domingo, 9 de junho de 2019

A casa de Eurípedes: Hospital Esperança


A Casa de Eurípedes: Hospital Esperança

    “A casa de Eurípedes” em suas origens está ligada a história do Sanatório Espírita Uberabense, fundado pela família de D. Maria Modesto Cravo. O Hospital Esperança faz parte do planejamento do Espírito Verdade no transporte da árvore do evangelho para o Brasil. Logo depois de lançada as bases da doutrina em plena França positivista, o Espírito Verdade trouxe as sementes doutrinárias para esse rincão que, a esse tempo, já estava predestinado, a quase 400 anos,em se tornar o celeiro da mensagem doutrinária cristã a luz da imortalidade.
    Eurípedes reencarna em 1880, deixando na vida espiritual um projeto em andamento, no qual faz parte D. Modesta e um número imenso de almas.Em 1899 D.Modesta regressa ao corpo.Na sua juventude reencontra o “apóstolo do sacramento”,é curada por ele e recobra o compromisso assumido.Eurípedes retorna ao mundo espiritual em 1918 para continuar seu projeto, e D. Modesta assume o compromisso de erguer o pólo de ligação terrena com a obra já iniciada no mundo espiritual,e temporariamente sob a tutela de Dr.Bezerra de Menezes, desencarnado em 11 de abril de 1900.
    O Sanatório Espírita Uberabense foi inaugurado em 31 de dezembro de 1933. Na erraticidade, Eurípedes lança sementes do Hospital Esperança em plena década de trinta. O entrelaçamento desses núcleos de amor e redenção foi cada dia se estreitando a ponto de tornar-se  o primeiro núcleo avançado de ligação do Hospital Esperança com a terra.
    Somente a esperança é capaz de ascender na alma o desejo de galgar os degraus da caminhada humanizadora antes os golpes cruéis da dor.
    A transposição de ciclos expiatórios e provacionais para regeneração significa evolutivamente, uma cisão de reinos. É a saga do homem assumindo seu estado humanizador deixando para trás as velhas bagagens enfermiças do instinto e do egoísmo. Impossível fazer semelhante mudança sem sofrimento desolação. Enquanto o homem não se educar para amar, não poderá ser considerado um ser humano. Na ótica da evolução universal, humanizar significa aprender a viver, integrado a obra do Cristo. E para bilhões de almas viver é o mesmo que carregar um fardo muito pesado.
    Estamos vivendo quase em reino animal. Somente perdendo o corpo para aquilatar com precisão a natureza dos problemas terrenos. Os espíritas são os mais aliciados, por que com raras exceções desencarnam com culpas inconfessáveis. Os espíritas reencarnados carecem retificar, e muito, os seus conceitos sobre o que seja ser cristão. Uma cultura perigosa se insulfla nas comunidades doutrinárias cujo cerne e idéias falsas do que seja ser espírita. Conceitos que exige espetáculos de grandeza moral inacessível a maioria dos discípulos da doutrina. Para atender as expectativas homens e mulheres adotam condutas pudicas e artificiais, quanto o que mais necessitamos é sinceridade. No intuito de mostrarmo-nos como somos, e humildade para iniciar o serviço autêntico de renovação, o homem engana a si mesmo e depois a morte o devolve sua consciência. É assim que ao sair do corpo com o chumbo da culpa, é puxado para baixo e naufraga nas tormentas que constitui as sociedades inferiores.
    Uma pergunta muito comum que ouvimos por aqui: E o amparo, onde fica?
-Sem nenhum desrespeito a sua formulação, ela traduz a infantilidade da visão de quantos desconhecem a extensão dos serviços da Divina Providência. A bondade do mais Alto jamais cessa em estender benesses até mesmo para os escravos da perversidade, quanto mais aos devotos do bem. Entretanto muita ilusão permeia a visão dos nossos correligionários espíritas a esse respeito. Imaginam-se isentos as lutas após a morte, tão somente pelos trabalhos prestados. Até mesmo o amor celeste solicita educação para ser bem recebido. Já resgatamos companheiros em lamentáveis estados de loucura fora do corpo, cuidamos de suas carências imediatas, e quando foram convocados a servir e melhorar fugiram desatinados em direção aos portais de saída, no rumo de suas plantações. Tinha o espiritismo no cérebro e traziam o coração na retaguarda.
    O conceito de ser espírita passa por esse parâmetro: o coração pulsa ininterruptamente em busca da luz, são aqueles que jamais desistem de melhorar. O desejo de melhora talvez seja a qualidade mais evidente em nosso estágio evolutivo. Tudo mais virá daí, ou seja, o progresso, o desligamento dos vícios, a vitória interior. O desejo de melhora é o efeito de um longo trajeto de amadurecimento do espírito. Quem o possui sem artificialismos vai ao Pai, ninguém o improvisa de uma hora para outra.
    Existem corredores a baixo do nível do solo que são bem pardacentos. A razão é porque são elos com dimensões inferiores. Lá ficam dependências para casos mais graves, inclusive celas. Existem algumas histórias de resgates, nas quais seriam imprudentes colocar alguns pacientes na intimidade dos pavilhões (os chamados portais de acesso). Temos cômodos logo na entrada na divisa entre regiões inferiores e os limites do Hospital, sob guarda intensa e cuidados especiais, são alojamentos apropriados para avaliar a real possibilidade de internação, ou aguardarem a amenização dos quadros enfermiços.
