domingo, 9 de junho de 2019

Centros espíritas: trabalhos, estudos e transição


Centros espíritas: trabalhos, estudos e transição.

Interessantemente, na atualidade podemos observar que as casas espíritas, ou seja, os centros que repercutem as ideias e conceitos cristãos/espíritas, tem se perdido em meio as exigências institucionais, ao materialismo assim como, pelo próprio mediunismo.
Podemos nos perguntar facilmente mais como, afinal o mediunismo foi o que deu possibilidade para que a codificação da própria doutrina espírita fosse realizada? Precisamos saber e entender, que como diria o velho ditado: “tudo de mais é veneno, assim como tudo de menos”. Como afirma um instrutor e amigo meu, o EQUILÍBRIO é a palavra chave das coisas.
Observando com olhares atentos vemos algumas casas espíritas focadas em estudos da codificação, ou em livros e apostiladas elaborados pela própria instituição. E os médiuns? Bem, antes de começar a trabalhar é necessário estudos de anos. Ate certo ponto concordamos que isso é bom e coerente mas, cada caso é um caso, e às vezes a mediunidade por si só não espera. Quantas vezes vemos casos de médiuns que chegam ao centro espírita em completo desespero, achando que esta enlouquecendo devido ao trabalho inadequado com o mediunismo ou então, ao não trabalho com ele?
Mais prejudicial ainda é quando vemos médiuns e visitantes indo a uma casa espírita em busca apenas, dos fenômenos nos quais a mediunidade proporciona. Curas através dos espíritos, reforma íntima através dos espíritos, desobsessão através dos espíritos. Queremos esclarecer aqui que espíritos não são santos e o espírita não acredita em milagre. Então, não adianta perder tempo em busca desses objetivos em um centro por que eles não vão acontecer. Caros amigos, se no seu centro tem algum espírito afirmando provoca a melhoramento íntimo das pessoas, preocupe-se  por que com certeza se trata de um espírito obsessor.
Espiritismo faz com que você procure a sua reforma. Sem dúvida, os espíritos podem e vão nos auxiliar em curas do corpo físico quando nós mesmos queremos. Por que quando não queremos se a cura acontece, muitas vezes é por pouco tempo, e de repente tudo volta da mesma forma, e quem acaba sendo o culpado são os espíritos que fizeram o trabalho mal feito.
Não gente!!! As coisas não funcionam dessa forma. Precisamos entender que no espiritismo, como em tudo na vida, as coisas dependem primeiramente de Deus e de nós mesmos, da nossa fé. Os espíritos são os mensageiros divinos, instrumentos do amor de Deus por cada um de nós. Eles nos auxiliam em nossa caminhada, mas, não podem caminhar por nós.
Portanto, centros que se baseiam apenas no mediunismo, não buscando estudos que desenvolvem uma fé raciocinada, sendo que os espíritos são quem fazem tudo dentro da casa também não pregam os conceitos que o codificador deixou claro: “o espiritismo é ciência, filosofia e religião.” Trabalhos com a mediunidade são técnicas que dão possibilidade aos espíritos de se comunicarem com os vivos, orientando-os, não trabalhando por eles. Claro, para toda regra existe exceção. Com certeza vão haver momentos de trabalhos que os espíritos é quem vão fazer, até por que muitas vezes a nossa evolução é tão pouca, que como médiuns não podemos efetuar aquela função mas, temos que observar que são apenas, momentos. Fora isso, temos que estudar, desenvolver nossos próprios conhecimentos para efetuarmos um bom trabalho, logicamente em conjunto com os bons mensageiros.
O foco de uma casa espírita jamais poderá ser só estudos, ou só mediunismo, ou pior ainda, somente regras. O objetivo central desse ambiente deve ser a CARIDADE que bem sentida é amor ao próximo, é abdicação de si próprio em favor do outro, ou seja, é isolar o egoísmo que temos dentro de nós. Fazendo isso então, efetuamos a nossa reforma íntima. Observemos que quando trabalhamos pelo o outro fazendo a caridade concomitantemente trabalhamos por nós próprios.
