As sociedades a
seguir se desenvolveram demasiadamente e com teorias bem a frente de seu tempo.
Os maias estudaram a astronomia e a própria teoria do tempo de uma forma que
somente hoje estamos conseguindo entender. Nesse capítulo iremos detalhar a
cultura de cada uma dessas civilizações que irão auxiliar a compreensão nas
análises feitas no capítulo que retratará o processo de transição terráquea.
1.1 - Incas
A civilização
inca foi o resultado de uma sucessão de culturas andinas pré-colombianas e
um Estado-nação, o Império Inca (em quíchua: Tawantinsuyu) que existiu
na América do Sul de cerca de 1200 até 1533.
O império incluía regiões desde o extremo norte como o Equador e o sul da Colômbia,
todo o Peru e a Bolívia, até o noroeste da Argentina e o norte do Chile. A
capital do império era a atual cidade de Cusco (em quíchua, "Umbigo do Mundo"). O
império abrangia diversas nações e mais de 700 idiomas diferentes, sendo o mais
falado o quíchua.
O Império Inca tinha uma organização econômica de caráter
próximo ao modo de produção asiático, na qual todos os níveis da sociedade
pagavam tributos ao imperador, conhecido como O Inca. O Inca era
divinizado sendo carregado em liteiras com grande pompa e estilo. Usava roupas,
cocares e adereços especiais que demonstravam sua superioridade e poder. Ele
reivindicava seu poder dizendo-se descendente de deuses (origem divina do poder
real). Abaixo d'O Inca havia quatro principais classes de cidadãos. A
primeira era a família real, nobres, líderes militares e líderes religiosos.
Estas pessoas controlavam o Império Inca e muitos viviam em Cusco. A seguir,
estavam os governadores das quatro províncias em que o Império Inca era
dividido. Eles tinham muito poder, pois organizavam as tropas, coletavam os
tributos cabendo-lhes impor a lei e estabelecer a ordem. Abaixo dos
governadores estavam os oficiais militares locais, responsáveis pelos
julgamentos menos importantes e a resolução de pequenas disputas podendo
inclusive atribuir castigos. Mais abaixo estavam os camponeses que eram a
maioria da população. Os incas não usavam dinheiro propriamente dito.
Eles faziam trocas ou escambos nos quais mercadorias eram
trocadas por outras e mesmo o trabalho era remunerado com mercadorias e comida.
Serviam como moedas sementes de cacau e também conchas coloridas, que eram
consideradas de grande valor. A religião era politeísta (criam em vários
deuses), constituída de forças do bem e do mal. O bem era representado por tudo
àquilo que era importante para o homem como a chuva e a luz do Sol, e o mal,
por forças negativas, como a seca e a guerra. Os Incas eram extremamente
religiosos e viam o Sol e a Lua como entidades divinas às quais suplicavam suas
bênçãos, fosse para melhores colheitas, fosse para o êxito em combates com
grupos rivais. O deus Sol (Inti) era o deus masculino e acreditavam que o Rei
descendia dele. Atribuíam ao deus Sol qualidades espirituais.
1.2 - Maias
Foi uma cultura
mesoamericana pré-colombiana, notável por sua língua escrita (único sistema de escrita
do novo mundo pré-colombiano que podia representar completamente o idioma
falado no mesmo grau de eficiência que o idioma escrito no velho mundo), pela
sua arte, arquitetura, matemática e sistemas astronômicos.
A
civilização maia habitou a região das florestas tropicais das atuais:
Guatemala, Honduras e Península de Yucatán (sul do atual México). Este
povo viveu nessas regiões entre os séculos IV e IX a.C.. Entre os séculos IX e
X, os toltecas invadiram essas regiões e dominaram a civilização maia.
A
economia era baseada na agricultura, principalmente de milho, feijão e
tubérculos (caule curto e grosso, rico em substâncias nutritivas. Ex.: a
batata). Suas técnicas de irrigação do solo eram muito avançadas para a época.
Praticavam o comércio de mercadorias com povos vizinhos e no interior do
império.
Assim
como os egípcios, usaram uma escrita baseada em símbolos e desenhos
(hieróglifos). Registravam acontecimentos, datas, contagem de impostos e
colheitas, guerras e outros dados importantes.
Desenvolveram
muito a matemática, com destaque para a invenção das casas decimais e o valor
zero.
A
religião deste povo era politeísta, pois acreditavam em vários deuses ligados à
natureza. Elaboraram um eficiente e complexo calendário que estabelecia
com exatidão os 365 dias do ano. Assim como os astecas e os incas, os maias
acreditavam na contagem cíclica natural do tempo. Sua contagem de tempo era linear.
