seus aprendizes,
religiosos ou não.
Todas
as ciências avançam a cada dia, tendo como base teorias e hipóteses formuladas
e testadas por pensadores de várias épocas, e não é diferente com relação à
ciência holística. Estruturada nas chamadas paraciências e nas manifestações da
energia, porém sem desprezar os avanços científicos e descobertas
laboratoriais, a psicobioenergética ou holística emerge como um campo merecedor
de crédito. O sentido dessa disciplina, que nasce inspirada numa nova visão de
humanidade, encontra no modelo humano parafísico grande manancial de
possibilidades: a metodologia psíquica.
Quando
se analisa o ser humano sob a ótica da ciência holística, ele é considerado uma
unidade biológico-energética e psicológico-espiritual. Portanto, a mais
relevante informação ou contribuição da holística é o fato de o ser humano ser
visto e estudado como consciência inserida num contexto energético e
biodinâmico. Ou seja, ela é acima de tudo, transpessoal em suas múltiplas
manifestações e aplicações. O holismo toma o conhecimento de diversas
disciplinas e o sintetiza numa abordagem unificada, desaparecendo as fronteiras
e divisões entre normal e paranormal, anímico e mediúnico, natural e
sobrenatural. Na holística, a dualidade e as diferenças perdem força, pois que
considera o todo, o cosmos, como uma síntese de todas as manifestações da vida.
Quando
se examina determinado objeto sob o ponto de vista holístico é que se nota, com
clareza, a diferença básica entre essas disciplinas e as escolas de pensamento
ortodoxas, acadêmicas. Tomemos, por exemplo, uma barra de ferro. Ao
considerá-la como objeto material, vê-se que é rija, consistente, de uma
matéria totalmente intransponível ao homem comum. Porém, sob as luzes de uma
nova física, sabemos que a barra de ferro tem apenas uma forma ilusória, pois
ela é constituída de uma infinidade de moléculas e átomos que conferem à
estrutura física do objeto a aparência
de concretude. Ensina a ciência contemporânea que, na área compreendida entre
as moléculas e átomos, predomina... O espaço vazio! Como pode o espaço vazio
ser concreto e intransponível?
Segundo
as ciências extrafísicas, o espaço existente é preenchido por formas fluídicas
ou energias que mal podemos enumerar ou conhecer. Sob esse ponto de vista,
muitos dos objetos que vemos ao redor, de aparência estática, são, na realidade,
associação de milhões e milhões de moléculas, de átomos e energias em movimento
incessante, perfeitamente influenciáveis por outras energias, que poderão
interferir em sua estrutura atômica e modificar por completo nosso acanhado
senso de observação e a referência acerca de muitas coisas ditas materiais.
Também
no campo da psique, da psicologia, tudo é permeado pela energia e pode ser
modificado por emissão e manipulação dessa energia primordial, primitiva, da
qual tudo no universo se origina e dentro da qual tudo vive, vibra e se
movimenta. Enfim, tudo é energia.
Apesar
de a energia imanente não ser algo conhecido em suas minúcias e poder parecer
abstrata, é impossível negar-lhe a realidade, quando o indivíduo se dispõe a
apreciar seus efeitos palpáveis. Aliás, esse é rigorosamente o mesmo método
pelo qual estudamos a energia elétrica, por exemplo. É fato que ninguém jamais
“viu” a eletricidade; concluímos que ela existe observando seus efeitos: a
luminosidade da lâmpada, a resistência que se aquece, o choque na tomada, o
motor que se move...
A
aura humana, de natureza
eletromagnética, é amplamente estudada e catalogada por diversos pesquisadores
e cientistas, que abordam o chamado bioplasma e os eflúvios bioenergéticos por
meio do estudo da fotografia eletrônica. Todo ser humano, assim como os demais
seres vivos do planeta, emite constantemente energias magnéticas e térmicas.
Manifestações
de energias bioelétricas e ondas psicoelétricas, por exemplo, as quais têm
origem no pensamento e na consciência por meio do cérebro, podem ser observadas
utilizando-se o eletroencefalograma. Ocorre algo semelhante com determinados
exames, como o eletrocardiograma, e com outros recursos da bioeletrônica.
No
estudo da consciência, podem-se citar ao menos dois tipos de transmissão
bioenergética, Primeiramente, o passe magnético, composto de energias
orgânicas, neurológicas, humanas, fisiológicas e ectoplásmicas. Depois, o passe
misto, humano-espiritual, com elementos biomagnéticos e outros de origem
extrafísica e parafisiológica. Assim, eminentes pesquisadores e cientistas
têm-se curvado diante dos resultados obtidos com a aplicação dessas energias na
restauração da saúde humana.
A
transmissão e absorção das bioenergias alteram substancialmente o movimento
molecular, causando impacto na estrutura orgânica. A respiração realizada
correta e pausadamente, com ritmo adequado, influencia desde o batimento
cardíaco até o fluxo sanguíneo. Além de vitalizar o organismo de modo intenso e
manter a ordem no sistema biológico humano, a respiração é capaz de interferir
fortemente nos estados de consciência, chegando até a determinar o humor
daquele que administra ou se submete à bioenergética. Também a água, quando
submetida a emissões de bioenergia, ganha coloração e odor, sofrendo alterações
em suas propriedades elétricas; assim, ao ser ingerida corretamente, o
indivíduo alcançará ótimos benefícios.
