HOMOAFETIVIDADE: UMA EXPLICAÇÃO ESPÍRITA
Após
leituras de teses e conceitos a respeito do sexo e da sexualidade, e
respectivas distonias abordadas pelos variados espíritos, encarnados e
desencarnados, chama-me atenção e causa mesmo estranheza as opiniões radicais
de certos espíritas, como de nosso conceituado Herculano Pires, em especial com
relação à homoafetividade. Em mais de uma de suas obras ele trata do tema com
virulência sem medida. Lançado como “viciação moral” dizendo derivar de um tipo
de obsessão idêntica a alcoólica e a toxicômano, chegando mesmo a
afirmar:em seu livro mediunidade-vida e comunicação, que a maioria dos casos de
homoafetividade, senão todos, provêm de entidades obsessivas animalescas,
entregues a instintos inferiores.A firma que são muitos os casos de sexualidade mórbidas,
exasperada pelas atividades dos vampiros.
A
afirmação pode ser considerada acertada, quando a sexualidade é desenfreada e
sem limites, sem peias, é uma fonte de desequilíbrio que se associa a mentes
que se alimentam dos influxos que derivam da morbidez.
Mas a
meu ver, não se pode generalizar pode-se acabar contestando opiniões de
espíritos denodados no estudo e na divulgação da doutrina espírita, e os
doutrinadores sérios, verdadeiros
cientistas das pesquisas irão notar conflitos com o próprio
codificador, quando ele afirmou suas opiniões sobre o assunto referido.
Num
primeiro passo foi contestado Emanuel. Na sua obra mediúnica psicografada por
Francisco Candido Xavier, denominada VIDA E SEXO, em que o espírito Emanuel
alertava, no prefacio, que com as nossas ligeiras páginas, tão somente desenvolvemos conceitos formulados na codificação
kardequiana. Nessa obra, Emanuel fez inserir um capitulo denominado
homossexualidade. Na questão 202 do livro dos espíritos, Alan Kardec, defendeu e
deduziu com clareza tese estudada na premissa de que o espírito, no
renascimento entre os homens, pode tomar um corpo, masculino ou feminino, não
apenas atendendo ao imperativo de encargos particulares em determinado setor de
ação, como também no que concerne as obrigações regenerativas,ou seja,atende a
imperativos reencarnatórios fixados por
ações do passado.
De sorte que o homem
que abusou das faculdades genésicas , arruinando a existência de outras pessoas
com a destruição de uniões construtivas e lares diversos, em muitos, no
renascimento físico, em corpo morfologicamente feminino, aprendendo, em regime de prisão, a reajustar
os próprios sentimentos. A mulher que agiu de igual modo e impulsionada a
reencarnação em corpo morfologicamente feminino com idênticos fins. É claramente uma situação expiatória pois se trata de uma nova encarnação
reparadora de erros passadas.
Mas o
espírito não se cingiu a esse aspecto. Afirma, sem vacilação, que em muitos
outros casos os espíritos cultos e sensíveis, aspirando em realizar
tarefas específicas na elevação de si
próprio, rogam a instrutores da vida maior, que os assistem a própria
internação no campo físico, em vestimenta carnal oposta á estrutura psicológica
pela qual transitoriamente se definiu. É sem sombra de dúvida, uma postura que
se pode dizer missionários, de compromisso livremente assumido.
O
diligente autor espiritual, igualmente como o professor Herculano, afirma que a
comunhão afetiva com uma pessoa do mesmo sexo não tem encontrado explicação nos
estudos psicológicos efetuados, vez que os pesquisadores acabam não indo fundo
no assunto e, sobretudo, imprimem bases materialista na tentativa de buscar as causas de
fato. Entretanto diverge diametralmente no
citado escritor espírita quando afirma de forma explícita da ocorrência
da homoafetividade: “É perfeitamente compreensível, a luz da reencarnação". Apesar do crescimento de tal ocorrência ainda a vista é observada com os
preconceitos da sociedade. Emanuel não usa de qualquer subterfúgios para
sintetizar algumas causas da homoafetividade, ao menos considerada assim
generalizadamente pelo vulgo-tempo sempre por base as premissas geradas no
mundo das causas assim:
A-
O espírito por fileira imensa de
reencarnações, ás vezes na posição da feminilidade, ora na masculinidade, de
sorte que o homem e a mulher terão assim, acentuados traços masculinos e femininos,
sem especificação psicológica absoluta, o que da um característico de
bissexualidade mais ou menos acentuados em quase todas as criaturas, em razão
disse quando um espírito, transitar em uma encarnação para outra, fatalmente demonstrará traços em
que estagiou nas últimas, principalmente se foram de um sexo por
várias encarnações, e nesta última esta com outro sexo.
