Reencarnação
O nascimento de um filho desejado pelos pais é
um acontecimento bastante festejado. Grande parte das famílias aguarda esse
momento “mágico” com expectativas, preparativos, presente e muita alegria.
Porém, em outros casos pode ser um momento difícil, marcado por manifestações,
medo, sofrimento e até repulsa.
No entanto, a vinda de um ser a
terra, de forma desejada ou não, significa uma importante conquista e
oportunidade.
Sendo assim, podemos iniciar
esse processo de entendimento partindo do princípio de que no corpo de um bebê
habita um espírito, a qual passou por uma espécie de etapas para reassumir seu
estado material. Podemos dizer que esse princípio fundamenta um processo
conhecido como reencarnatório.
A reencarnação, aceita por
diversos segmentos religiosos e filosóficos, é uma questão chave para o
espiritismo. Para Allan Kardec, a doutrina reencarnacionista é vista com
imprescindível para o melhoramento progressivo da humanidade.
Para o espírito Joana d’
Angeles, autora de diversos livros psicografados por Divaldo Pereira Franco,
esse tempo pode ser entendido através da psicologia profunda. No livro “Jesus e
o Evangelho à Luz da psicologia profunda”, a autora espiritual nos ensina: a
psicologia espírita apoiada na experiência de laboratório, semelhante a outras
doutrinas palingenéticas toma o nascer de novo como paradigma para a
sustentação da divina justiça e para o mecanismo experiencial da conquista do
Eu Profundo, cada vez mais sutil e triunfado sobre as dificuldades do processo
de desenvolvimento pessoal, demonstrando que todo o efeito provém de uma causa
semelhante e a cada semeadura corresponde uma colheita equivalente.
A reencarnação, desse modo, é
também um processo psicoterapêutico de amor Divino, de justiça magnânima que a
todos faculta os méis de evoluir a esforço pessoal, dignificando e
identificando cada criatura com as suas conquistas pessoais intransferíveis,
que se desenvolvem mediante a libertação da retaguarda das trevas de ignorância
e de perversidade, no rumo de um permanente processo de realizações e de paz.
Num outro enfoque dado ao
processo reencarnatório é descrito minuciosamente pelo médico e escritor
espírita Jorge Andrea em seu livro Palingênese, a grande lei - reencarnação.
Nele o autor faz refletir, a todos, sobre a idéia palingenética, termo que quer
dizer reencarnação, renascimento moral, regresso à vida após a morte.
Segundo Andrea, a palingênese
atravessou a história da humanidade com todos os matizes da época. Nos dias de
hoje, desloca-se da filosofia e segue em busca da biologia para explicar muitos
fenômenos da vida.
O fenômeno palingenético é o
único capaz de explicar o desequilíbrio e divergência das condições dos
nascimentos, com toda a sequência de fatos sociais que se impõe. Andrea diz que
todo ser está justificado em face das suas próprias obras. As experiências,
realizações, emoções positivas ou negativas, faltas, tudo enfim repercute no
próprio eu. O resultado está ligado à conduta de cada um e para que a evolução
se concretize, só o trabalho e o esforço têm significados reais.
Andrea afirma também que não
importa como uma bandeira religiosa possa oferecer a salvação; esta salvação
representa exclusivamente a aquisição de cada um nas realizações e cumprimento
de deveres. O aspecto externo que apresenta o que diz e afirma, nada representa
em face do que faz e do que se constrói e cria.
Da zona espiritual aos neurônios
da zona consciêncial, portanto, dos núcleos em potenciação aos centros
cerebrais surgem às necessárias informações e influências para que o indivíduo
encarnado possa desenvolver, no sentido de melhora, os instintos adquiridos e,
cada vez mais, ampliar positivamente, por absorção, os seus vórtices
espirituais.
Para que o processo
palingenético fique mais claro será necessário fazermos algumas considerações: Os
espíritos encarnados têm uma possibilidade maior de evolução quando atendem no
trabalho cotidiano, a um código harmônico na conduta. Nos desencarnados, embora
se absorva a evolução, esta deverá ser mais lenta e difícil, segundo Andréia.