Em
experimentos realizados em laboratório, constatou-se que a bioenergia, ao ser
ministrada por um doador em outro ser humano, pode alterar sensivelmente a
qualidade da saúde e deter, diminuir ou extinguir sintomas mórbidos que porventura
estejam a agredir o receptor. É notável, porém que em certos casos esses
experimentos mencionados, obtêm-se resultados mais ou menos satisfatórios; mas
essa oscilação é motivo para rejeitar a bioenergia como terapia? Acaso os
medicamentos alopáticos e os tratamentos mais sofisticados têm eficácia 100%
garantida? Acaso não obtêm efeitos bastante distintos entre os pacientes? Os
severos limites da quimioterapia, por exemplo, sem falar nos seus graves
efeitos colaterais, constituem razão para descarta-la como procedimento médico
em certos casos de câncer?
A
realidade da bioenergia, segundo os paradigmas da teoria holística, e sua
atuação no organismo humano já são aceitas em diversos países do mundo, alguns
dos quais já regulamentaram as chamadas terapias naturais, como por exemplo, a
acupuntura, entre outros. Enfim, essa realidade é a cada dia mais reconhecida
por diversas escolas, em diversas latitudes do planeta, até mesmo por expoentes
da medicina tradicional, tanto quanto nos tratamentos das ciências emergentes.
Dentre
os paradigmas adotados pela holística, destacamos três:
1.
Multidimensionalidade:
O
ser humano é um complexo de energias que vibra e existe em diversas dimensões
além da física. O universo não se resume à parte visível ou material. E mesmo a
realidade material não se restringe ao que se vê. Além dessa “camada” tangível,
há dimensões, planos ou vibrações que transcendem aquelas que os cinco sentidos
humanos podem captar. A natureza humana é, portanto, multidimensional, como o
próprio cosmos ou universo.
Apenas
como exemplo, além da dimensão física, podemos citar a dimensão etérica, onde
existem e vibram energias bioplasmáticas, etéricas ou ectoplásmicas – todas
pertencentes à realidade material, transitória, mas ligada invariavelmente ao
componente além-físico do mundo etérico. Neste campo, perfeitamente perceptível
por meio de instrumentos, como a câmera kirlian, os equipamentos radiônicos e
outros tantos, desenvolvidos nos últimos 60 anos.
2.
Holossomática:
A
estrutura física não é a única componente do ser humano. O próprio sistema físico traz em si
uma matéria intermediária, menos densa, embora ainda considerada de natureza
material: é a matéria etérica. O corpo etérico ou duplo
etérico, duplicata do corpo físico, é o elo que liga a consciência às energias próprias
desse campo.
Além do âmbito etérico, temos o corpo astral, também
conhecido como psicossoma ou corpo emocional; mais além dos domínios do corpo
psicossomático, adentramos na dimensão mental: de um lado, o corpo
mental inferior ou concreto; de outro, o mental superior ou abstrato. Após a dimensão mental, existem outros corpos mais, sempre de natureza superior e,
portanto de terreno ainda pouco conhecido.
A holossomática, ou a existência de vários corpos, de
constituição energética diversificada, abre amplo leque de temas para estudo e
realizações, e oferece grandes possibilidades de abordar as dificuldades
humanas sem confundir efeitos e causas. Ao conhecer a disfunção e as
características dos corpos energéticos, não se poderá confundir o efeito, no
físico, com a causa, que está, muitas vezes, radicada numa dimensão
extrafísica.
Assim, podemos entender por que diversos medicamentos não
surtem o efeito esperado em determinadas pessoas, ou tampouco produzem qualquer
efeito. É que, frequentemente, no tratamento, o médico ou o terapeuta enfocam
apenas a realidade física, desconhecendo ou menosprezando a realidade
energética e a existência dos demais corpos, que podem estar adoecidos e que
reclamam por uma abordagem diferente daquela condicionada pela visão
estritamente materialista e academicista.
3.
Bioenergética:
Existem
diversas formas de manifestação das energias da vida. O mundo moderno é baseado
no uso e na transformação das energias da natureza, que são manipuladas pelo
ser humano. A energia original, primitiva, cósmica, ao entrar em sintonia com o
organismo humano, transforma-se em bioenergia, ou energia biodinâmica,
biológica e vital.
A
manipulação da bioenergia e de suas diversas formas de manifestação é passível
de ser realizada com extrema eficácia. Também conhecida como magnetismo,
magnetismo animal, energia consciencial ou fluido vital, o descenso vibratório
da energia original ou cósmica para a realidade humana é algo amplamente
conhecido desde a Antiguidade, mas só recentemente admitido, no contexto do
mundo moderno.
Texto retirado da nossa apostila de Apometria.
Foto: unasapientia.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário