sábado, 8 de junho de 2019

Homoafetividade - Uma explicação espírita


                          HOMOAFETIVIDADE: UMA EXPLICAÇÃO ESPÍRITA
               
                Após leituras de teses e conceitos a respeito do sexo e da sexualidade, e respectivas distonias abordadas pelos variados espíritos, encarnados e desencarnados, chama-me atenção e causa mesmo estranheza as opiniões radicais de certos espíritas, como de nosso conceituado Herculano Pires, em especial com relação à homoafetividade. Em mais de uma de suas obras ele trata do tema com virulência sem medida. Lançado como “viciação moral” dizendo derivar de um tipo de obsessão  idêntica  a alcoólica e a toxicômano, chegando mesmo a afirmar:em seu livro mediunidade-vida e comunicação, que a maioria dos casos de homoafetividade, senão todos, provêm de entidades obsessivas animalescas, entregues a instintos inferiores.A firma que são muitos os casos de sexualidade mórbidas, exasperada pelas atividades dos vampiros.
                A afirmação pode ser considerada acertada, quando a sexualidade é desenfreada e sem limites, sem peias, é uma fonte de desequilíbrio que se associa a mentes que se alimentam dos influxos que derivam da morbidez.
                Mas a meu ver, não se pode generalizar pode-se acabar contestando opiniões de espíritos denodados no estudo e na divulgação da doutrina espírita, e os doutrinadores sérios, verdadeiros cientistas das pesquisas irão notar conflitos com o próprio codificador, quando  ele afirmou  suas opiniões sobre o assunto referido.
                Num primeiro passo foi contestado Emanuel. Na sua obra mediúnica psicografada por Francisco Candido Xavier, denominada VIDA E SEXO, em que o espírito Emanuel alertava, no prefacio, que com as nossas ligeiras páginas, tão somente  desenvolvemos conceitos formulados na codificação kardequiana. Nessa obra, Emanuel fez inserir um capitulo denominado homossexualidade. Na questão 202 do livro dos espíritos, Alan Kardec, defendeu e deduziu com clareza tese estudada na premissa de que o espírito, no renascimento entre os homens, pode tomar um corpo, masculino ou feminino, não apenas atendendo ao imperativo de encargos particulares em determinado setor de ação, como também no que concerne as obrigações regenerativas,ou seja,atende a imperativos reencarnatórios  fixados por ações do passado. 
                De sorte  que o homem que abusou das faculdades genésicas , arruinando a existência de outras pessoas com a destruição de uniões construtivas e lares diversos, em muitos, no renascimento físico, em corpo morfologicamente feminino,     aprendendo, em regime de prisão, a reajustar os próprios sentimentos. A mulher que agiu de igual modo e impulsionada a reencarnação em corpo morfologicamente feminino com idênticos fins. É claramente uma situação expiatória pois se trata de uma nova encarnação reparadora de erros passadas.
                Mas o espírito não se cingiu a esse aspecto. Afirma, sem vacilação, que em muitos outros casos os espíritos cultos e sensíveis, aspirando em realizar tarefas  específicas na elevação de si próprio, rogam a instrutores da vida maior, que os assistem a própria internação no campo físico, em vestimenta carnal oposta á estrutura psicológica pela qual transitoriamente se definiu. É sem sombra de dúvida, uma postura que se pode dizer missionários, de compromisso livremente assumido.
                O diligente autor espiritual, igualmente como o professor Herculano, afirma que a comunhão afetiva com uma pessoa do mesmo sexo não tem encontrado explicação nos estudos psicológicos efetuados, vez que os pesquisadores acabam não indo fundo no assunto e, sobretudo, imprimem bases materialista  na tentativa de buscar as causas de fato. Entretanto diverge diametralmente no  citado escritor espírita quando afirma de forma explícita da ocorrência da homoafetividade:  “É perfeitamente compreensível, a luz da reencarnação". Apesar do crescimento de tal ocorrência ainda a vista é observada com os preconceitos da sociedade. Emanuel não usa de qualquer subterfúgios para sintetizar algumas causas da homoafetividade, ao menos considerada assim generalizadamente pelo vulgo-tempo sempre por base as premissas geradas no mundo das causas assim:
A-     O espírito por fileira imensa de reencarnações, ás vezes na posição da feminilidade, ora na masculinidade, de sorte que o homem e a mulher terão assim, acentuados traços masculinos e femininos, sem especificação psicológica absoluta, o que da um característico de bissexualidade mais ou menos acentuados em quase todas as criaturas, em razão disse quando um espírito, transitar em uma encarnação  para outra, fatalmente demonstrará traços em que estagiou nas últimas, principalmente se foram de um sexo por várias encarnações, e nesta última esta com outro sexo.
B-      Na escala da evolução espíritos cultos e sensitivos decidem interna-se no corpo físico em vestimenta carnal oposta a estrutura  psicológica que carregam; Tal se dá pela aspiração de realizar tarefas específicas, seja quanto à humanidade, seja quanto elevação de si mesmo.
C-      Também ocorre pela expiação. Aqueles que abusaram das energias ou faculdades genésicas em detrimento de terceiros, são induzidos a encarnações regenerativas, buscando renascer em corpo oposto ás suas tendências.