Isso porque a ausência da zona consciente, ou seja, do elemento corpóreo, além
de dar o contraste dimensional de renovação fornece o véu do esquecimento.
Os espíritas desencarnados que
ainda não conseguiram a evolução suficiente e, portanto, uma modificação no seu
peso específico continua sofrendo as influências do seu orbe, divergindo
daqueles que, já livres das vibrações densas do seu envoltório perispiritual
(psicossoma) conseguiram alcançar vôos para destinos superiores.
Os que ficam em nosso sistema
aguardam as oportunidades de novas etapas palingenéticas na terra. A
“reencarnação” reafirma Andrea “como todo processo fenômeno do cosmo, obedece à
sua própria Lei com “precisão e segurança”.
No espírito desencarnado que se
encontra dificilmente evoluído, os núcleos em potenciação da zona espiritual
carregam material energético pobre e, precisam ser burilados e melhorados.
Antes vou explicar que os
núcleos em potenciação são unidos ao vórtice energéticos que exercem um
trabalho de orientação, ordem superior. Esses vórtices energéticos respondem
pela individualidade. Quando incompletos de qualidades positivas, não tendo
atingido o valor em potencial que a evolução exige, ao fim de um certo tempo de
vida espiritual eles apresentam uma espécie de redução energética por um
processo de neutralização (desgaste e esgotamento). Este fenômeno se
caracteriza pela impossibilidade dos núcleos em potenciação absorvem do
ambiente espiritual em que se encontram, material energético suficiente ao
metabolismo do psicossoma, para atender os movimentos, volições e outras
atividades do espírito.
Essas energias do que o espírito
teria necessidade para sua sustentação são unidades especiais de uma faixa
vibratória cósmica, explica Andrea.
A absorção de energia poderia se
dar pelas usinas energéticas do psicossoma (chakras ou discos energéticos),
porém, as diretrizes do processo estão a cargo dos núcleos em potencial.
A deficiência no mecanismo comum
de absorção de elementos vitais para a vida do espírito deverá ser o ponto
marcante para o início do processo reencarnatório.
Como as emissões energéticas dos
núcleos em potenciação alimentam e nutrem as capas vibratórias do espírito, se
esses núcleos pertencerem a um espírito de vibrações grosseiras e em fase
reencarnatoria, deverá entrar no processo de neutralização naturalmente de modo
muito lento, até chegar a um estado de torpor.
Os espíritos mais atrasados têm
mais afinidades pela matéria (energia concentrada) e necessitam de contatos
mais diretos com a mesma para o equilíbrio de seu dinamismo, seja espírito
evoluído ou não, tendo ou não conhecimento do processo palingenético que o
atingiu.
A reencarnação só pode ser
iniciada quando houver terreno material para receber o espírito.
O entrosamento energético
estabelecido pelo espírito com suas próprias vibrações inicia o processo da
reencarnação ao se aproximar do psicossoma materno por sintonia. O psicossoma
materno desempenha processo o papel de orientador, receptor e protetor da
individualidade, que busca um organismo físico para colher novo experiências e
aprendizados.
A região que corresponde ao
psicossoma materno e que alberga o espírito reencarnante é a região genética
(disco energético ou chakra genésico). Ela é a estação vibratória credenciada
para esse fim e é ela quem comanda o setor energético no psicossoma, além do
aparelho sexual do organismo físico. Sob sua orientação no momento favorável,
durante a união do gameta masculino com o feminino (fecundação) e que só a
aproximação definitiva do espírito à matéria. “Esse é o instante do choque
biológico”.
Na fecundação, além da
transformação do óvulo em ovo, ocorre a perfeita harmonização do espírito com a
matéria. Segue-se a isso uma concentração, com a redução do tamanho espiritual,
sob a influência de uma “carga magnética” de elevado poder. Logo depois a como
que uma justa posição do espírito reencarnante ao perispirito materno,
diminuindo sua espessura e fundindo-se.
Destaco que o estado vibratório
do espírito reencarnante é percebido pela mãe, pelo enxerto mental, e que nesse
processo muitas permutas de vibrações doentes ou sadias ocorrem de ambos os
lados.