     Se me pergutarem se há casos de desistência: existem alguns, mais nem sempre é desistência mais imantação.
     Existem leis que governam acima de nossas possibilidades de ação, leis que determinam a posição de cada um de nós na obra da criação. São histórias que entristecem mesmo regadas pela misericórdia não conhecemos nenhuma que escape da lei que determina: a cada um segundo suas obras.
    Dos portais são tratados os desvalidos que pedem socorro. Desafortunados que se enroscam em armadilhas ou brigas, corações tombados pelo vício, mães aflitas, filhos desnorteados, pais preocupados, criaturas feridas acidentadas e maltratadas. Enfim, não há como descrever tanta penúria e sofreguidão,  nas zonas de interação com as regiões inferiores. Nos portais temos verdadeiros centros de caridade pública muita similar ao pronto socorro na terra. Casos graves chegam por ali, grandes parcela é temporária. Alguns vem em busca de um naco de pão, sentem fome, frio e loucura. Machucados uns; inconscientes outros. Sangue, dor e carência se misturam aos pedidos de ajuda para outros que estão chafurdados em ciladas, presos em magotes no caminho. Ali recebemos todo tipo de tormenta humana. Raríssimos, porém, obterão todos os cuidados que suplicam, face as suas intenções voltadas para baixo. Não anseiam permanecer no Hospital, mas gostariam que fossemos onde estagiam. Assim como entre os encarnados, existem por aqui, imediatismo e interesse particular.
     A quem imagine os benfeitores do alem, dirigindo um Hospital como este atrás de uma escrivaninha ditando ordens e pareceres.
    É neste local singular do Hospital que encontramos nosso diretor Eurípedes Barsanulfo, na maioria de suas obras de trabalho.
    Cada braço ou pavilhão alberga aproximadamente dois mil leitos, totalizando um fluxo de dez mil internações rotativas nos cinco pavilhões. Alem disso temos os casos do subsolo que chegam a tempos de lotação a quase cinco mil histórias diferentes; que nem sempre resulta em internação. O Hospital Esperança depois de mais de setenta anos tornou-se uma referência mundial de posto avançado de socorro na erraticidade. As comunidades de todo orbe, orientam-se ou não pela mensagem de Jesus, contam com seus ofícios. Hoje temos milhares de leitos indiretos distribuídos em enfermarias e núcleos improvisados, junto a inúmeras entidades de amor na terra, sob a orientação e amparo desta Casa. Muitos centros e grupos espíritas fazem parte de aglomerado auxílio de recuperação. Cada pavilhão atende necessidades específicas e procuramos agrupar os grupos por afinidades de pensamentos e necessidades. Isso facilita o atendimento. Há pavilhões de evangélicos, católicos e assim por diante. Assim como temos este pavilhão Judas Iscariotes, designados aos líderes cristãos especialmente espíritas, temos setores para umbandistas e mais algumas denominações cristãs.
    Embora não seja um serviço de prioridade do Hospital Esperança, cerca de mil e quinhentas reencarnações já foram projetadas e executadas integralmente em setor apropriado; sem contar nos casos nos quais encaminhamos para outros núcleos especializados em renascimento carnal.
    O Hospital Esperança, pode-se afirmar, é um grande pronto socorro e um centro preparatório para casos específicos da mensagem cristã.
    -Ala Restrita do Hospital Esperança
    Abriga casos gravíssimos de almas estremo apego de sensações físicas ou recém resgatadas de vales e regiões abismais. São três andares de subsolo que chegam a estabelecer elos muito próximos com as vibrações terrenas. São macas e alojamentos adequados a casos de delírios e estados mentais de desequilíbrios intensos. Atmosfera ambiente, até mesmo para os trabalhadores do nosocômio, é de mais difícil absorção. As luzes são apropriadas aos casos em tratamento cada ambiente é devidamente acústico, face aos gritos ou gemidos em altos brados, que tornariam impossível o êxito da recuperação. É também arejado o suficiente para impedir as conhecidas contaminações viróticas que ocorre com freqüência nesses estágios de dores.


Às vezes parece um catavento, se olharmos melhor também parece um moinho.
Prestem atenção que entre dois dos cinco pavilhões saem dois corredores: são os portais de acesso e  dimensional e vejam onde ficam as alas restritas, enfermarias e prisões, esses corredores que são os pés do moinho ficam nos dois andares do subsolo
São cinco andares em todos os cinco pavilhões. Abaixo desse nível tem o subsolo 1 e 2. Totalizando em sete andares em cada um dos cinco braços.
Nos subsolos, há maior ligação com as regiões umbralinas e com a própria terra.
Na portaria de entrada temos os apóstolos Pedro e Paulo reproduzidos em suas imagens naturais e reais colhidas dos arquivos de dimensões superiores e esculturadas por artistas da nossa casa.
Alem das réplicas, quem visita o lugar, pode ouvir através de clarividência no tempo os diálogos dos primeiros aprendizes do Cristo. É um verdadeiro templo de meditação e recolhimento.
Temos um versículo escrito na entrada: (João 13:25) “Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos,se vos amparardes uns aos outros.”

Texto: Livro Lírios de Esperança
Desenho: CELD





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