Para o trabalho dentro do centro espírita algumas regras, sem dúvida são necessárias. É importante cumprir com os horários estipulados, usar as roupas adequadas. Outras exigências não podem ser esquecidas, tais como, o cuidado que devemos ter para não fazermos NADA mecanicamente ou somente por obrigação. Todo trabalho deve ser feito com AMOR, pois é através dele que nos ligamos a Deus.
“Cuidemos oh espíritas para não ocuparmos mais um leito do Hospital Esperança.” Essa frase está contida no livro Lírios de Esperança e chama a nós mesmos atenção para as ilusões criadas em nosso meio. Mas, que ilusões? Mediunismos exacerbados, estudos exacerbados, obrigações e atuações mecânicas dentro dos centros e aí, de repente vem a morte, e chegamos no Hospital Esperança exigindo regalias e mais regalias por que trabalhamos 20 anos com o espiritismo. Tristes ilusões!
Nestes casos não passamos de doentes da alma. Centro espírita e trabalhos efetuados neles, pelo que me consta, ainda não compram passaporte para hotel cinco estrelas no mundo espiritual positivo.
Nós próprios, trabalhadores de casas espíritas, temos campos mentais entorpecidos, criamos ilusões. Nossas almas estão marcadas por um negativismo contínuo durante a nossa existência. Não procuramos nossa reforma, muitas vezes não procuramos nem nos conhecer. Como chegar no plano espiritual pedindo algo se eu mesmo nada fiz por mim?
Quem sou eu trabalhador de casa espírita? Como reajo diante as provas da minha vida? Consigo ajudar o próximo nos momentos em que sou testado ou apenas, “olho o meu umbigo”? Pensemos, meus amigos... pensemos...
Observamos que a humanidade inteira está em desequilíbrio consigo próprio. É falta de equilíbrio emocional, sentimental e até físico. Mas, quando alguém pergunta se estamos bem, respondemos: “claro, tá tudo ótimo”. Afinal, jamais vou deixar transparecer que não estou bem. Sabem que nome se dá a isso? São as nossas máscaras, que na maior parte da nossa vida são as nossas fortalezas. Mas, se elas nos dão forças, são erradas? Claro que são! É a nossa hipocrisia. Nos escondemos de nós mesmos atrás delas. O jarro brilha no exterior, porém, no interior está cheio de rapinas.
Que enxerguemos nossas sujeiras interiores meus amigos, afinal estamos em transição de um mundo de provas e expiações para um mundo de regeneração. Não queremos perder o paraíso. Não queremos ser expulsos da nossa amada Terra por não termos conseguido evoluir.
Sentimo-nos pesados em muitos momentos. A nossa respiração às vezes já é mais difícil. Dores se espalham no nosso físico derivadas das energias de um planeta que está evoluindo, assinalando assim, que nós estamos ficando para trás, perdidos em meio à negatividade. Os fluidos higienizadores estão chegando.
Estamos preparados para essa mudança intelectualmente. Desde 2000 observamos que as crianças vem com uma inteligência além do que tínhamos como o normal. A inteligência evoluiu, mas, o íntimo humano evoluiu também?
O astro que conduzirá aqueles que não evoluíram para outro planeta se aproxima a cada minuto da Terra. Ele é primitivo e trás consigo energias iguais. Para que as mesmas não nos atinja, fazendo com que nos entreguemos ao desânimo ou aos nossos instintos violentos, precisamos buscar a paz interior, o equilíbrio, tudo isso através da nossa reforma íntima.
Lembremo-nos meus amigos e companheiros das lides espíritas que condição para isso já temos, orientações voltadas ao objetivo de melhoramento íntimo recebemos todos os dias, que seja através do Evangelho, dos estudos ou das comunicações mediúnicas. Não esqueçamos também que muito já nos foi dado, portanto muito nos será cobrado. Fomos chamados, mas, será que seremos escolhidos?



2 comentários:

  1. Muito esclarecedor. Precisando estudar, trabalhar...

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  2. Com certeza Rosenir!!! O trabalho é o estudo colocado em prática e para sermos bons trabalhadores da Seara do Cristo devemos nos aprofundar para conhecermos a nós mesmos e tudo o que nos rodeia.

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