B-
Na escala da evolução espíritos cultos e
sensitivos decidem interna-se no corpo físico em vestimenta carnal oposta a
estrutura psicológica que carregam; Tal
se dá pela aspiração de realizar tarefas específicas, seja quanto à humanidade, seja quanto elevação de si mesmo.
C-
Também ocorre pela expiação. Aqueles que
abusaram das energias ou faculdades genésicas em detrimento de terceiros, são
induzidos a encarnações regenerativas, buscando renascer em corpo oposto ás
suas tendências.
Como se pode
observar o autor espiritual identifica, com a lógica irrefutável, causas
perfeitamente aceitáveis á luz dos efeitos das reencarnações, e o faz sob a
mesma ótica e argumento que justificam tendências da criatura humana, que
carrega toda sorte de vícios e defeitos, e também todas as virtudes acumuladas
em múltiplas encarnações, somente expurgadas à custa de novas experiências regenerativas.
Grande gama dos males humanos é derivada as causas remotas, de outras vidas, constituindo-se
em problemas essenciais para o mesmo.
Pergunta-se: Por
que deveria ser diferente com a homossexualidade, que é considerada essencial
na maioria dos casos, ou seja, de causa desconhecidas, mais facilmente conhecida
pelo o espiritismo que lida com a chave do mistério: a reencarnação?
Mas alguém
pode dizer, em defesas de seus argumentos:- Ora, Emanuel emitiu apenas o “seu
próprio” entendimento. Não teria ele se divorciado dos conceitos da doutrina de
Kardec? Será? Vejamos:
Com certeza,
como em tudo que foi analisado, o espírito Emanuel, não se divorciou das linhas
da base da doutrina. As teses que escreveu para identificar as causas da
homoafetividade, ou da aparente, pois nem todos que são classificados com
homoafetivol o são efetivamente, estão em perfeita consonância com as primícias
lançadas por Kardec. Essa afirmação não
deriva de simples ilação ou interpretação, decorre da expressão claríssima e
direta dos estudos e ensinos do próprio Kardec.
Os sexos só
existem no organismo. São necessários para reprodução dos seres materiais. Mas
os espíritos sendo criação de Deus não se reproduzem uns pelos outros.
Os espíritos
progridem pelos trabalhos realizados, e as provas que devem sofrer. Os
espíritos devem progredir em tudo e adquirir todos os conhecimentos. É por isso
que alternativamente nascem, pobres ou ricos, operários ou intelectuais. O grande
da véspera pode ser o pequeno do dia seguinte. É com o mesmo objetivo que os
espíritos nascem-nos diferentes sexos, aquele que foi homem, poderá renascer
mulher, a fim de realizar os deveres de cada uma dessas posições, e sofrer-lhes
as provas.
Sofrendo o
espírito encarnado a influencia do organismo, seu caráter se modifica conforme
as circunstancias e se dobra as necessidades e as exigências impostas pelo
organismo. Pode acontecer que o espírito percorra uma serie de encarnações no
mesmo sexo, para conservar o caráter nele de homem ou de mulher, cuja marca
nele fica impressa. Essa influência se repercute da vida corporal á vida
espiritual, e quando o espírito passa da vida espiritual para carnal. Numa
encarnação trará o caráter e as inclinações que tinha como espírito. Se for avançado,
será um homem avançado, se for atrasado será um homem atrasado. Mudando de
sexo, pode então sob essa impressão em sua nova encarnação, conservar os
gostos, as inclinações e o caráter inerente ao sexo que acaba de deixar. Assim
se explicam certas anomalias aparentes notadas no caráter de certos homens e
certas mulheres. Portanto é fácil ver-se que a critica de certas pessoas, e
esta critica do professor Herculano Pires improcede: nem Emanuel, nem os autores
espíritas seguidores das teses que desenvolveram sobre a homoafetividade foram levianos. Estiveram todos, sempre, na
mais perfeitas consonância com a postura da doutrina desenvolvida por Kardec.
pelo espírito de Artur
Nenhum comentário:
Postar um comentário