Consequências Do Aborto
E Sexualidade
Vamos refletir sobre os dias atuais e a
escolha de algumas mulheres que apesar de não desejarem a maternidade, já
possuem em seu ventre uma vida em desenvolvimento, vida que resolvem interromper.
Quais são as
conseqüências espirituais que podem advir de um aborto cometido de forma
intencional?
Cometer
aborto é interromper a possibilidade de vida de um espírito, sabemos que esta
transgressão as leis Divinas tem conseqüências espirituais, para mãe, o pai, o
futuro ser, e até para equipe que ajudou a realizar o delito. Existem dois
acontecimentos de importâncias
fundamental face a lei do progresso para o espírito em evolução: a
encarnação, ingresso na matéria, a uma existência de provas, expiações, reajustes,
visando a educação dos sentimentos , pensamentos e ação, face
as lei s Divinas; e a desencarnação,
momento em que retorna a vida espiritual.
Fazemos
parte de uma humanidade de provas e expiações, caracterizada principalmente, de
ignorância em relação aos desígnios de Deus em face de imortalidade; e
principalmente quando a vida material é influenciada pelos valores
estabelecidos com função da matéria, até para aqueles que seguem uma
determinada religião.
A ignorância
nos leva a evitar o nascimento do ser através do aborto. Da mesma forma que nas
leis humanas, existem os agravantes e atenuantes de um crime, não poderia ser
diferente no processo da lei Divina de ação e reação, já que tais
circunstâncias derivam da vontade daqueles que praticam.
Segundo o
espiritismo, os efeitos do ato virão para aqueles que participam diretamente (ação)
e para aqueles que poderiam ter evitado (omissão), sempre de acordo com as
circunstâncias citadas acima. Entendemos que o importante no meio espírita é a
educação que leva ao planejamento familiar, através de métodos
anticoncepcionais não abortivos, para que possamos trazer para o nosso círculo
familiar aqueles espíritos que de acordo com os recursos espirituais e
materiais, já conseguimos encaminhar para o bem e para o amor, despertando
neles a consciência da imortalidade e da fé raciocinada.
A educação
deve ser direcionada para o planejamento que possa evitar as decisões de não
ter filhos por razões egoístas, ainda que disfarçadas em motivos aparentes como
a preservação de um planeta super povoado (algo que se ouve muito ultimamente),
ou não colocar novas vidas em um mundo cheio de problemas. Enfim, motivos que
não reconhecem que neste mundo estão os elementos que favorecem e aceleram o
nosso processo de evolução.
A obsessão e a depressão são duas das mais
comuns conseqüências desencadeadas pelo aborto.
A depressão é citada por alguns médicos como
uma doença da alma, pois seu mecanismo primeiro se encontra no campo do sentir
do espírito. Nos sentimentos encontramos
as causas dos desequilíbrios emocionais
que se refletem no cérebro e no
organismo em geral. No processo
depressivo são os sentimentos que exteriorizamos nos pensamentos e nas
ações, os encadeadores da criação em
todos os planos da vida.
O aborto
gera desequilíbrio, pois é sempre o produto de um sentimento egoísta, negativo,
trazendo a reação respectiva: a perturbação. O sentimento de culpa está sempre
presente porque na memória espiritual que reflete inconscientemente, existe a
idéia do bem, eterno e imutável, que buscamos através da educação. O
desequilíbrio maior ou menor esta associado aos agravantes:abortos para
preservação da beleza do corpo, para evitar que uma criança prejudique a vida
material e seus gozos, evitar a responsabilidade de ter uma criança sob os teus
cuidados,etc; ou atenuantes: ignorância, pressão familiar, dependência
familiar,etc...
O
desequilíbrio, processo de autobsessão pela culpa ao ato praticado, pode gerar
obsessão por terceiros; são os casos em que o espírito teve a encarnação frustrada pelo o aborto. Há outros que ocorrem por
associações mentais, decorrente da lei de sintonia com espíritos dentro da
mesma faixa de vibrações negativas.
A orientação
é sempre ensinar as pessoas a aprender com os erros que não podem ser corrigidos,
construindo através da prática do bem, no presente e no futuro, a própria
existência com a consciência e responsabilidade perante a vida.