Os
rituais e cerimônias eram associados a ciclos terrestres e celestiais que eram
observados e registrados em calendários separados. Os sacerdotes maias tinham a
tarefa de interpretar esses ciclos e fazer um panorama profético sobre o futuro
ou passado com base no número de relações de todos os calendários. A
purificação incluía jejum, abstenção sexual e confissão. A purificação era
normalmente praticada antes de grandes eventos religiosos. Os maias acreditavam
na existência de três planos principais no Cosmo: a Terra, o céu e o submundo.
O calendário de conta longa é apenas um
entre os vários que os maias usavam. Assim como os nossos meses, anos e
séculos, ele se estrutura em unidades de tempo cada vez maiores. Cada 20 dias
formam um “mês”, ou uinal. Cada 18 uinals, 1 tun, ou “ano”, cada 20 tuns faziam
um katun e assim sucessivamente. Enquanto o nosso sistema de contagem de
séculos não leva a um fim, o calendário de conta longa maia dura cerca de 5.200
anos e se encerra na data 13.0.0.0.0, que para muitos estudiosos (não há um
consenso a respeito) corresponde ao nosso 21/12/2012.
Isso não significa que eles esperassem
pelo fim do mundo naquele dia. “Os povos ameríndios não tinham apenas uma
concepção linear de tempo, que permitisse pensar num fim absoluto”, diz Eduardo
Natalino dos Santos, professor de história da América Pré-hispânica da USP. “Em
nenhum lugar se diz que o ciclo que estamos vivendo seria o último.” A maioria
dos estudiosos acredita que, após chegar à data final, o calendário se
reiniciaria. Assim como, para nós, o 31 de dezembro é sucedido pelo um de
janeiro, para eles o dia 22/12/2012 corresponderia ao dia 0.0.0.0.1. [Galileu]
1.3 - Astecas
Os astecas (1325
até 1521; a forma azteca também é usada) foram de uma civilização mesoamericana, pré-colombiana, que
floresceu principalmente entre os séculos XIV e XVI, no território correspondente ao atual México.
Na sucessão de povos mesoamericanos que
deram origem a essa civilização destacam-se os toltecas, por suas conquistas civilizatórias,
florescendo entre o século X e o século XII seguidos pelos chichimecas
imediatamente anteriores e praticamente fundadores do Império Asteca com a
queda do Império Tolteca. O idioma asteca era o náuatle (nahuatl).
A sociedade asteca era rigidamente
dividida. O grupo social dos pipiltin (nobreza) era formado pela família
real, sacerdotes, chefes de grupos guerreiros — como os Jaguares e as Águias —
e chefes dos calpulli. Podiam participar também alguns plebeus (macehualtin)
que tivessem realizado algum ato extraordinário. Tomar chocolate quente (xocoatl)
era um privilégio da nobreza. O resto da população era constituído de
lavradores e artesãos. Havia, também, escravos (tlacotin).
Eram politeístas e acreditavam que se o
sangue humano não fosse oferecido ao Sol,
a engrenagem do mundo deixaria de funcionar.
Os sacrifícios eram dedicados a:
Huitzilopochtli ou Tezcatlipoca ou a Tlaloc.
No seu panteão havia centenas de deuses.
Os principais eram vinculados ao ciclo solar e à atividade agrícola.
Observações astronômicas e estudo dos calendários faziam parte do conhecimento
dos sacerdotes.
O sistema asteca preenche requisitos.
Apresenta-se como teoricamente estruturado, com formação específica o relativo
conhecimento de anatomia em função, talvez, da prática de sacrifícios humanos,
mas não necessariamente dependente dessa condição. Há evidências que soldavam
fraturas e punham talas em ossos quebrados.
***
Existem diversos questionamentos da ciência espiritualista
sobre as civilizações mesoamericanas. Apesar da diferença temporal entre os
egípcios e elas, estes povos apresentam características semelhantes que a
ciência física ainda não foi capaz de explicar.
Para além da diferença temporal entre essas civilizações e
os egípcios, ainda existe a questão espacial, já que Maias, Incas e Astecas se
desenvolveram na América e o Egito se localiza no continente africano.
Na ciência espiritualista muitas hipóteses são levantas
diante as semelhanças dessas sociedades. Uma das principais afirma que as
civilizações mesoamericanas, assim como os povos do Antigo Egito, sofreram
demasiada influência dos atlantes antes de suas terras submergiram por
completo.
Sobre estes assuntos sabemos que ainda há muito a ser
estudado e descoberto, principalmente pela ciência física, mas diante os nossos
estudos um fator é evidente: as civilizações antigas para além de se
comunicarem com facilidade possuíam tecnologias que nós da contemporaneidade ainda
não conseguimos compreender.
TEXTO ELABORADO ATRAVÉS DE INFORMAÇÕES DO GOOGLE E DE ESTUDOS DO CELD