BREVE HISTÓRIA DA BÍBLIA
Uma
síntese da criação, significados e influencia do livro mais lido no mundo,
mostra que seu conhecimento ultrapassa os limites da fé e do tempo.
Grande
parte das criaturas, desde a sua mais tenra idade, ouve-se falar da Bíblia. Com
o transcorrer do tempo ficam sabendo que é o livro mais editado em todo o mundo
e que ele é a base de várias religiões: uma chamada judaica e as outras
denominadas cristãs. Ela é compostas de duas partes: o velho e o novo
testamento. Com o tempo, a maioria das
pessoas terão a curiosidade ou a necessidade de lê-la, contudo, poucas vezes
elas têm oportunidade de saber algo sobre a sua origem e sobre a sua história.
BIBLE
“Constitui
os escritos sagrados do judaísmo e do cristianismo e provavelmente da mais
influente coleção da historia humana. Para os adeptos do cristianismo e do judaísmo
a função primaria da bíblia é religiosa. A bíblia é o deposito da revelação
Divina. Ela conta a historia dos eventos nos quais as comunidades judaicas e
cristãs vêem as fontes de suas existências. Ela contém as prescrições e as
proibições que os crentes seguem para regular as suas vidas. Da bíblia são
derivados os temas e símbolos que denominam os cultos, formais e pessoais,
tanto do judaísmo como do cristianismo, hino, preces e liturgias.
Quando
os judeus e cristãos precisam encontrar as fontes de sua fé para uma crise
pessoal freqüentemente apelam para a bíblia. Seus ensinamentos, bem como sua terminologia, tenderam a gerar muitas
controversas que surgiram entre os teologistas e religiosos na historia judia e
cristã. Mesmo as controvérsias religiosas acontecidas são medidas da
importância da bíblia na vida íntima do judaísmo e do cristianismo.
É
um erro crer que apenas os adeptos formais do judaísmo e do cristianismo estão
interessados na bíblia, ou que apenas os religiosos lêem. O estudo da bíblia
como literatura é parte do currículo de muitas universidades. Suas frases e
sentenças passaram para linguagem comum de muitos países, apesar de sua origem
ter sido muitas vezes esquecidas nesse processo.
O
conhecimento da linguagem bíblica e sua história é útil para o entendimento das
mais importantes palavras da literatura em muitos países ocidentais, como nas
obras Divina Comedia E Paraíso Perdido, onde tais conhecimentos são
indispensáveis, fator este evidente para os escritores que não o possuem.
Certamente
muitas partes da bíblia não são de alta literatura. Seu estilo é comum e sua
linguagem é repetitiva, mais o poder literário de algumas seções a marcam como
clássico. Para muitos, que a lêem sem fé bíblica, sua beleza e seu poder ainda
a fazem uma fonte de inspiração e intuição.
ORIGEM DA PALAVRA
Vamos agora a
uma explicação sintetizada do historiador Ambrogio Donini:
Uma
antiguíssima cidade da Síria, Biblo, empório comercial fenício e centro de
distribuição do papiro, deram nome ao papel de importação egípcio e às folhas
que se conservavam unidas e enroladas para leitura.
No início de
nossa era bíblica (que significa o plural: “os livros”) já indicava uma coleção
qualquer de textos, uma biblioteca, mais logo foi limitado pelos cristãos como
apenas a coleção de seus textos sagrados. No latim popular, o plural tornou-se
um feminino singular: Bíblia. E assim passou para quase todos os línguas
modernas.
Consequentemente,
a Bíblia é, em primeiro lugar, os complexos textos sagrados do judaísmo e, em
seguida, com a edição de uma serie de novos documentos, do cristianismo. Por
isso referimo-nos ao velho testamento, comum
e ambas as religiões, e a uma parte mais recente, o Novo Testamento, só
reconhecida pelos cristãos
Neste momento
abro um espaço para comentar sobre o significado e a origem do termo Testamento.
OS PACTOS
A palavra
testamento jamais é encontrada, no original, como titulo de toda coleção; nem
no grego, que é a língua exclusiva da parte cristã. Logo, de onde provém esta
denominação?
Os hebreus
possuem um termo, berth, que denota um contrato, um pacto e também, nas
relações entre os povos, uma “aliança”. A concepção essencial da velha religião
hebraica era de que o Deus do grupo tinha firmado um solene tratado com o seu
povo através da mediação com os chefes da nação.
Os hebreus da
língua grega, especialmente aqueles que viviam na cidade de Alexandria, fundada
por Alexandre Magno no Egito em 331a.c, traduziram o termo berith como o diatheke,
palavra que alem de significar pacto, aliança, tinha também o sentido de um
legado unilateral, de uma herança testamentária: em latim testamentum.
Do ponto de
vista do conteúdo, o velho testamento abrange uma coletânea de documentos cujo
número variou no segundo século, até que um concílio de rabinos realizado na Palestina,
entre os anos de 90 a 100 d.c, quando a nação já tinha sido duramente batida
pelos romanos, foi definitivamente fixado em 22, tantos quanto são as letras do
alfabeto hebraico, ou com algumas outras ordenações na divisão dos livros, em
27, isto é, as mesmas letras mais os cinco sinais finais, que têm na escrita
corrente diversa.
Esse cômputo
já faz pensar em manipulações de caráter
mágico ou simbólico; tanto mais ao se verificar que também os textos do novo
testamento atingem a mesma cifra alegórica 27.
VELHO TESTAMENTO
Agora vamos
os títulos dos livros, realizando uma análise bastante interessante,
principalmente para aqueles que querem conhecer mais sobre o assunto histórico.
Vamos a ele:
TORÁH: A lei conhecida como Pentateuco, e formada pelos livros da
Gênese, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio.
NEBIIM: Os profetas. Divididos em profetas anteriores: Josué,
Juízes, Ruth,I,II, Samuel, I, II Reis, Posteriores:Isaias, Jeremias, Ezequiel e
os profetas menores recolhidos em um só rolo.
KETUBIM: Os escritos sagrados ou hagiógrafos. Biografias e escritos
a cerca dos santos: Salmos, Provérbios, Jó, Cânticos dos Cânticos,
lamentações, Eclesiastes,Ester,Daniel, I-II Esdras, (Esdras e Neemias), I-II
Crônicas. Mas além desses haviam muitos escritos que os Israelitas de língua
hebraica a partir do primeiro século, não quiseram mais reconhecer. Os
Samaritanos descendentes dos habitantes do Reino de Israel, ou Reino do Norte,
admitiam como inspirados, apenas o Pentateuco, excluindo os Escritos Proféticos
e as biografias. Nos tempos de Jesus, os samaritanos eram desprezados e
considerados hereges, sendo por isso evitados e alcunhados de impuros_ Daí o
sentido real dos episódios do bom samaritano no poço nos evangelhos de Lucas e
de Marcos, os mais polêmicos em relação à ortodoxia.
Esses
textos foram acunhados de apócrifos, ou textos secretos, e continuaram a ser
incluídos no fim da coleção pelos israelitas de língua grega e pelos cristãos.
São 12: Tobias, Judite, Sapiêcia, III-IV Esdras, Baruc, Epístolas de Jeremias,
Prece de Manassés, Eclesiático, I-II Macabeus, mais alguns trechos dos livros
de Daniel e de Esdras em Língua Aramaica.
O
critério hebraico para inspiração era o que Deus só poderia ter falado em
hebraico; jamais em aramaico, dialeto popular, e muito menos em grego, língua
de profanos.
Os
católicos continuam a aceitá-los como inspirados; os hebreus e os protestantes
ao contrário excluíram-nos.
NOVO TESTAMENTO
A
bíblia possui um abundante material sobre a vida e a economia da velha
sociedade hebraica; sobre as suas antigas leis incompreendidas – e por isso
mesmo interpretada de forma fantástica – e sobre a história dos povos com os
quais Israel sempre manteve relações, também a poesia e os documentos da piedade
religiosa dos profetas tem um notável valor literário e social. Sob o título de
Novo Testamento, ao contrário, foram coletados, depois de um grande processo de
seleção e de exclusão, que durou quase 300 anos; do fim do 2° século à época do
imperador Justiniano (482-565), 27 textos referentes aos ensinamentos de Jesus
e dos seus primeiros apóstolos e discípulos.
A)
Os 4 evangelhos-> da palavra grega “evanghelium”,
a boa nova, o bom anúncio, qu contém quatro versões diferentes e muitas vezes
contraditórias da vida do Cristo ou do Messias tão esperado pelo povo hebraico.
São os livros de Mateus, Marcos, Lucas e João.
B)
Os Atos-> Ou melhor, como no original grego,
os fatos dos apóstolos.
C)
As Epístolas-> São as cartas. Delas, treze
atribuídas a Paulo, uma a Tiago, uma a Pedro, três a João, uma a Judas (Não o
da traição),e a epístola aos hebreus.
D)
Apocalipse-> Isto é, a revelação dos
grandiosos eventos que os cristãos esperavam de um momento para outro, com
descrição do fim do mundo e do advento de uma nova sociedade sobre a terra, a
“Jerusalém Celeste”.
ALLAN KARDEC
Não
poderíamos terminar este assunto sem acrescentar Allan Kardec encontrado na
introdução de O evangelho Segundo o Espiritismo. Apesar de ele se referir ao
evangelho suas colocações pode muito bem ser estendidas à Bíblia como um todo.
O ensino moral conservou-se inatacável. Diante deste código divino, a própria
incredulidade se cura. É terreno em que todos os cultos podem se reunir,
estandarte sob o qual podem todos colocar-se, quaisquer que sejam as crenças,
porquanto ele jamais constituiu matéria das disputas religiosas que sempre e
por toda parte se originaram das questões dogmáticas.
Para os
homens, em particular, constitui àquele código uma regra de proceder que
abrange todas as circunstâncias da vida privada e da vida pública; o princípio
básico de todas as relações sociais que se fundam na mais rigorosa justiça. É
finalmente, mais acima de tudo, o roteiro infalível para a felicidade vindoura,
o levantamento de uma ponta do véu que nos oculta a vida futura.
Toda gente
admira a moral evangélica; todos lhe proclamam a sublimidade e a necessidade;
muitos, porém assim se pronunciam por fé, confiados no ouviram dizer, ou
firmados em certas máximas que se tornaram proverbiais. Poucos, no entanto a
conhecem a fundo e menos ainda são os que a compreendem e lhe sabe deduzir as
conseqüências. A razão, por muito na dificuldade que apresenta o entendimento
do evangelho que, para maiores números de seus leitores, é ininteligível. A
forma alegórica e o intencional misticismo de linguagem fazem que a maioria o
leia por desencargo de consciência e por dever, como lêem as preces, sem as
entender, isto é, sem proveito. Passam-lhes despercebidos os preceitos morais,
disseminados aqui e ali, intercalados na massa das narrativas. Impossível então
apanhar-se-lhes o conjunto e tomá-los
para o objeto de leitura e meditações especiais.
É certo que
tratados já se hão escrito de moral evangélica, mas, arranjo em moderno estilo
literário lhe tira a primitiva simplicidade que, ao mesmo lhe constitui o
encanto e a autenticidade. Outro tanto cabe dizer-se das máximas destacadas e
reduzidas a sua mais simples expressão proverbial. Desde logo, já não passam
aforismo, privados de uma parte de seus valos e interesse, pela ausência dos
acessórios e das circunstâncias em que foram anunciadas.
Vocês sabem?
Na bíblia pode se encontrar a referência que a terra é redonda: em Isaías 40:22
está escrito: “ E Ele que está sentado sobre o círculo da Terra cujos moradores
são para Ele como gafanhotos.”
Pelo espírito de Artur
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