Como se pode observar o autor espiritual identifica, com a lógica irrefutável, causas perfeitamente aceitáveis á luz dos efeitos das reencarnações, e o faz sob a mesma ótica e argumento que justificam tendências da criatura humana, que carrega toda sorte de vícios e defeitos, e também todas as virtudes acumuladas em múltiplas encarnações, somente expurgadas à custa de novas experiências regenerativas. Grande gama dos males humanos é derivada as causas remotas, de outras vidas, constituindo-se em problemas essenciais para o mesmo.
Pergunta-se: Por que deveria ser diferente com a homossexualidade, que é considerada essencial na maioria dos casos, ou seja, de causa desconhecidas, mais facilmente conhecida pelo o espiritismo que lida com a chave do mistério: a reencarnação?
Mas alguém pode dizer, em defesas de seus argumentos:- Ora, Emanuel emitiu apenas o “seu próprio” entendimento. Não teria ele se divorciado dos conceitos da doutrina de Kardec? Será? Vejamos:
Com certeza, como em tudo que foi analisado, o espírito Emanuel, não se divorciou das linhas da base da doutrina. As teses que escreveu para identificar as causas da homoafetividade, ou da aparente, pois nem todos que são classificados com homoafetivol o são efetivamente, estão em perfeita consonância com as primícias lançadas por Kardec.  Essa afirmação não deriva de simples ilação ou interpretação, decorre da expressão claríssima e direta dos estudos e ensinos do próprio Kardec.
Os sexos só existem no organismo. São necessários para reprodução dos seres materiais. Mas os espíritos sendo criação de Deus não se reproduzem uns pelos outros.
Os espíritos progridem pelos trabalhos realizados, e as provas que devem sofrer. Os espíritos devem progredir em tudo e adquirir todos os conhecimentos. É por isso que alternativamente nascem, pobres ou ricos, operários ou intelectuais. O grande da véspera pode ser o pequeno do dia seguinte. É com o mesmo objetivo que os espíritos nascem-nos diferentes sexos, aquele que foi homem, poderá renascer mulher, a fim de realizar os deveres de cada uma dessas posições, e sofrer-lhes as provas.
Sofrendo o espírito encarnado a influencia do organismo, seu caráter se modifica conforme as circunstancias e se dobra as necessidades e as exigências impostas pelo organismo. Pode acontecer que o espírito percorra uma serie de encarnações no mesmo sexo, para conservar o caráter nele de homem ou de mulher, cuja marca nele fica impressa. Essa influência se repercute da vida corporal á vida espiritual, e quando o espírito passa da vida espiritual para carnal. Numa encarnação trará o caráter e as inclinações que tinha como espírito. Se for avançado, será um homem avançado, se for atrasado será um homem atrasado. Mudando de sexo, pode então sob essa impressão em sua nova encarnação, conservar os gostos, as inclinações e o caráter inerente ao sexo que acaba de deixar. Assim se explicam certas anomalias aparentes notadas no caráter de certos homens e certas mulheres. Portanto é fácil ver-se que a critica de certas pessoas, e esta critica do professor Herculano Pires improcede: nem Emanuel, nem os autores espíritas seguidores das teses que desenvolveram sobre a homoafetividade  foram levianos. Estiveram todos, sempre, na mais perfeitas consonância com a postura da doutrina desenvolvida por Kardec. 

pelo espírito de Artur

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