No meio
espírita, a assistência espiritual através de palestras, passes, e desobsessão
com piscofonia são fundamentais para o
reequilíbrio necessário, evitando processos negativos de acusações e previsões
de conseqüências terríveis que somente gerarão o medo, dificultando ainda mais
a re-harmonização dos sentimentos.
Abordar o tema é essencial,
convidando todos a valorizar a presente existência e a vida que se desenvolve a
partir da concepção como oportunidade que Deus dá para a construção da própria
felicidade através da educação do espírito.
Temos que ter um trabalho direcionado
para família em que o assistido, através de várias palestras específicas, recebe
esclarecimento de importância fundamental para a preservação da família, a
harmonização e acima de tudo, o que falta neste momento: espiritualização.
Palestras justamente sobre o aborto.
O tema tem que ser abordado de forma esclarecedora, não de forma agressiva, de
forma educativa, não para construir sentimentos de culpa, mais sim um
arrependimento de fé cristã. Para que aqueles que praticaram direta ou
indiretamente, não mais praticarem, e prevenir a prática futura.
Trabalhando também casos graves de depressão.
Cerca de 70% dos casos de depressão são em mulheres. Em algumas estatísticas,
observa-se a maior incidência de depressão na gravidez do que após o parto.
Embora o aborto tenha sido apontado
como um fato que pode desenvolver o processo depressivo nas mulheres, tanto o
aborto natural como o provocado, são ocasionados no primeiro caso, pela
frustração, a perspectiva de ter um filho; e no segundo, por sentimento de
culpa ou até arrependimento. Mesmo sabendo disso, são poucos os casos revelados
abertamente que tenha gerado depressão grave.
Entretanto como o aborto era bastante
praticado no passado e geralmente não era revelado pela maioria das pessoas
envolvidas acreditamos que o desenvolvimento do desequilíbrio de grandes
números de mulheres seja por esse motivo.
Segundo estatísticas recentes, a cada
dez gestantes, três cometem o aborto no Brasil. Além disso, sabe-se que,
atualmente, atividade sexual, tem sido
iniciada numa faixa de idade entre doze, treze à quinze anos; ou seja cada dia
mais meninas ficam grávidas, corre riscos de vida e tentam abortos. A educação
sexual é fundamental na fase em que vivemos em que a sexualidade é direcionada
para o físico do sexo, com muita liberalidade em relação a períodos anteriores.
A sexualidade na visão espírita assume dimensões universais, pois define a
força sexual como sendo a base de criação do espírito em todos os planos. Em O
Livro dos Espíritos a questão duzentos: “Os espíritos têm sexo?” Esclarece os
espíritos que: “Não como entendeis, por que o sexo depende da constituição
orgânica..”. Referem-se os espíritos a concepção limitada de sexo que
desenvolvemos quando encarnados, concentrada no ato biológico, tendo em vista
assume preponderância devido a densidade da matéria, o erotismo parte das
forças sexuais manifestadas no fluido vital.
Entretanto, a luz da Doutrina
Espírita, a obra do universo é filha de Deus. O sexo, portanto, como qualidade
positiva ou passiva dos princípios e dos seres, é manifestação cósmica em todos
os circuitos evolutivos, até que atinjamos o campo de harmonia perfeita, onde
essas qualidades equilibram-se no seio da divindade.
O condicionamento criado pela mídia
leva-nos a situar o sexo exclusivamente nos órgãos sexuais. Entretanto, o sexo
neste sentido restrito é apenas uma das inúmeras manifestações da energia
sexual que, é princípio universal e acha-se inserido em toda manifestação do
Universo. Fundamental é desmistificar o sexo que significa; o esforço para
compreender a força sexual, a fim de usá-la com dignidade e proveito próprio.
Significando que o equilíbrio virá quando conseguirmos finalmente exteriorizar
através doa to sexual apenas o amor que já sentimos em relação ao parceiro ou
parceira.
Na visão espírita o sexo define-se
como atributo não apenas respeitável, mas profundamente santo da natureza,
exigindo educação e controle. Educação e controle significam o exercício das
energias sexuais entre as quais a biológica dentro do princípio moral básico do
“amar ao próximo como a nós mesmos”, refreando os nossos impulsos e buscando os
laços de afetividade e lealdade que devem estar presente em todas as relações
humanas, e principalmente nas relações sexuais que estabelecemos no nosso campo
de vida.