Outro ponto a ser destacado se
refere ao fato do espírito reencarnante trazer consigo a própria potencialidade
sexual (masculina ou feminina), antes mesmo de se instalar no ovo durante a
fecundação. É essa potencialidade do espírito que influencia o óvulo no sentido
de atrair e conduzir com equilíbrio o espermatozóide mais credenciado à
formação do sexo do futuro ser; masculino (espermatozóide Y) ou feminino
(espermatozóide X).
Sendo assim, é válido dizer que
a alma se une ao corpo no mesmo momento da concepção.
As energias concentradas do
psicossoma como se misturam nesse momento e representam uma única zona
vibratória, só se modificando à medida que o novo corpo vai se desenvolvendo.
Isso que dizer que o embrião ou o produto da fecundação acompanha a expansão e
o crescimento do psicossoma, o qual trás consigo o genes do cromossomo
originados na zona dos núcleos em potenciação.
Nos espíritos mais evoluídos que
também tem suas oportunidades reencarnatórias, esclareço que o processo ocorre
de maneira um pouco diferente com relação às fases, mas não quanto ao
mecanismo, que em essência é o mesmo. Nesses casos, o espírito te conhecimento
preciso da época em que vai reencarnar e, na maioria das vezes, escolhe sua
tarefa, por ter adquirido qualidades para isso.
Os espíritos evoluídos jamais
contrariam a lei, nem quebra sua harmonia; ao contrário são operários de boa
vontade do trabalho universal, porém, o prêmio de liberdade é maior, quanto
maior for à evolução do ser.
A necessidade reencarnatoria se
anuncia, nos casos dos espíritos evoluídos por uma série de sintomas em parte
semelhantes às dos espíritos evoluídos no momento da reencarnação,
diferentemente dos limites do útero ou maiores extensões.
O acasalamento energético ocorre
entre o quarto mês e o quinto mês de vida intra-uterina, o que significa dizer
que um espírito evoluído mesmo afastado da matéria emite suas energias sem
necessidades de penetração rápida na atmosfera uterina, nada acontecendo com
seu estado conciencial´´, há não ser, no máximo um pequeno estado de torpor.
Afirmo que em qualquer condição espiritual que um espírito se encontre entre o
quarto e o quinto mês de vida intra uterina está acasalado na zona da futura
glândula pineal, e é justamente nesta fase embratória que um pequeno esboço da
glândula se apresenta contendo células, elementos de sustentação e vasos,
alcançando cerca de 2 mm de tamanho.
A glândula pineal, ou epífise, é
um órgão por onde o psiquismo profundo do espírito se expressa no soma, ou
seja, na parte física; é também responsável pelo chamado sexto sentido. Sua
evolução progride como também o processo energético-espiritual que impulsiona
na glândula os diversos e necessários estados mentais em que o mecanismo de
reflexão, meditação, do pensamento e do discernimento vão se ampliando.
Entre os seis e sete anos de
idade é que se considera como definitiva e concluída a reencarnação, e também a
glândula pineal alcança sua estrutura.
Desde o início de sua formação,
a pineal está ligada ao aspecto sexual, informa, e na fase embrionária deve
fixar condições que lhe permitam participar da organização perispiritual. Suas
funções ligadas ao sexo (personalidade) e ao psicossoma (individualidade) dão a
ela a categoria de mais alta estrutura do corpo físico.
Ao extrair a pineal de um ser
humano teremos “idiota”, sem vontade, sem personalidade, sem equilíbrio e sem
função sexual. Sua inexistência atinge a totalidade do sono e impossibilita a
manifestação espiritual. Daí por que sua grande na fenomenologia mediúnica.
Contudo, até que o homem atinja
alta espiritualidade e se desligue desse orbe para outros fins e destinos, terá
que sofre periodicamente de acordo com as imutáveis leis cósmicas, o processo
renovador e lógico da reencarnação.
TEXTO DE AUTORIA DO CENTRO ESPÍRITA LUZ DIVINA.
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