A manifestação da sexualidade, força
criadora no ato sexual físico é a conseqüência dos pensamentos e ações, são
sentimentos que encadeiam a atuação da lei de ação e reação, com suas
características específicas que estabelecem os atenuantes e agravantes em todas
as suas manifestações neste aspecto, todos os seres possíveis de cometer erros ou
acertos no exercício da sua sexualidade, sejam heterossexuais, homossexuais ou bissexuais de acordo com os
sentimentos que os movam para a prática do sexo.
Em face de visão materialista da
sexualidade entendemos importante o papel do espiritismo na educação sexual,
principalmente em grupos de adolescentes e jovens, que é uma tarefa muito
difícil, pois encontramos as imposições da mídia de desempenho em matéria do
sexo e número de relações sexuais, até como sinal de auto-afirmação,
principalmente no sexo masculino.
Os adolescentes e jovens do sexo
masculino não usam preservativos necessários para evitar DST’s, para não
prejudica o desempenho dos “super-homens”, que a maioria não atinge na relação
sexual.
As adolescentes e as jovens não
exigem pois, temem prejudicar o prazer
do parceiro; não usam anticoncepcional
pois, não tem orientação adequada.
A tarefa de conscientizar exige boa
formação dos educadores e expositores espíritas para esta educação, fator este
que muitas vezes também falta, tornando mais difícil este trabalho, inclusive
entre os espíritas encontramos dificuldades de entendimento em relação ao
trabalho.
A educação sexual cita Emanuel: É
tarefa dos pais que infelizmente na sua maioria, não estão preparados para este
trabalho, pois os mesmos desconhecem o assunto. Pesa ainda o “tabu” sobre o
tema sexualidade, que gera a vergonha de abordar o assunto.
Vamos agora falar de um tema muito
polemico, sobre o aborto. O “estupro”. Neste caso, e com a autorização da
gestante ou do seu representante legal, o aborto não sofre punição. Entretanto
embora a posição legal gere do ponto de vista cultural, a idéia de que não se
esta praticando um ato errôneo, no aspecto espiritual, gera o desequilíbrio
face a lei de causa e efeito, ao que pese a circunstancia atenuante por ignorância
do crime face as leis Divinas.
Os casos de estupro com gravidez
deveriam ter uma atenção especial através de especialistas (psiquiatras,
psicólogos) e, principalmente, no meio espírita, no sentido de evitar o
aborto,embora não punível do ponto de vista da lei humana.
Acredito que nas escolas deveria
haver certo enfoque nas questões de responsabilidade individual e na formação familiar.
Não existe uma assistência espiritual
direcionada, mesmo porque a grande maioria não revela ter praticado ato,
entretanto, como já dissemos acima, existe trabalho na família que, na verdade
deveriam ser verdadeiros cursos em que todos ouvem as 13 palestras com temas
específicos e, entre elas, o aborto. Os casos de maior desequilíbrio em que se
percebe a presença de uma obsessão grave
são encaminhados aos trabalhos desobsessão com psicofonia, indicados para tais
caso.
Quando o espírito perde a
oportunidade reencarnatória por aborto, o que ocorre com ele, depende do estado
evolutivo do espírito. O aborto pode gerar desde um desequilíbrio grave no qual
o espírito passa alimenta revolta e ódio aqueles que participaram do ato. Que
pode levá-lo a obsessão a obsessão.
Entretanto, como já citamos acima, a
obsessão pode se estabelecer por sintonia com espíritos que vivenciam o
desequilíbrio semelhantes, principalmente
considerando que o perdão liberta a vítima da relação negativa gerada pelo ato,
mas não elimina atuação na lei de ação e reação.
Gostaria de encerrar com um convite
as causas espíritas a um cuidado especial na educação sexual à luz do espiritismo,
de acordo com as faixas de idade.
E ainda uma atenção especial durante a
gravidez, com assistência espiritual adequada, que vai funcionar como uma
prevenção da depressão pós parto.
Atender a grávida não somente na parte
material, mas principalmente na parte espiritual é o grande papel neste campo
da casa espírita.
Pelo espírito de Artur